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Bolsonaro tem o pior índice de aprovação e cai 15 pontos

Apenas 34% aprovam o atual governo . Índice de aprovação é inferior ao de FHC, Lula e Dilma no mesmo período do primeiro mandato. Reprovação do governo subiu de 11% para 24%.

A pesquisa Ibope, o Instituto de Pesquisa mais respeitado da América Latina, divulgou nesta quarta-feira (20) os seguintes percentuais de avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL):

Ótimo/bom: 34%

Regular: 34%

Ruim/péssimo: 24%

Não sabe/não respondeu: 8%

A avaliação positiva do presidente caiu 15 pontos percentuais desde a posse. Em fevereiro, segundo a pesquisa, 19% consideravam o governo “ruim/péssimo”; 30%, “regular”; e 39% o avaliavam como “bom/ótimo”.

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas entre 16 e 19 de março.O nível de confiança da pesquisa é de 95%.

Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro, que é de 2 pontos, para mais ou para menos.

Maneira de governar

A pesquisa também avaliou a opinião dos entrevistados sobre a maneira de governar do presidente da República:

Aprovam: 51%

Desaprovam: 38%

Não souberam ou não responderam: 10%

Em fevereiro, 57% aprovavam e 31% desaprovavam.

Confiança

Outro ponto questionado pelo Ibope foi sobre a confiança dos entrevistados em relação ao presidente:

Confia: 49%

Não confia: 44%

Não souberam ou não responderam: 6%

Em fevereiro, 55% afirmaram confiar no presidente e 38% disseram não confiar.

Comparação com outros presidentes

O Ibope fez uma comparação entre os resultados de pesquisas de avaliação da administração dos últimos presidentes eleitos, realizadas no mesmo período de governo.

A avaliação positiva de Jair Bolsonaro é inferior àquelas registradas para Fernando Henrique Cardoso (1º mandato), Lula (1º e 2º mandatos) e Dilma Rousseff (1º mandato). No entanto, ela é maior que as de Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff no início do segundo mandato.

Sobre a pesquisa

Margem de erro: 2 pontos percentuais para mais ou para menos

Entrevistados: 2.002 pessoas

Quando a pesquisa foi feita: 16 e 19 de março

Nível de confiança: 95%

Banda larga da OI é a pior do Brasil

Oi, foi a pior operadora nos quesitos banda larga, telefonia fixa e tv por assinatura. Em Itaguaí, ela detém o monopólio, mesmo prestando péssimos serviços. Revendedores vendem pacotes que não são cobertos na cidade

 

No último dia 03 de maio a Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações, divulgou os resultados de uma pesquisa sobre a qualidade da internet de banda larga fixa em todo o Brasil. O levantamento feito, que levou em consideração a opinião de mais de 150 mil pessoas, mostra a avaliação dos usuários em relação aos planos contratados.

 

Para a pesquisa, a agência levou em consideração alguns critérios, como velocidade da conexão, estabilidade da rede, disponibilidade, preço e atendimento feito pela operadora. Diante dos critérios, o site Melhor Plano classificou as melhores provedoras de internet em cada estado brasileiro. Somente o Amapá não recebeu avaliação, já que a Anatel não avaliou as operadoras do local.

 

Confira a lista das melhores em cada estado.

 

Acre – NET

Alagoas – Vivo

Amazonas – NET

Bahia – NET

Ceará – NET

Distrito Federal – NET

Espírito Santo – NET

Goiás – Vivo

Maranhão – NET

Mato Grosso – NET

Mato Grosso do Sul – NET

Minas Gerais – Algar Telecom

Pará – NET

Paraíba – NET

Paraná – Sercomtel

Pernambuco – NET

Piauí – NET

Rio de Janeiro – Tim

Rio Grande do Norte – Cabo Telecom

Rio Grande do Sul – NET

Rondônia – Blue

Roraima – Oi

Santa Catarina – Vivo

São Paulo – Tim

Sergipe – NET

Tocantins – NET

Apesar dos resultados obtidos com os consumidores mostrarem que a NET foi considerada a melhor provedora de banda larga em 19 estados brasileiros, o lugar de melhor operadora ficou para a Cabo Telecom. Sobre velocidade, a Tim mostrou maior desempenho e ocupou a liderança.

