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Uerj volta às aulas após três meses, mas professores continuam em estado de greve

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) retomou suas atividades acadêmicas a partir desta segunda-feira (10), após quase 4 meses de paralisação. A decisão foi tomada em reunião feita na última sexta-feira (7) entre a reitoria e o Fórum de Diretores das Unidades Acadêmicas. Também retornaram às aulas os alunos do Colégio de Aplicação da Uerj (Cap-Uerj). As aulas são correspondentes ainda ao segundo semestre de 2016.  O reitor Ruy Garcia Marques explicou voltamos por respeito aos alunos e à sociedade.

“Na realidade teríamos que retornar no dia 17 de janeiro, porém, a situação estava impraticável. Todos os campus se encontravam sujos, sem manutenção e outros fatores. Porém, nesses três meses de negociação muita coisa evoluiu. Hoje o campus Maracanã, por exemplo, está limpo, com os elevadores funcionando, ainda que não na sua totalidade, e outros avanços. É preciso ressaltar que isso é o mínimo. Falta muitíssima coisa para se fazer,” disse.

Com relação aos alunos cotistas, o reitor explicou que  são 9.800 alunos cotistas, sendo 8 mil também bolsistas. A bolsa é um valor baixo, de R$ 450,00, mas que faz toda a diferença na vida deles. Hoje  soube a situação de uma aluna que mora na Região dos Lagos e estuda aqui no campus Maracanã. Ela está utilizando o valor da bolsa para pagar o aluguel de um apartamento próximo à Uerj. Sem essa bolsa como vai pagar o aluguel? É uma situação complicada”, lamentou. De acordo o reitor dos 12 elevadores nove estão funcionando e outros em manutenção.

 

O reitor Ruy Garcia Marques garantiu que todos os alunos que não receberam as bolsas, assim como os docentes que estão sem receber há três meses, não terão faltas caso não consigam comparecer. “Tem que haver compreensão e sensibilidade com o momento. Eu tranquilizo e garanto que nenhum deles receberá falta nessas circunstâncias”.

À tarde, a Associação de Docentes da Uerj (Asduerj), através de assembleia, decidiram continuar em estado de greve. Além dos salários de fevereiro, março e o 13º  atrasados, os docentes reclamam da falta de infraestrutura e limpeza nas unidades. No Campus João Lyra Filho, no Maracanã, zona norte, três dos 12 elevadores estão quebrados e a manutenção dos demais foi interrompida por falta de pagamento.

As aulas do 2º semestre foram remarcadas seis vezes pela reitoria devido à falta de condições básicas para o funcionamento dos campi da universidade.

A aluna de engenharia elétrica Laura Peres está confiante com retorno às aulas, uma vez que muitos professores não pretendem entrar em greve. “Além de que em breve o calendário de pagamento dos servidores deve sair. Com isso, eles ficam  mais seguros para trabalhar. Não há o que reclamar deles [professores]. São comprometidos demais e fazem de tudo para contornar esses problemas que o Estado enfrenta. É uma crise feia. E quando a crise atinge a educação, consequentemente, alcança outros níveis também, pois a educação é a base de tudo”, acrescentou.

Há 17 anos na Uerj, o professor de Física Vitor Lemes admitiu que esta crise é a pior desde que ingressou na instituição. Ele também enumerou as dificuldades que professores encontram dentro da universidade e não se mostrou muito confiante com o retorno. “Estamos sem o décimo terceiro salário, três meses atrasados com perspectiva de serem quatro. Vários professores e funcionários sem condição nenhuma de virem trabalhar, e as instalações sem condições de nos receber.”

Ao citar os problemas em sala de aula,  o professor disse que “falta papel, tinta e impressora, por exemplo, para aplicar uma prova. Como recomeçaremos desse jeito? Eu não sei a resposta. A situação é ridícula e a chance de greve acaba sendo muito grande por conta disso.” Agência Brasil.

