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Estado do Rio quita salário de dezembro na próxima segunda-feira

Com isso apenas o município de Itaguaí continuará dando calote nos servidores

O governo estadual pagará integralmente, na próxima segunda-feira (10º dia útil), os salários de dezembro a todos os 460 mil servidores ativos, inativos e pensionistas na próxima segunda-feira (15/1). Ao todo, será depositado R$ 1,6 bilhão.

Segundo o estado, o pagamento em dia de todo o funcionalismo ocorrerá com recursos da arrecadação tributária e devido ao ingresso no caixa do Estado, nesta quinta-feira (11/1), dos R$ 900 milhões provenientes da segunda parte do empréstimo de R$ 2,9 bilhões do BNP Paribas.
A primeira parte, de R$ 2 bilhões, depositada em 20 de dezembro de 2017, foi integralmente destinada ao pagamento do 13º salário de 2016 e dos salários de outubro do funcionalismo.

Entrada dos R$ 900 milhões nesta quinta-feira ocorre antes do prazo contratual

Pelo contrato, o prazo para a chegada dos R$ 90 milhões era até 14 e fevereiro, mas o pagamento foi antecipado pelo BNP Paribas, fruto de negociação de Pezão e sua equipe com o banco.

“Estamos conseguindo regularizar o pagamento dos salários dos servidores após um grande esforço para adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, que vai garantir o reequilíbrio das finanças do Estado. Antecipamos, como eu havia anunciado que faríamos, a segunda parcela do empréstimo do BNP Paribas. Mais uma vez peço desculpas aos servidores pelos transtornos provocados pela crise financeira que atingiu não apenas o Rio, mas todo o país. Iniciamos agora um período de retomada do crescimento e a nossa prioridade continua sendo o pagamento dos vencimentos dos servidores ativos, inativos e pensionistas “, afirmou o governador Luiz Fernando Pezão.

Em Itaguaí o calote persiste

Já o município de Itaguaí continua demonstrando ter a pior gestão do estado. Os servidores continuam sem receber os salários de dezembro de 2016 e 2017, 13°salário para muitos, além da remuneração de férias de 2016,2017 e já para os que estão de férias em janeiro a remuneração de férias de 2018. O atual prefeito Charlinho congelou de forma inconstitucional o reajuste anual obrigatório dos trabalhadores, bem como outros congelamentos que também são irregulares. A prefeitura sequer da satisfações sobre como e quando irá honrar os débitos trabalhistas.

Estado do RJ quita hoje salários de maio e junho e amanhã, os de julho

A Secretaria de Estado de Fazenda quita, nesta segunda-feira (14/8), os vencimentos pendentes de maio e junho para todos os servidores ativos, inativos e pensionistas que ainda não receberam os vencimentos integrais.  Já os salários de julho para todo o funcionalismo e pensionistas serão quitados quinta-feira (15/8). O valor total a ser depositado pelo Estado será de R$ 1,84 bilhão, incluindo também os 50% restantes dos salários de julho da área de Segurança, que estão sendo pagos nesta segunda-feira (14/8). 

Os depósitos estavam previstos para a próxima sexta-feira (18/8) e foram antecipados. De acordo com o contrato assinado, na última sexta-feira (11/8), com o Bradesco, vencedor da licitação da gestão da folha de pagamento do funcionalismo, o banco teria cinco dias úteis para depositar R$ 1,3 bilhão referente à venda.

– A regularização dos salários dos servidores e pensionistas é urgente, prioridade máxima, e conseguimos encurtar o prazo de depósito – afirmou o governador Luiz Fernando Pezão.

Valores pendentes de maio e junho somam R$ 836,7 milhões e julho, R$ 620 milhões, além dos R$ 383,18 milhões referentes aos 50% restantes do pagamento de julho dos ativos, inativos e aposentados da Segurança – Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Administração Penitenciária e órgãos vinculados. A primeira parcela, de 50% dos salários desse grupo, foi paga antecipadamente pela Secretaria de Fazenda na última sexta-feira (11/8), quando também foi quitado o pagamento de julho dos servidores ativos da Educação e Degase. 

Todos os pagamentos ocorrerão ao longo do dia, mesmo após o término do expediente bancário.

Fonte: JB

Rio deve pagar quarta-feira salário de maio para segurança e educação

O governo do Rio de Janeiro deve pagar amanhã (14) o salário integral de maio para os servidores estaduais da área da segurança, administração penitenciária e defesa civil, além dos funcionários ativos da educação. De acordo com a assessoria da Secretaria Estadual de Fazenda, no total serão depositados R$ 913,7 milhões ao longo do dia.

Os demais servidores, no entanto, seguem sem os salários de abril, já que o governo do estado não deu qualquer previsão para o pagamento aos mais de 207 mil funcionários.

Recursos do Tesouro Estadual serão usados para pagar os ativos, inativos e pensionistas das polícias civil e militar, dos bombeiros e da Defesa Civil, da Secretaria de Administração Penitenciária e da Secretaria de Segurança e órgãos vinculados.

Os funcionários da ativa da educação, inclusive o pessoal do Departamento Geral de Ações Socioeducativas serão pagos com verbas federais do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Os aposentados e pensionistas da área só vão receber o salário de maio junto com os funcionários das demais categorias, em data ainda a ser definida.