A operadora Oi, foi a pior operadora nos quesitos banda larga, telefonia fixa e tv por assinatura do país

A Anatel divulga periodicamente o ranking de reclamações das prestadoras por meio do Índice de Desempenho no Atendimento (IDA).

O IDA pontua as prestadoras utilizando as metas previstas para o setor de telecomunicações. A melhor prestadora é aquela que obtiver melhor nota final, que é inicialmente 100 pontos e são subtraídos fatores de dedução (Fator de Reclamação, Fator de Reabertas, Fator de Respondidas em até 5 dias e Fator de Respondidas no Período).

Quanto maior a nota obtida pela prestadora, melhor sua posição no ranking do IDA.

Taxas
Reclamações por mil acessos (%) Reabertas (%) Respondidas em 5 dias úteis (%) Respondidas no período (%)
IDA
Metas até 0,4 até 8 85 99
Algar Telecom  0,599* 4,983 90,365 100 95,01
Sercomtel  0,220 12,121* 72,973* 100 83,42
NET  0,717* 9,342* 82,643* 99,616 80,44
Vivo 1,661* 6,297 86,704 99,924 68,48
SKY 2,951* 7,343 85,437 100 36,21
Oi 3,008* 12,508* 85,358 99,799 26,98
TIM 4,429* 7,071 87,618 100 0
* Fora da meta estabelecida.

 

 

Taxas
Reclamações por mil acessos (%) Reabertas (%) Respondidas em 5 dias úteis (%) Respondidas no período (%)
IDA
Metas até 0,2 até 8 85 99
Algar Telecom 0,097 6,923 89,231 100 100
Sercomtel 0,098 14,286* 85,714 100 91,07
Vivo 0,456* 7,009 86,477 99,980 87,22
Claro 0,480* 7,440 85,859 99,908 86,02
Oi 0,401* 10,187* 83,753* 99,545 78,18
TIM 0,649* 7,459 85,220 99,999 77,55
Nextel 2,499* 23,244* 57,693* 96,537* 0
* Fora da meta estabelecida.

Taxas
Reclamações por mil acessos (%) Reabertas (%) Respondidas em 5 dias úteis (%) Respondidas no período (%)
IDA
Metas até 0,36 até 8 85 99
Algar Telecom 0,281 4,301 92,115 100 100
Embratel 0,666* 7,132 84,743* 99,848 86,41
Vivo 1,364* 6,339 86,641 99,960 72,12
Sercomtel 0,088 23,810* 56,522* 100 70,63
TIM 1,976* 13,830* 80,870* 99,972 40,08
Oi 2,451* 11,449* 84,533* 99,783 29,60
* Fora da meta estabelecida.

Taxas
Reclamações por mil acessos (%) Reabertas (%) Respondidas em 5 dias úteis (%) Respondidas no período (%)
IDA
Metas até 0,65 até 8 85 99
Algar Telecom 0,671* 12,500* 84,615* 99,462 86,74
NET 1,513* 5,463 87,342 99,765 86,72
Vivo 1,533* 5,657 88,664 99,950 86,41
Claro 1,943* 7,705 85,297 99,995 80,11
SKY 2,326* 7,847 85,921 99,992 74,22
Oi 2,880* 14,192* 79,761* 99,324 50,07
* Fora da meta estabelecida.

Com os resultados divulgados pela Anatel, a operadora Oi, foi a que apresentou a pior qualidade em serviços. Sendo considerada a pior em banda larga, telefonia fixa e tv por assinatura no país. Mesmo onde não foi considerada a pior, que foi na telefonia móvel, a Oi ficou em penúltimo lugar.

