Arquivo da tag: funcionários

PL quer extinguir cargos efetivos em Itaguaí

Extinções dão brecha para futuras contratações e terceirização do serviço público na cidade

A prefeitura de Itaguaí através de um projeto de lei quer extinguir dezenas de cargos efetivos de seu quadro funcional. Ao todo serão extintas 3.185 vagas distribuídas nos 23 cargos que estão com os dias contados. Para que esse projeto vire lei, depende da aprovação da Câmara dos vereadores, algo nada complicado de se obter diante da simpatia da grande maioria dos atuais legisladores com o atual governo. Na prática, os atuais servidores efetivos não serão afetados. Contudo, quem desejava prestar concurso para alguns dos cargos citados pode perder as esperanças.

O que acontece caso o projeto se torne lei?

Caso a Câmara aprove e o prefeito em seguida sancionando, essas vagas livres serão reduzidas do quadro efetivo da prefeitura. Por exemplo, se houverem hoje no quadro a necessidade de 700 guardas municipais com carência de 532, essas vagas livres de 532 (vide quadro no PL), serão extintas em futuros concursos, bem como o cargo mencionado. Com isso, se abrem brechas para futuras contratações com nomenclaturas distintas ou até mesmo a possibilidade de contratação de empresas que arquem com os vencimentos de futuros servidores em regime de contrato, tendo a prefeitura apenas a obrigação de pagar pelo contrato com a terceirizada, algo que já ocorre no governo do Estado. Em breve poderemos ver na cidade todo o funcionalismo sendo terceirizado e o fim do concurso público.

 

Terceirização o sonho dos gestores atuais

No País essa prática tem se tornado hábito em diversos locais, graças a diversos projetos de lei que tramitam na Câmara e no Senado, além da polêmica reforma trabalhista que entra em vigor no próximo dia 11 que valorizou a terceirização.  A Constituição Federal em seu artigo 37, diz que para a investidura em cargos públicos apenas poderá ocorrer através de concurso público.  Mas, com a aprovação da reforma, onde o presidente Michel Temer sancionou a terceirização de forma generalizada, poderá ocorrer à terceirização da atividade fim. Antes, decisões judiciais vedavam e permitiam apenas para atividade-meio, ou seja, aquelas funções que não estão diretamente ligadas ao objetivo principal da empresa. Com isso, foi dada a liberdade para empresas de setores público e privado de terceirizar a mão de obra, algo que acarretará na drástica diminuição de concursos públicos, dando aos brasileiros a instabilidade em quase todas as funções de trabalho público no País.

Condições de trabalho de empresas terceirizadas pós reforma trabalhista

É facultativo à empresa contratante oferecer ao terceirizado o mesmo atendimento médico e ambulatorial dado aos seus empregados, incluindo acesso ao refeitório. A empresa é obrigada a garantir segurança, higiene e salubridade a todos os terceirizados.

 

Causas trabalhistas

Em casos de ações trabalhistas, caberá à empresa terceirizada (que contratou o trabalhador) pagar os direitos questionados na Justiça, se houver condenação. Se a terceirizada não tiver dinheiro ou bens para arcar com o pagamento, a empresa contratante (que contratou os serviços terceirizados) será acionada e poderá ter bens penhorados pela Justiça para o pagamento da causa trabalhista.

 

“Quarteirização”

A empresa de terceirização terá autorização para subcontratar outras empresas para realizar serviços de contratação, remuneração e direção do trabalho, que é chamado de “quarteirização”. Com isso, vários contratos poderão ser feitos, onde antes só existia um. Vários contratos remetem a gastos de diversas formas para apenas uma finalidade.

 

Sindicatos fracos e o fim das greves

Com o fim da contribuição sindical obrigatória a reforma trabalhista prevê que a contribuição deixará de ser recolhida no próximo período de cobrança. A CLT estabelece que as empresas devem descontar em março o equivalente a um dia de trabalho e repassem o valor aos sindicatos, o chamado imposto sindical. Em tese, essa retenção não poderia mais ser feita em 2018, pois a nova lei trabalhista diz que o desconto só poderá ser feito se for aprovado pelo trabalhador previamente. No entanto, o governo Temer negocia com as centrais sindicais a edição de uma medida provisória para substituir o financiamento das entidades sindicais. Mas, pelo texto de hoje, os sindicatos não tem nenhuma garantia. Sendo assim, os sindicatos que são os responsáveis pela condução de uma greve por exemplo, não terão poder de investimento para conduzi-lá.  Se você somar esse pouco poder de investimento ao fim da diversos cargos públicos onde a terceirização tomará conta, teremos poucos servidores efetivos e logo pouca representatividade em greves que cobrem o cumprimento de diretos, como o pagamento de salários em atraso. Esse cenário que se desenha leva os trabalhadores para o caminho da semiescravidão, onde apenas “Os Senhores” tem direitos, enquanto a maioria míngua na busca de seu alimento diário. Isso é Brasil.