 

Fonte: JB

Em entrevista deputado Alexandre Valle diz ser contra o aumento da alíquota previdenciária de servidores estaduais

Em entrevista ao jornalista Sérgio Botêlho (Anexo 6), na coluna “A semana”, que faz a cobertura jornalística do Congresso Nacional,o deputado federal Alexandre Valle (PR), criticou as exigências do governo federal em medidas de socorro aos estados e destacou a situação do Rio de Janeiro. Para o deputado, tais exigências irão punir apenas aqueles que não tem culpa pelo atual cenário no Estado, como os servidores públicos. Tais servidores, teriam aumentada a alíquota previdenciária de 11% para 14%, em descontos feitos todos os meses em seus vencimentos.

No final de 2016, foi votado um projeto de ajuda aos estados em que não tinham contrapartidas. Mas, o presidente Michel Temer (PMDB), vetou e lamentavelmente o Congresso não colocou os vetos presidenciais para serem apreciados pela Câmara e o novo projeto apresentado em 2017, continha tais contrapartidas que foram votadas, disse o deputado.

Segundo Valle, o Estado não tem uma saída para esse caótico cenário financeiro nem à médio e nem a longo prazo e que não é justo os funcionários públicos serem penalizados por todos os escândalos que desviaram milhões do Rio de Janeiro como quer o governo federal e estadual. Ainda comentou da possível privatização da Cedae, que segundo ele a venda dos ativos do Estado não resolveriam os problemas de forma definitiva, mas de forma momentânea e que logo a crise retornaria.

O deputado também comentou sobre as recentes descobertas da operação Lava a jato, onde vários políticos se tornaram réus e alguns como o ex governador Sérgio Cabral foram presos.

Veja a entrevista completa abaixo:

Todos os créditos da entrevista ao jornalista Sérgio Botêlho (Anexo 6).

 

Entrevista na página do Anexo 6 no Facebook

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1315343388555621&id=372881606135142

 

TCE-RJ constata irregularidades na construção do Arco Metropolitano

Empresas e ex-secretário de Obras deverão responder a questionamentos em 30 dias

 

O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) decidiu na última terça-feira (21) que os responsáveis pela implantação de 10 viadutos na obra de construção do Arco Metropolitano deverão responder, no prazo de 30 dias, sobre as irregularidades detectadas em auditoria do órgão.

O Tribunal constatou sobrepreço na obra, resultado de medições indevidas de materiais ou serviços. Deverão responder à comunicação do TCE o ex-secretário estadual de Obras Hudson Braga e as empresas Consórcio Arco Metálico do Rio, Concremat Engenharia e Tecnologia S.A. e a Tecnosolo Engenharia e Tecnologia de Solos e Materiais S.A. A implantação dos viadutos teve um custo de R$ 218 milhões. O voto aprovado foi do conselheiro Domingos Inácio Brazão, em sessão realizada nesta terça-feira (21).

O TCE-RJ determinou ainda que o Governo do Estado recuse o valor maior em decorrência das medições indevidas comprovadas pela auditoria. Um dos atestados diz respeito à medição que resultou num valor a mais de R$ 721,9 mil. Ainda de acordo com o relatório, as soluções estruturais foram claramente injustificadas, antieconômicas e incompatíveis com o porte da obra. As irregularidades registradas no voto apontam para negligência nas quantidades da planilha orçamentária do primeiro termo aditivo do contrato. Outro ponto é que não foram providenciadas as análises dos valores que levaram à aprovação com sobrepreço. Outro questionamento é a contratação de materiais ou serviços com valores maiores e que não correspondem às previsões reais do projeto básico ou executivo.

A validação das quantidades contratadas, de acordo com o voto, não tem base em qualquer parecer prévio da comissão de fiscalização do contrato. Os preços unitários encontrados também são maiores se comparados aos valores de mercado. Segundo a decisão do TCE-RJ, a partir de agora todas as obras públicas da Secretaria de Estado de Obras deverão apresentar adequado estudo de viabilidade técnica, econômica e financeira. O material deverá ser aprovado por técnico habilitado do quadro da Secretaria de Obras, de forma que permita a escolha de soluções técnicas mais adequadas, maximizando os benefícios e reduzindo os custos.

A decisão do TCE-RJ para que respondam à Corte de Contas também foi comunicada aos fiscais do contrato de execução, Fernando Ferreira Terra e João Carlos Alves Carvalhosa; aos fiscais do contrato de elaboração do projeto executivo, Marcos Balaguer e Fontinele Guimarães Fajardo; e ao superintendente de Mobilidade Urbana da Secretaria de Obras, José Luis Boabaid Dolabella.

O projeto do Arco Metropolitano tem cerca de 140 km de extensão e ligará as BRs-040, 116 e 101. O trecho já implantado, num total de 70 km, construído pelo governo estadual, liga as cidades de Itaguaí e Duque de Caxias. Dali até Magé, o trecho já existia. Falta agora duplicar a outra parte, entre Magé e Itaboraí.

Fonte: JB

Secretaria de Segurança Pública e PM desmentem boatos de greve geral

A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro e o comando da Polícia Militar desmentiram informações de que os agentes da corporação entrarão em greve geral na próxima sexta-feira (10) com o aval do Comandante Geral da PM, Coronel Wolney Dias.

“São falsos esses documentos que estão circulando nas redes sociais”, publicou a assessoria na página da PMERJ, no Facebook. A assessoria da Secretaria de Segurança Pública também confirmou ao Jornal do Brasil que a informação sobre autorização de greve pela Polícia Militar não passa de boato.

Nesta terça-feira (7), circularam nas redes sociais um ofício supostamente assinado pelo Comandante Geral da PM no qual ele pede para que a população evite sair às ruas a partir da sexta-feira. O despacho de número 422/Sec/07 informa que a “greve geral lícita” é motivada pelos atrasos de salários e do 13º salário de 2016.