A operadora não respondeu sobre a pesquisa, mas já havia declarado estar buscando melhorias em sua rede. Resta saber quando?…

Em Itaguaí, a população só conta com o Oi Velox para utilização de banda larga. Além dos péssimos serviços, a operadora conta com fiações precárias em sua rede na cidade. Em diversos locais é possível ver um emaranhado de fios nos postes e diversos deles em desuso. Também é bem comum ruídos nas linhas telefônicas em fixos da Oi. Através de revendedores, a empresa tenta vender pacotes de altas velocidades em Itaguaí, mesmo não tendo condições técnicas de fornecer velocidades maiores que 2 megas de velocidade (na maioria das vezes não consegue sequer fornecer tal velocidade). O cliente que for lesado por propaganda enganosa, deve entrar na justiça contra a operadora e contra o vendedor que oferece o serviço enganoso.

Banda larga – Direitos do consumidor

Interrupção do serviço

Se o serviço for interrompido ou houver perda de qualidade, a prestadora deve descontar da assinatura o valor proporcional ao tempo de interrupção quando este ultrapassar 30 minutos. Caso a prestadora precise interromper o serviço para manutenção na rede, você tem de ser avisado com antecedência mínima de uma semana, além de ter direito a desconto na assinatura de 1/30 por dia ou fração superior a quatro horas. Você também tem direito à reparação por danos causados pela interrupção.

Alteração nas condições do serviço

As prestadoras devem comunicar-lhe, com antecedência razoável, todas as informações relativas a preços, condições de fruição do serviço, bem como qualquer alteração nas condições de prestação do serviço que o atinja.

Cobrança (Veja em Direitos Gerais)

Inadimplência

Assim que o débito for quitado, a prestadora deve providenciar a imediata exclusão do seu nome dos cadastros de inadimplentes. Fidelidade e Cancelamento Você tem direito ao cancelamento imediato do serviço a qualquer tempo e sem custo. Não pode haver cobranças referentes a serviço prestado após esta data (veja Decreto do SAC). Por isso, o Idec entende que a fidelização não é permitida para a banda larga fixa. Em janeiro de 2010, uma ação civil pública movida pelo Idec contra três operadoras teve decisão liminar favorável à isenção de multa para assinantes que cancelaram o contrato por lentidão no serviço. INTERNET E BANDA LARGA FIXA

Legislação: Regulamento do Serviço de Comunicação Multimídia – Resolução Anatel nº 272/2001 – http://goo.gl/cXnki

 

ENDEREÇOS ÚTEIS

•Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações: http://www.anatel.gov.br Mensagens para a ouvidoria podem ser enviadas para ouvidoria@anatel.gov.br

Atendimento por telefone: 1331 (reclamações, denúncias, sugestões ou pedidos de informações)

Pessoas com deficiência auditiva: 1332, de qualquer telefone adaptado

•DPDC-MJ – Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor – Ministério da Justiça: http://portal.mj.gov.br

• Procons – acesse o portal do DPDC para localizar o Procon mais próximo de sua região: http://portal.mj.gov.br/ControleProcon/frmLogon.aspx

•Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor: http://www.idec.org.br

Conheça os seus direitos:

Clique para acessar o folheto-banda-larga.pdf

 

