Av. Paulista, em SP, reuniu maior ato político desde as Diretas-Já, diz Datafolha 400 mil pessoas, mas a PM deu um número maior, 1 milhão
Em Brasília foram 45 mil pessoas segundo cálculo da Polícia Militar
Em Salvador Bahia, foram 7 mil pessoas no Farol da Barra
Comando da PM no Rio de Janeiro se recusou a dar a estimativa de público, mas supõe- se cerca de 15 mil pessoas na Orla de Copacabana.
Um dia marcante para a história do Brasil. Em pelo menos 15 capitais e mais outras cidades pelo país totalizando uma média de 160 ao todo, mais de um milhão de pessoas foram às ruas em protesto contra o governo Dilma, a corrupção da Petrobrás e até pedidos de intervenção Militar.
O manifesto que durou quase todo o dia, teve seu maior público no reduto Tucano (PSDB) em São Paulo, onde em torno de quase um milhão de pessoas participaram. Outras capitais importantes do país também tiveram um bom número de adeptos. Em Goiânia a estimativa girou em torno de 60 mil, os manifestantes caminharam cerca de 4 quilômetros. Em Brasília o público foi entorno de 45 mil, e se concentrou principalmente na Esplanada dos Ministérios. A manifestação contra o governo, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, reuniu cerca de 15 mil pessoas e em Belo Horizonte se concentrou na Praça da Liberdade no início da tarde deste domingo. Os manifestantes seguiram para a Praça Savassi e totalizou 25 mil na capital mineira.
Após o fim do desse dia, muitos se perguntam ainda, se os atos tem ou não cunho político, ou se houveram a junção da vontade de uma parte da população e uma indução de grupos com interesses no Poder. O governo Dilma atravessa um período muito delicado, alta de juros, aumento na gasolina, conta de luz e inflação, são alguns pontos mais que negativos nesse primeiro trimestre do segundo mandato da Petista. Escândalos como o Mensalão ainda no governo Lula e agora o da Petrobrás, assombram a mulher mais importante do Brasil. Por outro lado mesmo ao caos instalado, as investigações apesar de não serem tão transparentes e de excluir a própria presidente e seu antecessor, deram algo novo no país. A Polícia Federal tem maior autonomia hoje do que na época dos governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e de Itamar Franco, onde muitos casos de corrupção sequer eram investigados e na maioria deles arquivados antes mesmo de qualquer menção de pesquisa. As privatizações marcaram em especial o governo de FHC, a Valle do Rio Doce, uma grande empresa estatal da época teve uma privatização polemica, e que fez o Brasil perder, pois junto com a Petrobrás alavancava a economia de forma direta. Outras privatizações deram mais certo como o caso da telefonia, que melhoraram apesar de ainda estar longe do ideal até hoje. A inflação hoje do Brasil tem estimativa de fechar 2015 em torno de 8%. Esse número só foi maior a 12 anos atrás no governo Lula 9,3%, porém no governo FHC em 1999 atingiu 9,52%.
Vivemos em um país de regime democrático, Dilma foi eleita em outubro passado e esta nesse mandato atual a apenas 3 meses. Será que o Brasil mudou de opinião tão rápido? Esse é uma pergunta ainda sem resposta.