Ex prefeito de Itaguaí não repassava para planos de saúde o desconto em folha dos servidores

Na época, servidores tinham o desconto feito de seus salários, mas quem embolsava não eram os planos e sim o prefeito

O ex prefeito de Itaguaí Weslei Pereira(PSB), além de ter supostamente desviado verbas da saúde, educação e outras secretarias, não repassou aos planos de saúde os descontos mensais em folha feitos nos salários dos trabalhadores. Após várias denúncias e reclamações dos servidores, resolvemos entrar em contato com alguns dos planos. Para nossa surpresa, em alguns casos, os repasses não eram feitos desde junho de 2016. Com isso, vários servidores que procuraram atendimento médico não conseguiram usar seus planos mesmo tendo sido deles descontados os valores. Para se ter uma ideia, o prejuízo pode ultrapassar R$ 1 milhão. O ex prefeito também não repassou  ao instituto de previdência dos servidores os descontos de 11% de seus salários mensais, mesmo os trabalhadores tendo também nesse caso, descontos feitos rigorosamente em dia em seus salários. O rombo chegou a R$ 50 milhões. Os bancos foram outros que tiveram dores de cabeça com o ex chefe do executivo de Itaguaí, os empréstimos com desconto em folha dos trabalhadores, eram retirados dos salários, mas os repasses não eram feitos para as agências.  Em entrevista recentemente, o atual prefeito de Itaguaí Carlo Busatto Júnior, o Charlinho (PMDB), relatou que houve um caso onde um funcionário da prefeitura foi preso por não pagar pensão alimentícia. O motivo, era porque Weslei não pagou os salários de novembro, dezembro, décimo terceiro, férias entre outros aos servidores.

Weslei Pereira, simplesmente deu calote em tudo, menos em seu salário e nos salários dos “mais chegados”. Em dezembro de 2016, secretários receberam generosas quantias entre décimo terceiro e férias. O secretário de Fazenda, Alexandre Gomez Diniz, assinava, antes do apagar das luzes, a liberação do pagamento de suas férias. Em 29 de dezembro – apenas um dia após o requerimento – Diniz recebeu R$ 11.333,33.  Sua mulher Cristiane Yuriko Issobe Diniz, que foi secretária de Fazenda até ele a substituir, ganhou uma bolada: R$ 55.464,12, referente a verbas rescisórias. Em suma, o casal levou pra casa quase R$ 67 mil num único dia, um verdadeiro presente de Papai Noel.

Na Secretaria de Fazenda, outros três funcionários ganharam um carinho de fim de ano do chefe. Diniz liberou as férias e o décimo terceiro do seu chefe de gabinete, Petherson Lacerda Maximiniano, no valor de R$ 22.499,31; mais R$ 16.817,37 para o subsecretário Nilo Sérgio Palmeira; e R$ 15.264,99 para o diretor de gestão de recursos governamentais, Paulo Cezar Romio Gomes. Os três entraram com requerimento no dia 29 de dezembro e receberam no mesmo dia. Um prazo recorde.

Mas eles não foram os únicos premiados. O ex-secretário de Transporte, Alexander Fiorentino de Souza conseguiu a liberação de R$ 49.429,12 (13º e férias). Seu subsecretário Márcio Fernandes não ficou atrás. Ele ganhou um presente de R$ 33.9924,46, referente a salário de dezembro, férias e décimo terceiro. E o diretor de Serviços Técnicos da mesma pasta, Marcelo Scopatto, recebeu R$ 10.258,85 de férias e décimo terceiro.

Já o ex-secretário de Assistência Social, Aramis Brito Pereira Júnior, embolsou R$ 20.004,17. Ele foi candidato a vice-prefeito na chapa de Weslei Pereira à reeleição. Perdeu a eleição, mas fez a festa no fim de ano.
Somente esse grupo, recebeu mais de R$ 230 mil reais ao fim de 2016.

A gestão de Weslei foi um câncer para a saúde financeira de Itaguaí.

Veja mais:

https://bocanotromboneitaguai.com/2017/01/26/ex-prefeito-de-itaguai-teria-desviado-verbas-da-saude-e-educacao-da-cidade/

https://bocanotromboneitaguai.com/2017/01/18/governo-de-weslei-pereira-teria-desviado-quase-12-milhoes-de-salario-educacao-em-itaguai/

https://bocanotromboneitaguai.com/2017/01/10/entre-ferias-e-decimo-terceiro-ex-secretarios-lucraram-quase-250-mil-reais-em-itaguai/

https://bocanotromboneitaguai.com/2017/01/10/ex-secretario-alexandre-diniz-pagou-suas-proprias-ferias-enquanto-servidores-nao-recebem-desde-novembro-em-itaguai/

https://bocanotromboneitaguai.com/2016/11/09/conselho-do-fundeb-encontra-irregularidades-no-uso-da-verba-em-itaguai/

https://bocanotromboneitaguai.com/2016/12/28/prefeituras-de-mangaratiba-seropedica-e-angra-pagarao-salarios-de-dezembro-e-decimo-a-todos-os-servidores-publicos/