Em postagem, também no Facebook, nesta manhã, a PM afirmou que “é preciso pensar que o impacto da nossa ausência poderá recair sobre nossos ombros, sobre nossas famílias. A nossa falta causaria males incalculáveis e irreparáveis. Temos a certeza que passamos por um momento muito delicado, mas é preciso avaliar as consequências dos nossos atos. Protestos são legítimos, mas precisamos buscar a melhor forma de reivindicar nossos direitos. Paralisar um serviço essencial afeta toda a população, incluindo nossas famílias. A quem interessa a barbárie?”.

As informações desencontradas sobre uma possível greve da Polícia Militar no estado do Rio ganharam mais força nesta segunda-feira (6) com a paralisação do trabalho de agentes estaduais no Espírito Santo, além da ampla divulgação de imagens de pânico com os assaltos e outros crimes que tomaram a cidade de Vitória. Com a greve, o governo federal anunciou o envio de agentes da Força Nacional para o Espírito Santo.

O governador Luiz Fernando Pezão convocou uma reunião para esta quarta-feira uma reunião, no Palácio Guanabara, com a cúpula da segurança do estado do Rio. Estavam presentes o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Wolney Dias; e o secretário de Segurança, Roberto Sá. Pezão foi informado sobre o suposto movimento de greve da Polícia Militar, espalhado em uma onda de boatos nas redes sociais. Várias mensagens falsas foram divulgadas e negadas oficialmente pela corporação. Pezão disse na reunião que o pagamento dos salários dos policiais ativos e inativos do mês de janeiro será feito no dia 14 – décimo dia útil do mês.

Fonte: JB

 

Em clima de tensão, servidores fazem protesto em frente à Alerj

Pacote do governo do Rio contra a crise começa a ser votado nesta quarta-feira

 

Sob clima de forte tensão, servidores do Estado do Rio fazem um protesto em frente a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) nesta quarta-feira (16), quando começa a ser votado o pacote de medidas e de cortes de gastos do governo fluminense. Cerca de 500 homens da Força Nacional de Segurança reforçam o policiamento.

 

Ao longo do dia, focos de tumulto foram registrados entre os manifestantes. Bandeiras de partidos políticos foram retiradas em clima de empurra-empurra e bate-boca. Manifestantes derrubaram a grade que cerca a Alerj, e que foi colocada durante a semana justamente para impedir a aproximação dos servidores. As grades, colocadas em volta de todo o Palácio Tiradentes, tiveram custo estimado em R$ 20 mil, a cargo da empresa de engenharia responsável pela restauração da fachada do prédio.

 

Por sua vez, policiais revidam com bombas de efeito moral, tentando dispersar a multidão. O clima de confronto e tensão persiste. Um manifestante chegou a ser atingido por uma das bombas de efeito moral, sendo socorrido pelos demais. Servidores gritam palavras de ordem contra o governador Pezão e contra a atuação truculenta da polícia, que usa carros blindados e cavalaria para contar os manifestantes. Houve correria pelas ruas das imediações, e comerciantes chegaram a fechar as portas.

Com faixas, cartazes e gritando palavras de ordem, os servidores cobram providências e protestam contra o aumento nos descontos nos salários propostos pelo governo do Rio.

“A discussão que vai acontecer hoje na Alerj pode mudar a vida dos moradores do Rio por muitos anos. Nós não podemos deixar que os deputados aprovem esse pacote descabido proposto pelo Pezão. O governo que já não paga os servidores de maneira correta há tempos, agora quer fazer com que esses mesmos servidores paguem pela conta que a incompetência e até mesmo a falta de caráter desses cidadãos que comandam nosso país criaram. Isso nós não vamos deixar acontecer”, esbravejou Cláudio Luiz, servidor da Educação.

O presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB-RJ), teria encontro marcado com representantes de seis sindicatos. Em fevereiro de 2015, em seu primeiro discurso ao ser escolhido como presidente da Alerj, Picciani prometeu tirar toda a cerca de proteção em volta do palácio. Picciani condenou a maneira com que os manifestantes estão se comportando, e lembrou que na última semana um grupo invadiu a Casa.

“Eles precisam entender que não vão conseguir parar o funcionamento do legislativo na base da violência como tentaram fazer na última semana”, disse Picciani.

 

slide3Prédio da Assembleia foi cercado de grades, uma semana após a manifestação dentro e fora da sede

Projeto

Os dois primeiros dos 21 projetos a serem votados vão ser apreciados pelo plenário da Casa a partir das 15h.

O primeiro projeto a ser votado refere-se à redução de 30% dos salários do governador, vice-governador, secretários e subsecretários estaduais. O salário do chefe do Executivo estadual, por exemplo, passará de R$ 21.868 para R$ 15.307,69.

O outro projeto prevê a redução do limite para pagamentos de dívidas de pequeno valor. O limite para pagamentos de dívidas de pequeno valor decorrentes de decisão judicial que o Estado tenha será reduzido de 40 salários mínimos para 15 salários.

As obrigações de pequeno valor são dívidas do Estado com pessoas ou empresas que devem ser pagas em dinheiro. Acima do limite, as dívidas podem ser pagas com precatórios (reconhecimento de dívida).

As votações dos outros 19 projetos serão feitas sempre às terças, quartas e quintas-feiras até o dia 30 de novembro. Dos 22 projetos encaminhados no último dia 4 pelo Executivo à Alerj, apenas um foi devolvido ao governo do estado – o que trata do aumento da contribuição previdenciária para 30%.