Propaganda enganosa é crime
Muitas vezes o consumidor se sente enganado com propagandas em que o divulgado parece muito mais interessante do que é na realidade. Mas em todas as situações isso é considerado propaganda enganosa? Entenda as diferenças das publicidades descritas como enganosas pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC) e saiba o que fazer em cada caso.
Publicidade enganosa
De acordo com o artigo 37 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), uma publicidade é considerada enganosa quando induz o consumidor ao erro. Ou seja, quando traz uma informação falsa capaz de dar uma ideia diferente da realidade do produto ou do serviço ofertado. É o caso, por exemplo, de um serviço anunciado gratuito, mas que na verdade é pago, mesmo que isso só se perceba na hora em que é contratado ou após certo tempo de uso.
Em casos como esse, o consumidor pode tentar contato com o ofertante, preferencialmente por escrito, solicitando providências. O artigo 35 do CDC dá ao consumidor lesado o direito de escolher entre as seguintes alternativas: a obrigação de cumprir exatamente o que foi ofertado; outro produto ou serviço equivalente ao adquirido, ou a rescisão do contrato e a devolução do valor pago, acrescido da devida correção monetária.
Caso o fornecedor não responda à solicitação ou dê um retorno negativo, a reclamação pode ser registrada junto a um órgão de defesa do consumidor, como o Procon da sua cidade. Se ainda assim nada for resolvido, o caso pode ser levado à Justiça por meio do Juizado Especial Cível (JEC). Nos casos que envolvam causas de até 20 salários mínimos, não será necessário um advogado para mover o processo. Acima desse valor, será necessário o auxílio de um advogado de confiança para que as ações e avaliações cabíveis sejam articuladas.
Há, ainda, a possibilidade de o consumidor tentar solucionar seu problema, antes de entrar na Justiça, por meio de uma plataforma digital criada pelo governo federal, chamada consumidor.gov.br. Ou até mesmo reclamar por outros meios, como as redes sociais. Mas nunca deixe de registrar seu problema no Procon.
Publicidade enganosa por omissão
Além da publicidade enganosa, o artigo 37 do CDC prevê a publicidade enganosa por omissão, que é aquela em que o fornecedor deixa de informar um dado essencial sobre o produto ou do serviço anunciado. Por exemplo, quando um canal de TV anuncia diversos produtos, mas não informa sobre a forma de pagamento ou condições – dados que também são essenciais sobre o produto na hora da compra.
Neste caso, o procedimento a ser tomado será o mesmo que o descrito na publicidade enganosa. O consumidor pode tentar o contato com o fornecedor, fazendo as solicitações convenientes. Se não houver resposta, buscar o Procon e, se mesmo assim não funcionar, entrar na Justiça.
Publicidade abusiva
No artigo 37, parágrafo segundo, também é descrita a publicidade abusiva, esta que é considera imprópria por incitar à violência, desrespeitar o meio ambiente e se aproveitar da deficiência de julgamento e experiência de crianças.
A ideia da publicidade abusiva está ligada à valores morais e atuais acontecimentos da sociedade. Em geral, é a publicidade que contém objetiva ou subjetivamente um discurso discriminatório ou preconceituoso, ou que incita prática imorais ou a violação de direitos humanos.
Assim como nas demais hipóteses, a abusividade constatada em uma propaganda pode ser denunciada ao Procon. Na possibilidade da publicidade ser considerada abusiva, o órgão tomará as medidas necessárias para que ela deixe de ser exibida ou veiculada, além da aplicação de sanções pelas infrações cometidas.

Pesquisa revela que brasileiras são as que mais acessam pornografia no mundo

Apesar de levantar dúvidas entre produtores de conteúdo adulto, os dois maiores sites pornográficos do mundo afirmam que as brasileiras e as mulheres das Filipinas são as que mais acessam conteúdo pornográfico no mundo.

De acordo com uma pesquisa realizada pelos dois maiores sites de pornografia online, o Pornhub e o Redtube, as mulheres brasileiras e as das Filipinas são as que mais acessam conteúdo erótico no mundo.

O Pornhub e o Redtube são sites que oferecem conteúdo pornográfico gratuito. Eles são responsáveis por atrair um tráfego de 40 milhões de usuários únicos por mês.

Em ambos os países, o índice de mulheres que acessam conteúdo pornográfico através da Internet chega a 35%, os homens, 65%. A Argentina aparece em quarto lugar, com 30% e o México em oitavo, com 28% do sexo feminino acessando tal conteúdo.

No entanto, sites concorrentes não aceitam o resultado, alegando que não é possível fazer esse tipo de medição.

Conforme ainda com a pesquisa, as categorias mais procuradas pelas mulheres são “lésbica”, “trios” e “squirt” (ejaculação feminina). Além disso, o público feminino também assiste conteúdo homossexual masculino.