 

 

Verbas federais, saiba quanto Itaguaí recebe e saiba sobre os valores do Fundeb

O site Portal da Transparência do Governo Federal, disponibiliza aos cidadãos ter o controle das verbas federais que são repassadas aos municípios. Em tempos de crise, o blog Boca no Trombone fez uma pesquisa e descobriu que os repasses federais para Itaguaí não diminuíram de 2015 para 2016, pelo contrário. O município tem recebido cada vez mais verbas em valores financeiros do governo federal. Para se ter uma ideia o total de repasses em 2011 por exemplo, foi de quase R$ 72 milhões, em 2015 o valor total subiu para mais de R$135 milhões e até o momento em 2016, os valores até agosto ultrapassam 80 milhões e possivelmente pelos gráficos anuais, pode ultrapassar os R$ 140 milhões neste ano.

Fundeb

O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, que paga parte dos salários dos profissionais da educação por exemplo, em 2011 era de um pouco mais de 5 milhões por ano, em 2015 foi de um pouco mais de 7 milhões e 400 mil e até agosto de 2016 já ultrapassa os 5 milhões, e se seguir os anos anteriores possivelmente chegará perto de 8 milhões. A verba do Fundeb e creditada na conta da prefeitura de Itaguaí, cabendo ao prefeito refazer o repasse aos servidores e acrescentar a parte que cabe a prefeitura do salário mensal destes profissionais.

Fundeb 2016 até agosto

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Fundeb 2015

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Cabe ressaltar que as verbas federais não são as únicas de um município, ainda há verbas estaduais e os recursos da própria cidade.

Acompanhe os gráficos e valores totais anuais e até agosto de 2016:

2011

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2012

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2013

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2014

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2016

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Veja na página do Portal da Transparência do Governo Federal e acompanhe os números

http://rj.transparencia.gov.br/tem/Itagua%C3%AD/receitas/por-acao/repasses?exercicio=2016&funcao=28&acao=0C33&favorecido=29138302000102

Exercício de 2016 até agosto

http://rj.transparencia.gov.br/tem/Itagua%C3%AD/receitas/por-acao/acoes?exercicio=2016

Atletas reclamam de atraso de repasse fornecido pela prefeitura de Itaguaí

Segundo atletas não é a primeira vez que há atrasos nos pagamentos

Lutadores  da cidade que integram a seleção brasileira de Kung Fu que recebem a verba do Bolsa Atleta, que é um projeto do governo da prefeitura de Itaguaí, oficializaram junto à Câmara Municipal da cidade, uma denúncia contra os atrasos nos repasses feito pelo governo de Weslei Pereira.

No extenso documento, eles alegam que desde o começo do ano vêm encontrando dificuldades no repasse do recurso. A verba vem sendo paga, porém, segundos eles, com atrasos.

Na denúncia, os lutadores esclarecem que há uma competição prevista para outubro próximo, porém correm o risco de ficar de fora, já que devem depositar, até o dia 15/08, o recurso que será usado nos gastos com passagens, hotel e alimentação.  Os denunciantes solicitaram à Casa Legislativa que oficie o secretário municipal de Esporte para esclarecer a questão.

O presidente da Casa, vereador Nisan Cesar (PSD) garantiu que  o problema foi encaminhado à Comissão de Esporte. – Peço que imediatamente oficie a prefeitura para uma dê uma resposta rápida, já que o campeonato está em cima – disse o parlamentar na sessão da última terça.

Presidente da Comissão de Esporte, na Câmara, o vereador Abeilard Goulart, o Abelardinho, (PMDB) prometeu  tomar as providências necessárias para resolver tal questão.

No calor da discussão sobre o problema, o vereador Jailson Barboza (PMDB) fez pesadas críticas ao governo municipal.

-Isso é uma covardia que estão fazendo com os jovens da cidade. É uma verdadeira covardia, uma chantagem muito forte e a comissão tem que tomar as providências rígidas para que isso não continue- emendou o peemebista.

Em resposta, a prefeitura de Itaguaí alegou que já fez os depósitos para o pagamento e que em breve estará disponível nas contas dos atletas.