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Quais são os grupos que não devem tomar a vacina da febre amarela – e como podem se proteger

O Brasil vive o maior surto de febre amarela silvestre das últimas décadas, segundo o Ministério da Saúde. Por isso, o governo federal iniciou uma campanha emergencial de vacinação com o objetivo de imunizar cerca de 20,6 milhões de pessoas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, novas áreas de concentração da doença, entre janeiro e março.

A preocupação decorre dos números. No primeiro semestre do ano passado, foram confirmados 777 casos em 21 Estados e no Distrito Federal. No segundo, foram 35 em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Distrito Federal – 145 ainda estão em investigação.

No entanto, diferentes grupos – como gestantes, idosos, pessoas em quimioterapia e em determinados tratamentos de saúde – não podem receber a vacina por causa dos riscos de reações graves.

 

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Para esses indivíduos, a orientação é evitar picadas de mosquitos por meio do uso de camisas de mangas longas e calças compridas, mosquiteiros e repelentes – grávidas e mães de recém-nascidos, contudo, devem buscar orientação sobre possíveis reações alérgicas a essas substâncias. Se possível, é recomendado ainda buscar telas antimosquitos para os cômodos da casa.

A febre amarela causa sintomas como dor de cabeça, febre baixa, fraqueza e vômitos, dores musculares e nas articulações. Em sua fase mais grave, pode causar inflamação no fígado e nos rins, sangramentos na pele e levar à morte.

Transmitida pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, a forma silvestre da doença é a variedade que ainda provoca surtos no Brasil. O país não registra casos de febre amarela urbana, transmitida pelo Aedes aegypti, desde 1942.

A BBC Brasil conversou com diferentes especialistas sobre quem pode e quem não deve se vacinar – e por quê. Confira.

 

Por que há contraindicação para algumas pessoas?

 

A vacina contra a febre amarela é considerada altamente segura. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), dos EUA, eventos adversos sérios, que põem em risco a vida do paciente, ocorrem em 1 a cada 250 mil pessoas vacinadas.

Mas em determinados grupos de pacientes, como aqueles que estão com o sistema imunológico debilitado ou que têm alergias a elementos do ovo, a imunização pode causar problemas graves.

Esses efeitos ocorrem porque o imunizante contra a febre amarela possui o vírus vivo atenuado, que desaparece do organismo três semanas após a vacinação, em média.

Em um paciente com um sistema imunológico sadio, a vacina irá provocar as células de defesa para que criem anticorpos contra a doença. Isso significa que esse paciente, ao ser eventualmente picado no futuro por um mosquito infectado, terá os anticorpos necessários para combater o vírus.

 

“Quando a pessoa é vacinada, o vírus inoculado passa a se multiplicar no organismo do paciente. O sistema imunológico então identifica a atividade do vírus e começa a produzir células de defesa para combatê-lo”, explica André Siqueira, pesquisador do Laboratório de Pesquisa Clínica em Doenças Febris Agudas do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fiocruz.

No entanto, se o sistema imunológico do paciente estiver enfraquecido por doenças sérias, como o câncer, a vacina pode criar um quadro semelhante ao da febre amarela em si. Por isso é importante realizar uma triagem antes de tomar a vacina, para garantir que não há contraindicações.

 

Doadores de sangue

Pessoas que pretendem doar sangue devem esperar 30 dias após a vacinação para o procedimento.

O objetivo é evitar que o vírus vivo inoculado, circulante na corrente sanguínea do doador durante as três primeiras semanas após a vacinação, não acabe em um paciente que esteja com o sistema imunológico debilitado e cause reações adversas.

“É uma ação de prevenção que faz parte dos protocolos internacionais”, afirma Regiane Cardoso de Paula, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo.

Ela pede que o doadores procurem os hemocentros do município no qual residam antes do início da campanha de vacinação fracionada no Estado de São Paulo, que começará no dia 29 de janeiro.

É importante lembrar que o risco está para o paciente debilitado que receberá o sangue – e não para o doador.

“Pedimos que as pessoas doem sangue antes do Carnaval, período em que precisamos de doações. Os estoques dos hemocentros já estão baixos, porque janeiro é um período de férias em que as pessoas geralmente estão em viagem”, afirma a diretora.

 

Gestantes e mulheres que amamentam

 

Grávidas e mulheres que estejam amamentando um bebê com menos de seis meses devem buscar orientação médica antes de tomar a vacina. A cautela é para evitar a possibilidade de reações alérgicas graves.