Fonte: JB

Pezão anuncia pacote com corte de secretarias e aumento da contribuição de servidores

Programas sociais destinados a famílias de baixa renda também serão extintos

 

O governo do Rio de Janeiro anunciou, nesta sexta-feira (4), um pacote de medidas econômicas para combater a crise pela qual o estado atravessa. O governador Luiz Fernando Pezão destacou que as medidas mostram um horizonte e que, sem elas, não há como garantir o pagamento de servidores e aposentados. “Essas medidas mostram que podemos enfrentar a crise com todo mundo junto. Não temos como garantir folhas de pagamento se não tomarmos essas medidas.”

 

A medida comporta 22 projetos de lei que estão sendo enviados à Assembleia Legislativa (Alerj), além de uma indicação legislativa contendo um conjunto de medidas para equilibrar as contas estaduais.

 

Pezão reforçou ainda a gravidade da crise, citando a queda no PIB do Estado. “Estamos há quase dois anos e meio com 7% de queda no PIB. Acredito que no Rio ainda seja maior que a queda no país.”

Ente as medidas divulgadas está o aumento da alíquota de contribuição servidores e aposentados de 11% para 14% dos vencimentos. Inativos e pensionistas que ganham menos que o teto previdenciário (de R$ 5.189) vão passar a contribuir com 30% de alíquota extraordinária, que inicialmente terá a duração de 16 meses. Para servidores e aposentados que recebem acima do teto, essa cobrança temporária será de 16%, somando uma alíquota acumulada de 30%.

 

Também foi anunciado o corte de secretarias, que passam de 20 para 12, e o fim de programas sociais destinados a famílias de baixa renda, como o Aluguel Social, o Renda Melhor e os restaurantes populares.

 

De acordo com o governo, se forem aprovadas na totalidade, as medidas vão gerar um resultado positivo superior a R$ 13,3 bilhões, em 2017, e de R$ 14,6 bilhões, em 2018. Se as propostas não forem implantadas, o déficit atingirá a cifra de R$ 52 bilhões até dezembro de 2018. Este ano, o déficit chega a R$ 17,5 bilhões, sendo R$ 12 bilhões apenas do sistema previdenciário.

 

Ainda segundo o governo, as ações vão possibilitar o enxugamento da máquina, evitando demissão de servidores, e permitirão que, em menos de uma década, o Rio de Janeiro retome integralmente o equilíbrio fiscal, com os gastos plenamente adequados aos recursos arrecadados.

 

O vice-governador, Francisco Dornelles, destacou que o remédio é “amargo”. “Fazemos esse pacote com grande tristeza, mas com a consciência de que esse remédio amargo é o primeiro passo para termos a cura.”

 

Veja na íntegra o comunicado do governo:

 

Agravamento da crise em 2016

 

O Rio de Janeiro, assim como outros estados e até mesmo a União, vem passando por um processo de deterioração das contas públicas devido à recessão que atinge o país desde o fim de 2014, com aprofundamento progressivo em 2015 e 2016.

 

No Estado do Rio, ocorreram quedas drásticas e sucessivas da arrecadação de tributos desde 2014, quando somavam R$ 46,6 bilhões. Para este ano, a previsão é de R$ 43,3 bilhões, o que representa uma redução de R$ 3,3 bilhões em valores reais (descontada a inflação do período). Além disso, a queda do preço do barril de petróleo reduziu as receitas de royalties e participações especiais do estado, de R$ 10 bilhões em 2014 para R$ 3,4 bilhões em 2016, uma queda em valores reais de R$ 6,6 bilhões.

 

Já a despesa anual de pessoal é de R$ 39 bilhões, as despesas com serviço da dívida chegam a R$ 6,5 bilhões e despesas de custeio somam aproximadamente R$ 10,6 bilhões, sendo mais de R$ 8 bilhões despesas obrigatórias na composição dos índices constitucionais da Saúde e Educação.

 

Portanto, restam pouco mais de R$ 2,5 bilhões ao ano para o Estado reduzir suas despesas, aí incluídos itens de manutenção do Estado como contas de água, energia elétrica, gasolina para viaturas, serviços de limpeza, entre outros.

 

Medidas implementadas desde janeiro de 2015 para redução de despesa

 

Desde 2015 até hoje, o governo estadual vem adotando medidas com o objetivo de minimizar o efeito da crise nos cofres públicos e, assim, manter o funcionamento dos serviços públicos. Essas medidas geraram um impacto positivo de aproximadamente R$ 15,2 bilhões no caixa do Estado.

 

Editados em janeiro de 2015, os decretos nº 45.109, 45.110 e 45.111 determinaram a revisão de contratos de fornecedores, a limitação de concursos para novos servidores e redução de até 35% do valor global mensal das gratificações de encargos especiais do funcionalismo.

 

Em junho de 2015, novas medidas de economia foram adotadas como as previstas na Lei nº 7.019, que autoriza o Poder Executivo a realizar compensação de dívidas reconhecidas com as concessionárias de serviços públicos com créditos tributários. Além de outras medidas de aumento de receita, também foi feita auditoria de benefícios previdenciários.

 

Já em 2016, com o agravamento da crise, o ajuste foi intensificado, foram adotadas medidas como redução de custeio, pessoal e revisão de contratos. Os cortes incluem despesas nas áreas de telefonia, vigilância, viagens, passagens, manutenção predial, diárias de servidores, terceirização de mão de obra, redução de valores de cargos comissionados, locação de imóveis e veículos, serviços de transmissão de dados, entre outros.