Veja os índices de inflação desde a década de 30 no País
- Década de 1930 = média anual de 6,1%;
- Década de 1940 = média anual de 12,3%;
- Década de 1950 = 19,5%
- Décadas de 1960 e 1970 = 40,1%
- Década de 1980 = 330%
- Entre 1990 a 1994 =média anual de 764%
- Entre 1995 a 2000 = média anual de 8,6%
- 1999 = 9,52% (Teto da meta de 10%)
2000 = 6,59% (Teto da meta de 8%)
- 2001 = 7,67% (Teto da meta de 6%)
- 2002 = 12,53% (Teto da meta de 5,5%)
- 2003 = 9,3% (Teto da meta de 5,25%)
- 2004 = 7,6% (Teto da meta de 8%)
- 2005 = 5,69% (Teto da meta de 7%)
- 2006 = 3,14% (Teto da meta de 6,5%)
- 2007 = 4,46% (Teto da meta de 6,5%)
- 2008 = 5,90% (Teto da meta de 6,5%)
- 2009 = 4,31% (Teto da meta de 6,5%)
- 2010 = 5,91% (Teto da meta de 6,5%)
- 2011 = 6,50% (Teto da meta de 6,5%)
- 2012 = 5,84% (Teto da meta de 6,5%)
- 2013 = 5,91% (Teto da meta de 6,5%)
- 2014 = 6,41% (Teto da meta de 6,5%)
- 2015 = 7,14% (Fevereiro de 2015, teto da meta de 6,5%)
- Fonte Wikipédia
Como foi o dia:
18h10: Consolidado: os protestos aconteceram em todas as regiões do país.Em Goiânia, 60 mil pessoas caminharam por 4 quilômetros; em Campinas-SP, foram 5 mil pessoas. Em São Paulo, foram cerca de 400 mil pessoas segundo o Datafolha (a Polícia Militar falou em 1 milhão); também houve protestos em Manaus, Belém, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador e outras capitais.
17h52: Jornais europeus repercutiram as manifestações deste domingo. Entre eles, os britânicos The Guardian, Financial Times e BBC e o alemão Der Spiegel.
17h05: No período da tarde, os cariocas se concentraram na Candelária, no centro do Rio de Janeiro, e seguiu pela Avenida Presidente Vargas. Além de gritarem slogans como “Brasil acima de tudo”, os presentes também entoaram canções militares, como Fibra de Herói, considerada como um dos hinos populares do Exército.
16h58: No Piauí, o protesto previsto não aconteceu.
16h18: Em Montreal, no Canadá, cerca de 30 pessoas encararam a neve para protestar. Cerca de 3 mil brasileiros moram na cidade. Também houve ato em Toronto, cidade onde vivem 7 mil brasileiros.
15h46: A Polícia Militar do estado de São Paulo atualizou o número de manifestantes para 1 milhão de pessoas. Entre os manifestantes, também há grupos que defendem a intervenção militar. Dos cinco carros de som presentes no ato na Avenida Paulista, dois trazem mensagens com pedidos de ação das Forças Armadas para destituir o atual governo. Saiba mais.
15h32: Em São Paulo, muitas faixas criticam a corrupção e as medidas econômicas do governo, outras pedem a saída da presidenta Dilma Rousseff. Integrantes do movimento Vem Pra Rua levavam também uma cruz com os dizeres “Corrupção, Desemprego, Inflação, Juros: Que País é Esse”.
15h13: Segundo a Polícia Militar do estado de São Paulo, 580 mil pessoas participam da manifestação na Avenida Paulista, na região central da capital.
15h07: Nos Estados Unidos, as manifestações aconteceram nas cidades de Nova York, Miami, Boston e Orlando.
14h44: Em São Paulo, cerca de 200 mil pessoas ocupam os dois sentidos da Avenida Paulista, na região central de São Paulo, segundo a Polícia Militar (PM). Em todo o entorno é grande a movimentação de pessoas que chegam vestidas, em sua maioria, com as cores da bandeira do Brasil, e segurando cartazes. Até o momento, não foi registrado nenhum incidente, de acordo com a PM.
14h30: A manifestação em Fortaleza que pediu o impeachment da presidenta Dilma Rousseff reuniu aproximadamente 12 mil pessoas na Praça Portugal, na Aldeota, bairro nobre da capital do Ceará.