A orientação geral é que essas mulheres só sejam imunizadas se estiverem em área de risco de transmissão da doença.

“O médico vai fazer uma conta de risco e benefício”, diz Cardoso de Paula. “Se a grávida tiver mais de três meses de gestação e estiver próxima do foco da doença, a recomendação é que tome a vacina. Se puder se deslocar para um outro local em que a doença não seja endêmica, podemos avaliar se a vacina é dispensável.”

 

Bebês com menos de 9 meses

 

O Ministério da Saúde recomenda a vacinação apenas para os bebês acima de nove meses de idade. Para aqueles em áreas de alto risco da doença, a recomendação é a partir dos seis meses.

De acordo com Expedito Luna, médico epidemiologista e professor do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo, a razão está na maior probabilidade de efeitos colaterais para crianças nessa faixa etária.

“Nesse grupo, há mais eventos adversos neurológicos e menor imunogenicidade da vacina, o que significa que ela protege menos. Você aplica em cem crianças e vai haver menos proteção e mais efeitos colaterais”, explica.

 

Idosos acima de 60 anos

 

Atualmente, a vacina está recomendada para aqueles entre nove meses e 59 anos de idade.

Idosos acima dessa faixa etária precisam passar pelo médico para avaliar o estado do sistema imunológico e se o risco de serem contaminados pela doença é alto ou não.

De acordo com Luna, desde 2000 foi identificado no Brasil e em outros lugares do mundo que uma pequena proporção daqueles que tomavam a vacina podiam desenvolver um quadro grave, semelhante ao da própria febre amarela.

“No estudo desses raros casos de eventos adversos, identificou-se que era comum entre aqueles acima de 60 anos, com doenças do timo e doenças autoimunes. Isso levou a uma restrição maior no uso da vacina nesses casos.”

 

 

Pessoas com doenças autoimunes

 

Pacientes em radioterapia, quimioterapia ou fazendo uso de corticoide, portadores de doenças autoimunes, como lúpus, doença de Addison e artrite reumatoide, são contraindicados a receber a vacina.

Como estão com o sistema imunológico suprimido pelas condições citadas acima, a vacina contra a febre amarela – assim como de outras em que há o vírus vivo atenuado, como caxumba, varicela, catapora – pode trazer efeitos colaterais graves.

“Em condições normais, o vírus inoculado da vacina não causará nenhum problema – ao contrário, ele irá estimular a criação de anticorpos contra a doença. Mas se houver problemas com a imunidade, pode ocorrer desse vírus atenuado se multiplicar e causar reações adversas”, explica Siqueira, da Fiocruz.

 

Diabéticos

 

Diabéticos com os níveis de glicemia controlados não têm contraindicação para a vacina.

No entanto, aqueles com altos níveis de açúcar no sangue precisam se consultar com um médico antes de se vacinar.

“A vacina pode afetar o sistema imunológico, debilitado pelos altos níveis de glicemia”, afirma Siqueira.

 

Quem pode tomar

 

Todas as pessoas não pertencentes aos grupos citados acima e que vivem em área de risco para a doença, conforme determinado pela Secretaria de Saúde de seu Estado, devem procurar postos de saúde para tomar a vacina.

Pessoas que viajarão para essas regiões também precisam se imunizar – nesse caso, dose deve ser aplicada no mínimo dez dias antes da chegada.

Nos postos, é necessário passar por uma triagem antes da imunização para definir se há ou não contraindicação.

Entre os dias 29 de janeiro e 9 de março, os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia irão realizar uma campanha de vacinação fracionada – o que significa que a dose de febre amarela, de 5 mg, será dividida em cinco partes para ser aplicada em mais pacientes.

De acordo com o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz), a dose fracionada protege contra a doença por até oito anos. A dose integral, segundo a Organização Mundial de Saúde, vale para a vida toda.

Confira as datas de vacinação dos Estados:

– São Paulo: 29 de janeiro a 17 de fevereiro

– Rio de Janeiro: 19 de fevereiro a 9 de março

– Bahia: 19 de fevereiro a 9 de março

O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira as cidades nos três estados com risco de infecção pela doença e que têm recomendação de vacina. A lista completa está no site do órgão.