O tempo de permanência nos sites adultos também foi medido. Assim, a pesquisa revela que as mulheres permanecem em média 10 minutos e 10 segundos, e os homens 9 minutos e 22 segundos. Vale notar que esta média é mundial.

No entanto, alguns produtores de pornografia, mesmo admitindo que o consumo virtual desse tipo de material aumentou entre as mulheres, questionam o resultado da pesquisa do Pornhub e do Redtube, dizendo que ela não é cientifica.

De acordo com o Pornhub, para o levantamento foi usado um “software analítico”, e os termos preferidos entre as mulheres seriam cenas lésbicas, sexo a três e uma categoria chamada “squirt” (ejaculação feminina).

“Com certeza há um crescimento entre as mulheres, porque as mulheres assistem pornografia, e toda a população mundial consome mais”, disse à BBC Mundo Pablo Dobner, diretor executivo e cofundador do Erika Lust Films, uma empresa de Barcelona que produz conteúdo adulto sob uma perspectiva feminina.

“Há uma demanda, mas a maioria das mulheres quer algo muito mais sincero, limpo e sexualmente inteligente em relação ao que é possível encontrar na maioria dos outros portais”, disse ainda.

Além disso, o tipo de conteúdo escolhido pelas mulheres também é duvidoso. Porém, Dobner acredita que a escolha de conteúdo esteja ligado exclusivamente por se sentirem mais confortáveis.

“As mulheres estão buscando mais prazer feminino e reivindicando que o homem não é o único que tem de desfrutar do sexo e que elas também querem sua parte do sexo recreativo, que esteve proibido para elas por tanto tempo”.

 

 

Metade dos brasileiros não usam cinto de segurança no banco de trás

PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE

Apenas 50,2% da população têm o hábito de colocar o cinto no banco traseiro, embora a utilização deste item de segurança reduza mais o risco de morte no trânsito. Também chama a atenção o baixo índice do uso de capacete na zona rural, 59%

 

Muitos brasileiros ainda não têm o hábito de usar o cinto de segurança no banco de trás. Pesquisa do Ministério da Saúde, realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que apenas 50,2% da população afirmam sempre usar o cinto quando estão no banco traseiro de carro, van ou táxi. Os entrevistados mostram mais consciência quando está no banco da frente, em que 79,4% das pessoas com 18 anos ou mais dizem sempre usar o item de segurança. Contudo, o cinto na parte traseira do veículo reduz mais o risco de morte, pois, em uma colisão, impede que o corpo dos passageiros seja projetado para frente, atingindo o motorista e o carona.

CONFIRA A APRESENTAÇÃO: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/junho/02/apresentacao-PNS-Vol2.pdf

E PESQUISA COMPLETA:

http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv94074.pdf

O uso do cinto de segurança no banco de trás é ainda menor na zona rural, onde 44,8% disseram ter o hábito de colocar o cinto. Entre as regiões, Norte e Nordeste registram os índices mais preocupantes, 36,7% e 39,5%, respectivamente, enquanto os moradores da região Sul demonstraram ter mais consciência da importância deste item de segurança. Lá, 65,1% das pessoas com 18 anos ou mais disseram sempre usar cinto no banco de trás. O cenário nas regiões se repete quando o assunto é utilizar o cinto no banco da frente: Norte e Nordeste apresentaram os menores índices (67,2% e 66%) e Sudeste e Sul os maiores (86,5% e 86,2%).

“Estudos mostram que o cinto de segurança no banco da frente reduz em 45% o risco de morte, e no banco de trás, em 75%. Isso demonstra que estamos falando de um importante instrumento para as ações de fiscalização de saúde. Temos que investir em ações educativas para mudar esse quadro”, destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Os dados citados pelo ministro são do Estudo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet). Em 2013, um levantamento da Rede Sarah apontou que 80% dos passageiros do banco da frente deixariam de morrer se os cintos do banco de trás fossem usados com regularidade.