 

Servidores de Itaguaí continuam vivendo o drama de estarem sem pagamento

Novo prefeito Carlo Busatto, o Charlinho, tenta “arrumar a casa”, após graves problemas da gestão de seu antecessor

Sem respostas e sem rumo. Esta tem sido a tônica dos servidores públicos de Itaguaí, que estão com salários atrasados desde novembro de 2016. Essa é apenas uma das heranças malditas deixadas pelo ex prefeito Weslei Pereira (PSB), a seu sucessor Charlinho (PMDB). O novo prefeito, já conseguiu suspender R$ 6,3 milhões que seriam usados para quitar dívidas com fornecedores. A intenção do novo gestor, é quitar a divida com o funcionalismo que em um levantamento parcial seria de R$ 65 milhões. Apesar da intensidade nos trabalhos para se resolver a questão, o dilema para o trabalhador permanece. A falta de uma comunicação oficial sobre as perspectivas de quando poderá ser feito os pagamentos é o que mais incomoda. Um recadastramento dos servidores estará sendo feito nos próximos dias para que se tenha a real noção do total dos servidores que de fato existam.

Charlinho, deverá pagar o que a pior gestão da história de Itaguaí deixou. Funcionários com salários de novembro, décimo terceiro, férias e pagamento dos resíduos do plano de cargos (prometido por Weslei ainda em 2015) atrasados, além do salário de dezembro.

A destruição causada por Weslei é tão grande, que existem fortes indícios de diversos funcionários fantasmas que foram exonerados nos últimos dias de seu mandato, para se tentar maquiar os possíveis crimes contra o erário público. Os valores podem ser tão altos, que possa se explicar um pouco de tantos outros terem “pago o pato”. Além disso, verbas do FUNDEB podem ter sido desviadas, além de outros graves crimes financeiros que estão sendo apurados.

No início de dezembro de 2016, uma decisão em primeira instância do  juiz Adolfo Vladimir Silva da Rocha, da Comarca de Itaguaí, obrigava que o ex prefeito quitasse em até 48 horas a contar da intimação, todos os salários atrasados dos servidores, sobre a acusação de improbidade administrativa. No entanto, o ex prefeito recorreu e o processo está parado. O Ministério Público, havia pedido que Weslei pagasse a multa de  R$ 10.000,00 (dez mil reais) por dia, ou o bloqueio de seus bens por  atrasos ao não cumprimento dos pagamentos. Mas, o juiz passou a possível divida não somente ao prefeito, mas a prefeitura em sua decisão.

O MP, também denunciou que um  funcionário fantasma recebia adicional de mérito que representava 10% de toda folha salarial do município. As evidências que existiam centenas de servidores fantasmas na prefeitura na época de Weslei são cada vez maiores.

Novo  governo identificou diversos outros problemas nas contas públicas. Existem dívidas com previdência, fornecedores, INSS e Light (o prédio principal da prefeitura, o hospital e alguns postos e praças públicas chegaram a ter a energia cortada em novembro por falta de pagamento), que ainda precisam ser contabilizadas.

sucatas

Além destes, o ex prefeito fechou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), diversos postos de saúde e deixou a cidade suja devido a falta de pagamentos a empresa responsável pela coleta de lixo.

 

Veja mais:

https://bocanotromboneitaguai.com/2016/12/12/justica-obriga-prefeitura-de-itaguai-a-pagar-salarios-e-13-de-servidores-em-ate-48-horas/

https://bocanotromboneitaguai.com/2017/01/03/servidores-de-itaguai-devem-ficar-atentos-ao-recadastramento/

Funcionários da UPA Itaguaí realizam protesto contra o fechamento da Unidade de Saúde

Durante ato, os trabalhadores ficaram sabendo que estavam demitidos e que a unidade estava sendo lacrada

slide12

Os trabalhadores da Unidade de Pronto Atendimento de Itaguaí (UPA), realizaram na manhã desta quarta (26), uma passeata de protesto contra o fechamento do local de trabalho. Os motivos eram o fechamento da unidade de saúde, e os 3 meses de salários atrasados.

slide8

Os profissionais, começaram o ato saindo da UPA, e percorrendo o Centro da cidade, passando pelo Banco do Brasil (local onde o atual prefeito já trabalhou como gerente), e encerraram em frente a prefeitura de Itaguaí.

slide3

Em meio ao protesto que realizavam na cidade, os funcionários da Unidade receberam a notícia que estavam demitidos. A unidade foi lacrada e os meses de atrasos nos salários sequer foi conversado. O atual prefeito de Itaguaí Weslei Pereira, não tem mostrado interesse em conversar com a categoria. Weslei, se limita a dizer que o caixa da prefeitura está zerado, e que não há condições para pagar seus servidores, além de responsabilizar o governo do Estado pelos problemas.

slide15

A unidade fazia cerca 120 mil atendimentos por mês em especial para casos de urgência.

slide6

 

Resposta da prefeitura de Itaguaí

A prefeitura informou que todos os atendimentos da unidade serão transferidos temporariamente para o Hospital municipal São Francisco Xavier.

Em nota, o secretário municipal de Saúde, Edson Hara, afirmou que o governo do estado não realiza o repasse de verbas há meses, e a dívida já está em R$ 5,4 milhões.

slide1

 Imagens: Monique Vieira

Funcionários do Centro de Pesquisas da Petrobras entram em greve

Na última quinta-feira (8), os funcionários do Centro de Pesquisas da Petrobras deram início a uma greve, em que reivindicam o reajuste de salários baseados na inflação, além da manutenção dos benefícios.

De acordo com o Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro), a diretoria da estatal está se recusando a abrir negociações com os trabalhadores.