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Câmara de vereadores de Itaguaí rejeita projetos que dariam mais transparência dos atos na cidade

Um dos projetos seria a obrigação da secretaria de saúde publicar a relação dos medicamentos na rede municipal disponíveis nas unidades de saúde no site da prefeitura

 

Agindo de forma um tanto estranha, a Câmara de vereadores da cidade de Itaguaí rejeitou três importantes projetos que beneficiaram a população e aos servidores em regime de contrato e comissão.

Ambos os projetos de autoria do vereador Willian Cezar (PSB), foram rejeitados com argumentos vazios.

O Plenário da Câmara, por sua maioria, não aprovou projetos que só trariam benefícios ao cidadãos.

Rejeitado por 10 x 6 votos,  um dos projetos de lei, dispõe sobre a proibição de exoneração de servidores contratados ou comissionados que estejam com seus vencimentos atrasados;

 

O segundo rejeitado por 10 x 6, votos,  dispõe sobre a obrigatoriedade da Secretaria Municipal de Saúde de publicar no site da Prefeitura Municipal de Itaguaí e todas as unidades básicas de saúde a relação dos medicamentos na rede municipal;

 

O terceiro a não ter vez, por 9 x 7, votos, era sobre a divulgação da lista de espera para vagas na educação infantil no Município.

Mais uma vez, a Casa Legislativa está na mira da população por continuar na costumeira incoerência em relação aos interesses da cidade.

Tribunal de Justiça rejeita repasse de verba para governo do Rio pagar servidor

Em reunião realizada nesta quarta-feira (27), o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro rejeitou, por unanimidade, a proposta do governo estadual para que o tribunal repasse parte dos recursos do Fundo Especial do Tribunal de Justiça para pagamento de pessoal no dia 29 de janeiro. A verba seria ressarcida pelo Executivo no sétimo dia útil de fevereiro.

A sugestão [pretendida pelo governador Luiz Fernando Pezão] contraria a Lei 2.524/96, sobre a criação do fundo, que veda o uso da verba para pagamento de salários. O Órgão Especial do TJRJ considerou que a rejeição da proposta resguarda a independência e autonomia do Poder Judiciário.

Em nota aos magistrados e servidores da Justiça fluminense, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, destacou a busca incansável pelo cumprimento das normas constitucionais.

No dia 22 de dezembro, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, deferiu liminar determinando ao governador do Estado, Luiz Fernando Pezão, o repasse do duodécimo para o pagamento dos magistrados e servidores.

O mandado de segurança (33969) foi impetrado pelo TJRJ. No dia 22 de janeiro, o tribunal apresentou ao STF requerimento de extensão da medida anteriormente deferida.

Pedido

Em reunião ontem (26) com o desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho e o procurador-geral de Justiça, Marfan Vieira, o governador Luiz Fernando Pezão afirmou que não tem dinheiro para depositar os salários dos servidores dessas instituições até sábado (30). O governador sugeriu que o pagamento fosse feito com os recursos do fundo especial desses dois órgãos.

Durante o encontro, Pezão argumentou que a medida permitiria o pagamento já nesta sexta-feira (29) e que o repasse do dinheiro seria feito em forma de empréstimo, a ser quitado no sétimo dia útil de fevereiro, data estipulada pelo governador para pagar a folha de pagamento do estado.

Fonte: JB

Câmara rejeita parcelamento de débitos do município de Itaguaí com a Itaprevi

O projeto de autoria do poder Executivo que pedia o parcelamento de débitos da cidade junto ao Instituto de Previdência do Município de Itaguaí (Itaprevi) foi rejeitado na sessão da última terça-feira (1°/12). A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) havia emitido parecer favorável, mas mesmo assim, os vereadores Jailson Barboza (PRP), Eliezer Lage (PSDC), Jorge Lopes (PV), Marco Barreto (PT), Abeilard Goulart (SDD) e Silas Cabral (PV) decidiram não acompanhar.

No início da sessão, o líder de governo, vereador Willian Cezar (PT), solicitou a dispensa de interstício para a mensagem, pedido aprovado por unanimidade. Ao fim dos trabalhos no Legislativo, o presidente da Casa, vereador Nisan Cesar conversou com a imprensa e explicou que a matéria é de 2/3 e havia entendimento para a sua aprovação.

— O governo do Luciano Mota deixou, durante alguns meses, de repassar dinheiro para a previdência. Agora a prefeitura estava justamente pedindo autorização para parcelar isso em 60 vezes— comentou Nisan, dizendo que irá conversar com a bancada para entender o que houve.

O líder do parlamento municipal, lembrou que na quinta-feira passada, o projeto foi retirado de pauta, porque naquela sessão faltou um vereador para compor o número de votos suficientes.