O segundo volume da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) foi feito em 64 mil domicílios em 1.600 municípios de todo o país entre agosto de 2013 e fevereiro de 2014. O estudo é considerado o mais completo inquérito de saúde do Brasil e traz dados inéditos sobre vários aspectos, entre eles, acidente no trânsito, acesso aos serviços de saúde (atendimento e medicamentos) e violência. A pesquisa serve de base para que o Ministério da Saúde possa traçar suas políticas públicas para os próximos anos.

Durante o levantamento, foram coletadas informações sobre toda a família a partir de entrevistas com cerca de 205 mil indivíduos em domicílio, escolhidos por meio de sorteio entre os moradores da residência para responder ao questionário. Uma terceira fase da pesquisa trará informações resultadas dos exames de sangue, urina e aferição da pressão arterial dos brasileiros.

USO DE CAPACETES – Também preocupa o percentual de pessoas que vivem na área rural que deixam de usar o capacete quando estão como passageiros em motocicletas. Do total de entrevistados, 80,1% afirmaram usar capacete mesmo quando não estão dirigindo, mas esse índice cai para 59% se consideramos somente os moradores da área rural.

A pesquisa revelou ainda que 4,4 milhões (3,1%) de brasileiros sofreram acidente de trânsito com lesões corporais nos últimos 12 meses anteriores à pesquisa. O número é maior entre os homens 4,5% e 1,8% mulheres. Do total de pessoas que sofreram acidentes, 47,2% deixaram de realizar atividades habituais, 7,7% tiveram que ser internadas 15,2% tiveram sequelas ou incapacidades.

No Brasil, 42,2 mil pessoas morreram por conta de acidentes de trânsito em 2013, sendo 12.040 envolvendo motocicletas. Foram registrados no ano passado, mais de 127 mil internações por conta desses acidentes, o que representa um gasto de R$ 183,1 milhões para o SUS. Os acidentes por moto responderam por 83,4 mil internações.

O Ministério da Saúde está propondo uma série de ações intersetoriais para a promoção de uma política específica de prevenção aos acidentes de trânsito, principalmente moto. Entre as propostas que estão em estudo, destaca-se o uso de equipamentos, a melhor capacitação para habilitação e ações na área de fiscalização. Essa discussão será levada para o 2º Road Safety, Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito, que será realizado no Brasil em novembro com o objetivo de repactuar metas e traçar novas estratégias do governo e da sociedade para garantir a segurança da população e salvar milhões de vidas.

VIOLÊNCIA – Ao abordar a questão da violência, 3,1% da população afirmaram terem sofrido alguma violência ou agressão de pessoa desconhecida nos últimos 12 meses anteriores. Homens sofrem mais agressão por pessoas desconhecidas (3,7%) e as mulheres são as maiores vítimas de agressão por pessoas conhecidas (3,1%).

Do total de pessoas que sofreram violência, 20,9% tiveram alguma lesão corporal devido à violência ou agressão por pessoas desconhecidas, sendo mais da metade homens (28,6%) e 11,4%, mulheres. Um grupo um pouco menor (17,9%) diz ter recebido algum tipo de assistência de saúde. As mulheres foram as que mais buscaram assistência, 20,8%, enquanto esse índice entre os homens foi de 12,3%.

Uma ação importante voltada à violência contra a mulher foi anunciada este ano pelo governo federal. Portaria assinada pelo Ministério da Saúde, da Justiça e pela Secretaria de Políticas para as Mulheres estabelece novas diretrizes para a integração do atendimento às vítimas de violência sexual pelos profissionais de segurança públicas e de saúde do SUS.

O objetivo é implementar em âmbito nacional o registro de informações e a coleta de vestígios durante o atendimento às vítimas nos em hospitais, tornando a assistência mais humanizada e reduzindo a exposição da pessoa que sofreu violência. O registro de informações e coleta de vestígios no momento do atendimento em saúde também contribui para o combate à impunidade, com a realização de exames nas primeiras horas após a violência.

Por Patrícia de Paula, da Agência Saúde

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