Vacinação em Itaguaí

Na cidade de Itaguaí, a aplicação da vacina é voltada a todos os moradores do município aptos a receber a dose e está ocorrendo no posto Vigilância em Saúde, no Centro, de segunda a sexta-feira, a partir das 9h. São aplicadas diariamente 200 doses. Muitos moradores tem ido aos postos de saúde para tomar a vacina. A falta de uma comunicação com cartazes ou similar tem feito pessoas aguardarem desde às 04 da manhã em filas nos postos. Nestes locais apenas crianças com idade entre nove meses e menores de dois anos continuam sendo vacinadas nas unidades de saúde que possuem salas de vacinação.

Onde vacinar crianças de nove meses a dois anos

Posto Centro (às terças-feiras); Vila Margarida (às sextas-feiras); Monte Serrat (às terças-feiras); Vila Geny (às quartas-feiras, pela manhã); Vista Alegre (às quintas-feiras, pela manhã); Chaperó (quartas e quintas-feiras, pela manhã); ESF Coroa Grande (às quartas-feiras); Clínica da Família (segunda e quartas-feiras); ESF Odenit Maia (às segundas-feiras); ESF Mazomba (às quartas-feiras).

Pacientes que fazem hemodiálise fora de Itaguaí protestam por falta de transporte

Secretaria de saúde em nota afirmou que o transporte foi feito normalmente nesta quarta

Um grupo de pacientes que fazem hemodiálise fora de Itaguaí, devido a cidade não ter um local próprio para este tipo de atendimento, realizou na manhã desta quarta (26), um protesto em frente a secretaria de saúde. Eles reivindicavam a van que costumeiramente faz o transporte deles para cidades vizinhas. Segundo eles, esse meio de locomoção cedido a anos pela prefeitura não seria disponibilizado nesta data e nem na próxima sexta-feira (28).

 “Gente pelo amor de Deus! Que desespero não sabemos o que fazer, acabamos de descobrir que não vai ter Van para levar os pacientes renais para fazer hemodiálise, realmente nem amanhã muito menos sexta desespero total!!! Sem esse tratamento podemos morrer, pois dependemos dá hemodiálise pra viver . Já tem pacientes passando mal pq não diálisou hoje,” relatou uma paciente no grupo BOCA NO TROMBONE no Facebook.

Outra fez um desabafo ontem terça-feira também em nosso grupo no Facebook

“Não aguentamos mais esse absurdo!!! Hoje mais uma vez nos pegaram de surpresa e nos deixaram sem saber o que fazer… mais uma vez Recebemos a notícia que não iria ter Van para nós pacientes renais podermos dializarmos.
E agora me diz o que iremos fazer meu querido Prefeito e meu querido secretario de saúde? Além de sairmos fracos e debilitados da máquina, não temos como ir de ônibus pois, como eu ja mencionei antes não temos condições!
Além de termos que pegar dois ônibus, não temos o dinheiro dá passagem, pois nem o rio card estamos conseguindo, afinal tudo está em greve nesse município. Pelo amor de Deus, tomem uma providência… Não estamos pedindo nada do que nós, cidadões e moradores de Itaguaí merecemos, queremos a nossa saúde e para isso precisamos de um transporte decente para irmos dializar! Mas com esse prefeito não pagando as vans alugadas fica difícil, estamos com medo, pedimos que os senhores faça o seu trabalho. #SOS_prefeito. #queremos_transporte!!!! 🤕”, contou ela.

Secretaria de saúde emitiu nota

Entramos em contato com a secretaria de saúde. Em nota, o secretário  esclareceu, que o transporte de pacientes em tratamento de hemodiálise está funcionando normalmente. Nesta quarta-feira (26/07), inclusive, a van com os pacientes seguiu normalmente para clínicas de hemodiálise de Japeri e Queimados, e clínica em Angra dos Reis.

Relatos de um paciente após a van ter feito o transporte

Essa nota está tão correta, que hoje não tem hemodiálise em Japeri…nota-se que foi um chute!! Quer um absurdo maior? Arrumaram uma van emprestada para levar o pessoal de queimados e angra…Quer dizer, deram um remédio pra dor, mas não para cura!”, disse o paciente Emerson José Chambella no grupo BOCA NO TROMBONE no Facebook.

Drama de anos

Não é a primeira vez que isso ocorre na cidade. Ano passado vários pacientes ficaram sem esse meio de transporte, servindo inclusive como tema de várias reportagens na mídia, entre elas a televisiva.
Hoje ao todo, 128 pessoas necessitam deste transporte por não terem condições financeiras para se locomoverem por meios próprios.