 

Em junho, foram extintas cinco secretarias, de Habitação, Proteção e Defesa do Consumidor, Prevenção à Dependência Química, Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida e Desenvolvimento Regional. Também está vedada, por um ano, a realização de concursos para cargos efetivos e proibido o custeio de viagens internacionais, exceto quando o objetivo for a fiscalização de contratos, a captação de investimentos ou razões diplomáticas.

 

Apesar desses esforços, no último dia 3 de outubro, os limites de endividamento estadual e o prudencial com despesas de pessoal foram ultrapassados, ambos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal. Em seguida, em 6 de outubro, em cumprimento à legislação financeira, o Estado publicou decreto que estabelece mais medidas para conter gastos.

 

Desde então, estão suspensas, por 30 dias, novas liberações de empenho de despesas de manutenção para secretarias e órgãos estaduais. A suspensão não se aplica às secretarias de Educação, Saúde, Segurança, Administração Penitenciária e Defesa Civil e Corpo de Bombeiros e órgãos vinculados, além de instituições que exercem funções essenciais à Justiça. A medida vale apenas para novos empenhos. Estão vedadas nomeações para cargos comissionados vagos e novas operações de crédito. O decreto também estabelece a devolução, em 60 dias, de servidores cedidos de outros órgãos da federação e municípios.

 

O quadro abaixo resume as ações realizadas nos anos de 2015 e 2016 e seus impactos financeiros.

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Propostas para equilibrar as contas estaduais 

Nesta sexta-feira (4/11), o Executivo publica, no Diário Oficial, seis decretos e envia à Assembleia Legislativa 22 projetos de lei e uma indicação legislativa contendo um conjunto de medidas fundamentais para equilibrar as contas estaduais. 

Medidas previdenciárias

O sistema previdenciário estadual representa o maior peso no déficit financeiro, correspondendo, no ano de 2016, a aproximadamente 65% do montante, ou R$ 12 bilhões. As medidas propostas visam ao equilíbrio financeiro no curto e médio prazos do sistema previdenciário. 

As medidas previdenciárias propostas vão gerar um incremento de R$ 5,5 bilhões no primeiro ano (2017) e R$ 8,3 bilhões em 2018 ao Rioprevidência, a fim de reduzir o seu déficit financeiro.

Medidas de longo prazo já foram adotadas no ano de 2013, com reestruturação completa do sistema previdenciário do Estado do Rio e Janeiro, tendo hoje quase 20 mil servidores inseridos no novo contexto.

Atualmente, o Estado do Rio tem mais servidores inativos e pensionistas do que servidores ativos. São 246 mil inativos – entre aposentados e pensionistas – e 232 mil servidores ativos. 

Desde 2007, em média, 3 mil servidores incrementam, a cada ano, o número de aposentados, descontados os que falecem na aposentadoria. Ou seja, os gastos previdenciários não param de crescer. Também em média, esse servidor interrompe sua atividade profissional aos 56 anos de idade, e a expectativa é que ele receba benefícios por pelo menos 20 anos. Como o Estado não arrecada na mesma proporção, medidas são necessárias para o equilíbrio das contas e o consequente pagamento de aposentadorias e pensões.

1 – Aumento da alíquota previdenciária 

O projeto de lei a ser enviado à Assembleia Legislativa propõe aumento de alíquota previdenciária de servidores ativos de 11% para 14% e do Governo do Estado de 22% para 28%. A medida incrementará a arrecadação do Rioprevidência em R$ 1,2 bilhão.

A proposta prevê ainda que todos os Poderes e órgãos autônomos – Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Justiça, Ministério Público e Defensoria Pública – serão responsáveis pelo pagamento das contribuições previdenciárias de seus servidores a partir de 2018, de forma progressiva.  

2 – Alíquota adicional temporária

Outra proposta indispensável para o equilíbrio da Previdência pública no Estado do Rio de Janeiro é a criação, em caráter temporário, por pelo menos quatro quadrimestres, ou seja, 16 meses, de alíquota adicional extraordinária. O objetivo é fazer com que servidores ativos, inativos e pensionistas, de todos os Poderes do estado, contribuam de forma igual e temporária para a solução do déficit previdenciário. 

Durante 16 meses, aqueles que nada contribuem hoje terão sua alíquota majorada para 30%, e os que já contribuem terão sua alíquota adicionada, de modo a chegar àquele percentual de contribuição global.

 Tal medida tem impacto financeiro de R$ 4,7 bilhões no primeiro ano e de R$ 7,1 bilhões no segundo ano. 

Também nesse caso, Poderes e órgãos autônomos (Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Justiça, Ministério Público e Defensoria Pública) arcarão com as contribuições previdenciárias de seus servidores. 

 

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3 – Assunção dos déficits financeiros da Previdência estadual pelos Poderes

Todos os Poderes deverão ser garantidores de eventual déficit previdenciário a partir de 2018. Em complemento, os gastos com a Previdência dos Poderes e órgãos autônomos deverão compor a despesa de pessoal, como determina a Lei de Responsabilidade Fiscal.

A fim de permitir a devida adequação ao novo marco legal, a responsabilidade por parte dos Poderes pelo déficit previdenciário será feita na proporção de 20% ao ano, até o aporte integral de cada Poder e órgão em 2022.