— Entramos hoje, mais uma vez, porque os vereadores já haviam lido o texto e concordado. Tínhamos um pré-acordo, e até verificamos a legalidade da mensagem, que é constitucional — assegurou o presidente, que completou:

— Os vereadores votaram como se ela fosse inconstitucional. A comissão deu parecer favorável e o plenário disse não. Nós não conseguimos os votos suficientes que precisávamos. Foram seis votos contra a inconstitucionalidade, o que não faz sentido. Se fosse na Comissão de Finanças, seu houvesse uma discussão neste sentido, eu até poderia concordar — emendou Nisan.

O presidente disse que iria conversar com o governo e tentar um diálogo com a bancada para ver a possibilidade de o projeto voltar ao plenário para aprovação.

— Ver a possibilidade desta lei, mudarmos alguns tópicos e colocar em votação ainda este ano. É necessária esta lei para que a gente feche redondo as contas da prefeitura dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal. Podemos fazer isso antes do recesso ou até mesmo fazer uma sessão extraordinária durante o recesso. Não há problema nenhum— acrescentou Nisan Cesar.

— Isso é democracia, é um colegiado. Temos que entender e ter inteligência o suficiente para dar a volta por cima e preparar de novo o projeto para dar reentrada na câmara — concluiu o presidente, lembrando que há outras matérias do governo para serem votadas como é o caso reforma administrativa.

Outras matérias aprovadas

Parecer da Comissão de Saúde – Assunto: Projeto de Lei de autoria do Vereador Willian Cezar. Ementa: Dispõe sobre a obrigatoriedade das farmácias do Município de Itaguaí disponibilizarem urnas receptoras para coleta de insumos farmacêuticos, cosméticos e outros com prazo de validade expirado ou apresentando alterações em suas propriedades originais.

Parecer da Comissão de Saúde – Assunto: Projeto de Lei de autoria do Poder Executivo. Ementa: Cria a Comissão Permanente de Farmácia e Terapêutica (CFT) no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil de Itaguaí e adota outras providências

Lei nº 3.374: de autoria do Vereador Genildo Gandra. Ementa: Altera a redação do art. 1º da Lei nº 2162/2001.

Lei nº 3.375: de autoria do Vereador Nisan César. Ementa: Dá denominação oficial a logradouros públicos localizados no Conjunto turmalina no Bairro Chaperó e dá outras providências.

Fonte: Câmara Municipal de Itaguaí

Plenário da Câmara rejeita PEC que reduz maioridade penal para crimes hediondos

Foi rejeitado o texto de autoria da comissão especial sobre o tema. Em data a ser definida, os deputados ainda poderão votar o texto original da proposta, que reduz a maioridade para todos os tipos de crimes.

O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, na madrugada desta quarta-feira (1º), o texto da comissão especial para a PEC que reduz a maioridade penal (PEC 171/93). Foram 303 votos a favor, quando o mínimo necessário eram 308. Foram 184 votos contra e 3 abstenções.

A discussão, no entanto, ainda não se encerrou, avisou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ele lembrou que o Plenário ainda tem de votar o texto original da proposta ou outras emendas que tramitam em conjunto.

“Eu sou obrigado a votar a PEC original para concluir a votação ou o que os partidos apresentarem. No curso da votação, poderão ser apresentadas várias emendas aglutinativas. A votação ainda está muito longe de acabar, foi uma etapa dela”, disse Cunha.

Ainda não há data para a retomada da discussão. Eduardo Cunha disse que a proposta poderá voltar à pauta na semana que vem ou, se isso não for possível, no segundo semestre. Antes do recesso, o Plenário ainda precisa votar o segundo turno da PEC da Reforma Política.

A proposta rejeitada reduziria de 18 para 16 anos a maioridade penal para crimes hediondos, como estupro, latrocínio e homicídio qualificado (quando há agravantes). O adolescente dessa faixa etária também poderia ser condenado por crimes de lesão corporal grave ou lesão corporal seguida de morte e roubo agravado (quando há uso de arma ou participação de dois ou mais criminosos, entre outras circunstâncias). O texto original, que pode ir à votação, reduz a maioridade para 16 em todos os casos.

A decisão apertada – faltaram 5 votos para aprovar a proposta – foi recebida com gritos por deputados e manifestantes das galerias, que cantaram “Pula, sai do chão, quem é contra a redução” e outras palavras de ordem. A sessão chegou a ser suspensa pelo presidente da Câmara para que as galerias fossem esvaziadas.

O relator da proposta, deputado Laerte Bessa (PR-DF), lamentou o resultado. “Infelizmente, nós perdemos. Eu fico triste, como parlamentar, e mais ainda como cidadão”, disse o deputado.

Bessa avaliou que as chances de vitória na PEC original são reduzidas. “O acordo foi feito com base nesse substitutivo”, explicou.