Desde 2015, vários encontros ocorreram entre representantes dos pacientes renais e a prefeitura visando a construção de uma clínica. No entanto, este ano nenhuma reunião foi marcada visando as possibilidades da construção do espaço na cidade.

Ministério lança prontuário eletrônico para pacientes da atenção básica

Unidades têm prazo de 60 dias para adotar sistema chamado e-SUS AB. Repasse de recurso para municípios estará vinculado a envio de dados.

 

O Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (6), um novo prontuário eletrônico para pacientes da atenção básica que deverá ser adotado por todos os municípios do país até o dia 10 de dezembro. A ideia é ter um sistema nacional digitalizado com todas as informações dos brasileiros que usam serviços de atenção básica do SUS. A nova versão do prontuário chama-se e-SUS AB.

As informações de todos os atendimentos, diagnósticos, procedimentos, internações, exames e prescrições de remédios de cada paciente deverão ser obrigatoriamente cadastradas no prontuário pelas unidades básicas de saúde (UBS) e repassadas ao Ministério pelo município. Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, o repasse de recursos de saúde para esses municípios estará vinculado ao envio dos dados para o governo federal.

Ou seja, municípios que não enviarem as informações dos prontuários serão punidos por um bloqueio de parte dos recursos federais, mais especificamente uma parcela chamada PAB Variável, que corresponde ao financiamento de estratégias da atenção básica em saúde, como custeio dos atendimentos de pediatria e programas como Saúde da Família.

“A partir de agora, esta é a forma que queremos receber as informações”, disse Barros durante o anúncio da medida. Segundo ele, o ministério fornecerá o software necessário para envio dos dados aos municípios que ainda não o tenham e oferecerá ajuda para aumentar a conectividade das unidades de saúde que necessitem.

Fim do prontuário em papel
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 76% das UBS ainda registram o histórico do paciente em papel. O restante das unidades usa alguma versão de prontuário eletrônico, seja uma versão anterior ofertada pelo Ministério da Saúde ou uma versão da iniciativa privada.

A ideia do lançamento do prontuário é eliminar totalmente o uso de papel. O recurso também poderá ser usado para registrar visitas do programa Saúde da Família e de agentes comunitários da saúde que passam nas casas para fazer o controle do mosquito Aedes aegypti.

Paciente terá acesso a dados
O ministério afirma que os pacientes terão acesso às informações relacionadas ao próprio histórico de saúde, como pedidos de exame, agendamento, encaminhamento para especialistas e fornecimento de remédios.

Caso o paciente verifique que há em seu histórico algum serviço que ele não recebeu, deverá comunicar o Ministério da Saúde por meio do Disque Saúde, no telefone 136. “Dentro do nosso conceito de prontuário eletrônico quem é o fiscal é o cidadão”, disse Barros.

“Quando o paciente precisar ser atendido fora do seu município, o médico abrirá o prontuário eletrônico com toda sua ficha médica. O que tiver de informação médica estará no prontuário de modo que o médico que começa a atendê-lo vai ter muita informação para acompanhar e fazer o diagnostico correto”, completou o ministro.

Fonte: G1

Ação de Natal leva mensagem de fé e alegria ao Hospital Municipal

Evento teve palhaço, Papai Noel e ajudantes que levaram mais conforto aos pacientes

Na semana de comemoração ao Natal, o Hospital Municipal São Francisco Xavier (HMSFX) realizou uma campanha para celebrar a data com os pacientes. O evento desta segunda-feira (21/12) contou com a participação de funcionários do hospital e voluntários, que atenderam mais de 60 pacientes em todas as alas.

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O diretor do HMSFX, o médico pneumologista Marcos Vinícius de Castro Silva, falou sobre a ação e a ideia em levar um pouco mais de conforto e felicidade para os pacientes que, em maioria, devem passar o Natal no local.

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– Nós começamos a pensar na melhoria do estar deles aqui no hospital durante esse período e combinamos as duas coisas: a parte simbólica do Natal, com o Papai Noel, dando os presentes, e também na mensagem de fé, com a Capelania, com orações para os enfermos – afirmou o diretor do HMSFX.

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Crianças, adultos e idosos receberam a visita que foi programada pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Subsecretaria de Cultura, que disponibilizou um artista para alegrar os pequenos pacientes.

Fotos: Alexandra Pavan / SECOM PMI

Fonte: Prefeitura de Itaguaí