Com a adoção dessas medidas, espera-se uma redução de aporte por parte do Tesouro estadual de R$ 400 milhões no primeiro ano (2018), R$ 800 milhões em 2019, R$ 1,2 bilhão em 2020, R$ 1,6 bilhão em 2021 e R$ 2 bilhões em 2022.

4 – Centralização de aposentadoria de todos os órgãos do Poder Executivo no Rioprevidência

Atualmente as secretarias estaduais fazem a concessão do benefício de aposentadoria na origem. A proposta remete as concessões de aposentadoria para o órgão centralizador previdenciário estadual, o Rioprevidência. Essa medida deverá gerar uma redução anual na concessão dos benefícios de R$ 136 milhões no primeiro ano e R$ 252 milhões no segundo ano. A medida será adotada a partir de junho de 2017. 

5 – Nova etapa da auditoria de benefícios previdenciários

Depois de realizar auditorias de benefícios nas pensões e algumas categorias de aposentadorias, o Estado fará nova etapa de revisão, com o cruzamento de dados com os beneficiários do INSS. A avaliação é que esta medida trará um resultado no primeiro ano de R$ 311 milhões e, no segundo ano, de R$ 449 milhões.

Enxugamento da máquina

1 – Restruturação administrativa

Redução do número de secretarias de 20 para 12 e a extinção de sete autarquias e fundações.

Como já destacado anteriormente, o Governo do Estado reduziu, em 2015, de 25 para 20 o número de secretarias. Nesse momento, reduz de 20 para 12.

A extinção de sete autarquias e fundações e a redução de 20 para 12 secretarias possibilitarão a diminuição de 30% dos cargos em comissão e 50% das gratificações de encargos especiais e a redução de custeio das secretarias a serem incorporadas, o que resultará em uma economia de R$ 206 milhõespor ano.

As políticas públicas dos órgãos extintos serão desenvolvidas pelas secretarias que as absorverão.

A partir de 1 de janeiro de 2017, a estrutura do Poder Executivo será a seguinte:

– Casa Civil (incorporando as secretarias de Governo, Trabalho e Direitos Humanos)

– Secretaria de Fazenda e Planejamento

– Secretaria de Infraestrutura (englobando as secretarias de Obras,        Transportes, Desenvolvimento Econômico e Agricultura)

– Secretaria de Educação 

– Secretaria de Cultura, Ciência, Tecnologia e Inovação

– Secretaria de Segurança

– Secretaria de Administração Penitenciária

– Secretaria de Saúde e Assistência Social

– Secretaria de Defesa Civil

– Secretaria de Ambiente e Saneamento

– Secretaria de Turismo

– Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude

Autarquias e fundações a serem extintas:

– Instituto Estadual de Engenharia e Arquitetura (IEEA)

– Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj)

– Instituto de Terras do Estado do Rio de Janeiro (Iterj)

– Superintendência de Desporto do Estado do Rio de Janeiro (Suderj)

– Fundação Leão XIII

– Fundação Centro Estadual de Estatísticas e Pesquisas do Estado do Rio de Janeiro (Ceperj)

– Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj)

2 – Municipalização do programa Restaurante Cidadão

Assim como já ocorreu com a unidade localizada no município de Campos dos Goytacazes, as demais unidades do Restaurante Cidadão deverão ser municipalizadas. As unidades não municipalizadas até 30 de junho de 2017 serão extintas. A medida acarretará uma economia no valor de R$ 56,8 milhões por ano.

3 – Extinção do programa Aluguel Social

Os benefícios já concedidos serão pagos até junho de 2017. A economia será de R$ 74,1 milhões por ano. 

4 – Extinção do programa Renda Melhor e Renda Melhor Jovem

Criados em 2011, quando o Estado do Rio de Janeiro vivia um momento de dinamismo econômico impulsionado por grandes investimentos, os programas deverão ser extintos devido à revisão dos gastos públicos. A economia prevista é de R$ 193,3 milhões por ano, a partir de janeiro de 2017.

5 – Redução do limite da Requisição de Pequeno Valor (RPV)

Atualmente, as condenações judiciais do Estado em valor inferior a 40 salários mínimos são pagas em 60 dias, sem a necessidade de expedição de precatório. O projeto propõe a redução de 40 para 15 salários mínimos, como fazem diversos estados da federação, tendo em vista as dificuldades de fluxo financeiro. Assim, com a aprovação do projeto, todas as condenações com valores maiores que 15 salários mínimos estão sujeitas ao pagamento por precatório.

A medida vai melhorar o fluxo de caixa em R$ 72 milhões por ano, a partir de janeiro de 2017.

Folha de pagamento

1 – Adiamento de reajuste salarial

A despesa de pessoal, incluído aí a folha de pagamento de servidores ativos, inativos e pensionistas, é o item mais relevante na estrutura de despesas do Estado. Essas despesas em 2016 deverão atingir R$ 40 bilhões, ou quase 65% de todas as despesas do Estado.

Com o objetivo de mitigar a evolução dessa despesa, a medida propõe a postergação, por um período de três anos, dos aumentos previstos na folha de pagamento dos servidores da segurança pública, bombeiros e auditores fiscais. Concedidos em 2014, os aumentos seriam parcelados em 2017, 2018 e 2019. A proposta é adiar as parcelas que seriam praticadas em 2017, 2018 e 2019 para 2020, 2021 e 2022, respectivamente.

Essas postergações vão evitar um aumento da folha de pagamento no valor de R$ 835 milhões em 2017, R$ 1,5 bilhão em 2018 e de R$ 2,3 bilhões em 2019.