Reforma do ECA
O debate da PEC foi acirrado. Foram mais de três horas de discussão em um Plenário dividido, mas com uma opinião em comum: todos os discursos reconheceram que o Brasil enfrenta problemas no controle da criminalidade e que o Congresso precisa ampliar o debate.

Para os deputados contrários à PEC, a solução não está no julgamento de menores entre 16 e 17 anos como adultos, mas na revisão do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para aumentar o tempo de internação do jovem infrator no sistema atual de medida socioeducativa.

Para o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), a revisão do ECA deve ser prioridade da Câmara. “Agora é dialogarmos para, imediatamente, colocarmos em funcionamento a comissão especial de reforma do ECA. O governo apresentou uma proposta que amplia o prazo de internação, coloca mais rigidez para quem utiliza menores para cometer crimes contra a vida e separa os que cometem crimes contra a vida dos demais”, disse.

O deputado Tadeu Alencar (PSB-PE) lembrou que, nos últimos dez anos, o Congresso aprovou diversas leis aumentando o tempo de pena de diversos crimes, mas ainda assim a violência não diminuiu. “O que reduz a violência é a certeza da aplicação dessa pena. Para oferecer ao Brasil uma solução adequada, é preciso fazer um diagnóstico. E vai se chegar à conclusão de que ela é fruto da exclusão”, disse.

Para o líder do Pros, deputado Domingos Neto (CE), uma reforma no ECA poderia garantir a aplicação mais rápida de uma pena ao adolescente infrator, já que o processo é mais rápido do que o previsto no Código Penal. “Se punido pelo Código Penal, um jovem poderia estar solto em um ano e meio por progressão da pena, mas, se mudarmos o ECA, ele poderá cumprir pena de até 8 anos”, disse.

Domingos Neto afirmou ainda que a mudança legal precisa vir acompanhada de investimentos do governo federal nas instituições de internação.

Educação
Os deputados do PT, contrários ao texto, enfatizaram o discurso de que o jovem precisa de mais educação. “Não ofereçam a desesperança dos presídios, que não têm melhorado a vida de ninguém, a jovens que podemos resgatar”, apelou a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

O deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) ressaltou que a redução da maioridade penal vai na contramão das experiências mundiais e não tem estudos a seu favor. “A reincidência entre os que cumprem pena no sistema prisional é de 70%, enquanto a reincidência entre os que cumprem medida socioeducativa é de apenas 36%”, disse.

Deputados também demonstraram preocupação com o efeito da regra em outras normas em vigor, como a idade mínima para dirigir, leis sobre exploração sexual e a proibição da venda de bebidas alcoólicas para menores. A preocupação foi levantada pelo deputado Glauber Braga (PSB-RJ). “Precisamos avaliar o valor da repercussão que essa decisão pode ter sobre outras áreas do mundo do direito – como a ampliação do direito de dirigir a partir dos 16”, disse.

Defesa da PEC
Defensores da redução da maioridade se ampararam nos casos de crimes violentos entre jovens de 16 e 17 anos para pedir a redução da idade mínima. Para o deputado Capitão Augusto (PR-SP), os jovens que seriam afetados pela proposta são “marginais”, não “garotos inocentes”. “O ECA é fraco, não pune, tanto é que, após atingir a maioridade penal, esse marginal sai com ficha limpa, independentemente dos crimes bárbaros que tenha praticado”, disse.

O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), destacou que o foco da proposta era punir crimes contra a vida. “É um texto que tem equilíbrio, propõe a redução apenas para os casos graves, sobretudo os crimes contra a vida. Suprimir uma vida é injustificável na idade e na classe social que for”, disse.

Deputados também citaram pesquisa do Instituto Datafolha que apontou 87% da população favorável à redução da maioridade penal. “É um desejo do povo brasileiro. Quase 90% da população brasileira, nas pesquisas, exige essa redução”, disse o relator da proposta, deputado Laerte Bessa (PR-DF).

Participação intensa
A disputa sobre a PEC da Maioridade Penal começou no início da semana, quando estudantes contrários à PEC se instalaram no gramado do Congresso Nacional. Os estudantes acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a presença nas galerias do Plenário. Nesta terça-feira, houve tumulto entre manifestantes, parlamentares e policiais legislativos em alguns pontos da Câmara dos Deputados.

O acesso às galerias foi autorizado a um número reduzido de pessoas, por meio de senhas distribuídas por partidos. Manifestantes favoráveis e contrários acompanharam toda a votação de maneira pacífica, munidos de cartazes e camisetas.

Parlamentares também se utilizaram de cartazes para expressar a opinião. Os deputados do Psol levantaram cartazes dizendo “Redução não é a solução”, enquanto o deputado Silas Freire (PR-PI) levou uma faixa para dizer que a redução é uma resposta a crimes como o estupro de meninas no Piauí. Vários deputados também usaram camisetas declarando a posição.