14h: A manifestação contra o governo Dilma e a corrupção, em Belo Horizonte, se dispersou. Segundo informações da Polícia Militar de Minas Gerais, no ápice, o ato contou com 24 mil pessoas. Uma pequena parte se dirigiu para a Praça Sete e outra para a Praça Savassi, mas a maioria encerrou os protestos.Já em Brasília, Após cerca de quatro horas de protestos, as pessoas começam a deixar a Esplanada dos Ministérios. Antes, portando faixas pedindo o fim da corrupção e também o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, elas se posicionaram em frente ao Congresso Nacional.
14h: Milhares de manifestantes que irão participar de ato contra o governo, marcado para as 15h, se concentram na Avenida Paulista. As duas pistas foram fechadas e a Polícia Militar (PM) faz a segurança do local.
13h30: Brasileiros também foram às ruas neste domingo (15) em Lisboa, capital portuguesa, e em Londres, no Reino Unido, para protestar contra o governo da presidenta Dilma Rousseff. Os protestos foram convocados pelo Facebook.
13h30: A manifestação contra o governo, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, reúne cerca de 15 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar, e chegou a ocupar as duas pistas da Avenida Atlântica. O protesto, que já começa a se dispersar, foi acompanhado do alto dos prédios da orla por moradores que se manifestavam das janelas dos apartamentos portando bandeiras do Brasil.O esquema de segurança planejado pata a manifestação contra a corrupção e o governo na orla da Praia de Copacabana conta com 850 policiais militares de várias unidades, entre elas o 19º BPM, o Batalhão de Choque e o de Grandes Eventos. Dom João de Orleans e Bragança, da família real brasileira, participou do protesto contra a corrupção, mas de disse contra o impeachment.
13h: Segue sem registro de ocorrências de violência a manifestação em Brasília contra o governo e a corrupção. Segundo informações da Polícia Militar do Distrito Federal, o número de manifestantes na Esplanada dos Ministérios já chega a 45 mil.
12h30: A polícia Militar divulgou informações sobre a manifestação na Praia de Copacabana que pede o fim da corrupção e a saída da presidenta Dilma do governo. Segundo a PM, cerca de 15 mil pessoas já ocupam a orla de Copacabana, no Rio de Janeiro.
12h30: Manifestantes vestidos de verde e amarelo tomam as ruas de Copacabana, no Rio de Janeiro. Eles pedem o fim da corrupção, o afastamento da presidenta Dilma Rousseff e fazem críticas também à condução do PT no governo. Organizadores estimam 15 mil pessoas.
12h: A Polícia Militar (PM) de Minas Gerais contabiliza 24 mil pessoas na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, neste momento. A manifestação contra o governo e contra a corrupção começou por volta das 9h30 e deve ficar concentrada na praça, sem deslocamento para outros pontos da capital mineira.
12h: A manifestação contra o governo e a corrupção na Esplanda dos Ministérios, em Brasília, já tem 30 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar do Distrito Federal. Convocados por grupos diversos pelas redes sociais, os manifestantes se reuniram em pontos distintos da Esplanada, mas, neste momento, já começam a caminhar para se concentrar em frente ao Palácio do Congresso Nacional.
11h: Manifestantes ocupam orla de Copacabana no Rio de Janeiro. O ato começou com o hino nacional. Os discursos, no alto do carro de som, pedem o fim da corrupção, o afastamento da presidenta Dilma Rousseff e fazem críticas também à condução do PT no governo..
10h: A Esplanada dos Ministérios está ocupada por uma manifestação contra a corrupção e contra o governo da presidenta Dilma Rousseff. no momento, a estimativa é de cerca de 7 mil presentes à manifestação. A Polícia Militar estima que ao longo do dia cerca de 70 mil pessoas compareçam à manifestação, já os organizadores estimam cerca de 130 mil.
Em Brasília, a manifestação se concentra em frente ao Museu da República na Esplanada dos Ministérios. A maioria das pessoas usa blusas amarelas e carregam faixas contra corrupção e contra o governo federal. Ouça mais da repórter que está no local:
*Com informações da Agência Brasil e Radioagência Nacional
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