2 – Extinção de triênios

Outra medida proposta para conter o aumento vegetativo da folha de pagamento, evitando a demissão de servidores, é a extinção do adicional por tempo de serviço (triênios), com a preservação do percentual já incorporado. 

A estimativa é que a medida evite um aumento da ordem de R$ 150 milhões na folha de pagamento, já no primeiro ano. 

3 – Limitação de reajustes a 70% da receita corrente líquida

Também com o objetivo de evitar que a folha de pagamento de servidores ativos, inativos e pensionistas atinja novamente patamares que inviabilizem o seu pagamento, a proposta é limitar ações que gerem impacto financeiro na folha a 70% do crescimento real da receita corrente líquida apurada no exercício anterior.

4 – Redução de 30% do valor das gratificações dos cargos comissionados 

Atualmente a folha de servidores ativos é de R$ 21 bilhões por ano. Nesse total, estão incluídas as gratificações de servidores estatutários que ocupam cargos de confiança e servidores extraquadro. O valor dessas gratificações é de R$ 450 milhões por ano. A economia prevista é de R$ 130 milhões por ano. 

5 – Redução de 30% da remuneração do governador, vice-governador, secretários, subsecretários, chefes de gabinete e presidentes e vice-presidentes de empresas dependentes, autarquias e fundações

Em linha com a redução dos valores dos cargos comissionados, a proposta visa a reduzir a remuneração do governador, vice-governador, chefes de gabinete, secretários, subsecretários e presidentes e vice-presidentes de empresas dependentes, autarquias e fundaçõesno patamar de 30%. A economia prevista é de R$ 7,1 milhões por ano.

6 – Desvinculação de fundos

Para aumentar o valor disponível nos cofres do Estado para pagamento da folha de salários, o governo estadual propõe que, pelo prazo de quatro quadrimestres -renovável enquanto durar o desequilíbrio financeiro do Estado -, seja autorizada a utilização de até 50% da receita de alguns fundos (Fundo de Administração Fazendária-FAF; Fundo Especial da Procuradoria Geral do Estado-Funperj; Fundo Especial da Defensoria Pública-Fundperj; Fundo Especial da Alerj-FespAlerj; Fundo Especial de Controle Externo-FEM/TCE; Fundo Especial do Tribunal de Justiça-FETJ; Fundo Especial do Ministério Público-FEMP; Fundo Especial da Polícia Civil-Funespol; Fundo Especial da Secretaria de Segurança Pública-FUNESSP, Fundo Especial Penitenciário-Fuesp, Fundo Especial do Corpo de Bombeiros-Funesbom e Fundo de Regulação dos Serviços Concedidos e Permitidos do Estado do Rio de Janeiro), bem como 70% do superávit de um exercício, para pagamento de pessoal do próprio órgão ou Poder ao qual o fundo está vinculado. Também serão desvinculados 50%dos valores destinados ao Fundo Especial de Habitação e Interesse Social (Fehis). 

7 – Transferência de duodécimos

Outros R$ 400 milhões anuais estarão garantidos com mudanças nos repasses dos duodécimos para os Poderes e Defensoria Pública. A proposta é que, a partir de 2018, o repasse do duodécimo seja feito não mais com base na estimativa de arrecadação prevista na lei orçamentária aprovada no ano anterior, mas sim com base na receita corrente líquida, que é a arrecadação efetivamente realizada.

Receitas

1 – Aumento de alíquotas de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e melhoria de processos na Receita estadual

A proposta prevê o aumento da alíquota de ICMS dos seguintes produtos: energia elétrica, serviços de comunicação, gasolina, fumo, cervejas e refrigerantes. Essas medidas, aliadas a ganhos de eficiência nos processos internos na Receita Estadual, deverão gerar um aumento de receitas tributárias no valor de, no mínimo, R$ 1,4 bilhão por ano.

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2- Vedação a programas de refinanciamento

O projeto de lei propõe a vedação, pelo período de 10 anos, de concessão de anistia ou remissão, total ou parcial, referentes a tributos devidos ao Estado do Rio de Janeiro, com exceção do cancelamento de débitos cujos custos de cobrança sejam superiores ao da dívida, além de débitos inscritos em dívida ativa há mais de 15 anos.

3 – Domicílio eletrônico do contribuinte

A criação do domicílio eletrônico do contribuinte permitirá a realização de intimações por meio de caixa postal virtual, dispensando a intimação pessoal ou por correio, inclusive no momento da lavratura de autos de infração, o que reduzirá o tempo de trâmite.

Revisão de subsídios tarifários

As medidas propostas visam à redução dos subsídios tarifários do Governo do Estado e vão gerar uma economia aos cofres estaduais de R$ 258 milhões por ano. 

1 – Tarifa do bilhete único 

O valor da tarifa do bilhete único passará de R$ 6,50 para R$ 7,50 a partir de 1 de janeiro de 2017. Estima-se uma economia aos cofres do Estado do Rio de Janeiro na ordem de R$ 228 milhões por ano. Como 70% dos usuários do Bilhete Únicosão beneficiados por meio do vale-transporte, a maior parte do reajuste será absorvida pelos empregadores. 

2 – Teto do subsídio do Bilhete Único

Como cerca de 95% dos usuários do bilhete único consomem menos de R$ 150,00 por mês de benefício tarifário, a proposta é de fixação de um teto individual para o benefício, no montante de R$ 150,00 mensais, a partir de 1 de janeiro de 2017.Estima-se, com essa medida, uma economia de R$ 28 milhões por ano.

3 – Tarifa aquaviária

A proposta prevê o fim da isenção da tarifa aquaviária dos moradores de Ilha Grande e Paquetá a partir de 1 de janeiro de 2017, quando seráinstituída tarifa de R$ 2,80 para os moradores daquelas ilhas,  representando desconto de 50% sobre a tarifa de equilíbrio do sistema, adotada para os usuários das linhas sociais.Estima-se, com essa medida, uma economia de R$ 1,7 milhão por ano.

Fonte: JB

 

Rio terá ponto facultativo em todo Estado nos dias 5,18 e 22

Municípios de Itaguaí e região serão abrangidos

Trânsito ‘complicado’ é a justificativa. Em Copacabana, serão 42 linhas de ônibus com trajetos alterados por conta de prova

 Nos dias 5, 18 e 22 de agosto será ponto facultativo em todo Estado do Rio, como já programado pelo município. O decreto foi publicado nesta terça-feira no Diário Oficial da União (DOU), tendo os Jogos Olímpicos como justificativa. De acordo com a publicação, estes serão os dias mais críticos para a mobilidade urbana.

O primeiro dia é o de abertura das Olimpíadas, quando cerca de 10.500 atletas se deslocarão em 350 ônibus, além de chefes de estado que virão para as comemorações.

Já no dia 18, está marcada a prova de triatlo em Copacabana, na Zona Sul, onde ocorrerão diversas interdições. Após os Jogos, dia 22, quase todas as delegações estarão deixando o Rio.

Trânsito em Copacabana

Por conta da prova de triatlo em Copacabana no dia 18, o trânsito sofrerá algumas interdições, que irão provocar mudanças cruciais para a população. A Rua Gastão Bahiana e o Corte do Cantagalo serão fechados totalmente por duas horas no horário de rush do almoço.

Isso vai provocar uma alteração no trajeto de 42 linhas de ônibus. Os reflexos no trânsito irão de Copacabana, Lagoa, até o Túnel Rebouças e também na Barra, na Zona Oeste.

Fonte: O Dia

Estado do Rio começa a descontar de grevistas

Em greve há três meses, servidores constataram cortes ao verificar os contracheques virtuais deste mês

Apresentação1

PALOMA SAVEDRA

O governo do Rio já está descontando os dias não trabalhados dos profissionais da Secretaria Estadual de Educação, que estão em greve há três meses. Vários servidores constataram os cortes ao verificar os contracheques virtuais do mês de junho — liberados ao longo da semana. Os descontos foram autorizados pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), no último dia 14.

Ao todo, a secretaria conta com 85.737 servidores ativos trabalhando em todo o estado. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe) ainda não tem o número total de funcionários que foram descontados. No entanto, segundo o advogado da entidade, Ítalo Aguiar, mais de mil servidores relataram o problema à entidade.

Para Aguiar, a medida é ilegal, pois estaria ferindo o direito de greve. O advogado já recorreu da decisão do desembargador Milton Fernandes de Souza, do Órgão Especial do TJ-RJ, que revogou a liminar que ele próprio havia concedido em abril, proibindo o governo de cortar o ponto dos professores em greve.

O recurso ainda não foi julgado pelo magistrado. E, agora, mediante os descontos constatados pelos servidores, o advogado protocolou ontem um novo pedido no tribunal, solicitando urgência na apreciação do recurso original. Além disso, Aguiar promete ir às cortes superiores contra o corte.

Decisão da Justiça

Na decisão que autoriza os descontos dos grevistas, o desembargador Milton Fernandes de Souza alega que o Sepe não cumpriu a ordem de manter 70% do total dos servidores em cada escola. Antes, os funcionários estavam protegidos por liminar que o magistrado concedera por meio de mandado de segurança impetrado em abril pelo sindicato.

Descumprimento

A autorização do corte de ponto foi baseada na decisão do presidente do TJ, desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, que, um dia antes (13/06), aumentou a multa aplicada ao Sepe de R$ 50 mil para R$ 100 mil. O magistrado entendeu que o sindicato descumpriu liminar que obrigava a categoria a manter 70% dos profissionais em cada escola.

Sindicato rebate

Segundo Aguiar, manter 70% de servidores em sala é “inadequado”, tendo em vista “sucessivos descumprimentos de obrigações pelo estado”. “Diante do quadro que elevou a greve, como parcelamento de 13º, atrasos no pagamento e falta de reajuste, é inadequado manter percentual tão alto. E não condiz com os fundamentos da greve”.

Sepe: Corte é ilegal

O advogado do Sepe questiona a legalidade da decisão de corte de ponto dos grevistas. “O magistrado nunca vinculou uma decisão ao cumprimento de outra”, explica. Agora, com os demonstrativos de descontos, pedimos a urgência no julgamento do recurso, pois é mais um elemento para o magistrado reconsiderar a decisão”.

STF proíbe retaliação

Aguiar argumenta também que o STF proíbe (no Mandando de Injunção 708/2008) retaliação financeira a greves de servidores com pagamento atrasado ou suspenso. “A decisão do STF é paradigma para greves do serviço público. O servidor está brigando pelo crédito regular e a retaliação é o corte? O STF se opôs a isso”.

Secretaria responde

A Secretaria Estadual de Educação alegou que os cortes são autorizados pela Justiça. Já o Sepe ressalta que a “possibilidade de desconto no contracheque não significa desconto real”. A entidade diz que há apenas o corte virtual: “É possível reverter judicialmente ou por acordo o corte que está no contracheque”, diz o sindicato.

Fonte: O Dia