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Febre Maculosa pode atingir bairro em Itaguaí

Bairro Carioca/ Ibituporanga se tornou área de risco da doença. Sintomas são febre de moderada a alta, fortes dores de cabeça, dor no corpo, calafrios e edema dos olhos e conjuntiva. Doença já matou algumas pessoas na região. Nosso blog entrou em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura de Itaguaí desde a última sexta-feira, mas sequer fomos respondidos

A Divisão de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde de Piraí alertou os moradores do Município desde 2019, principalmente aqueles que residem ou trabalham na área rural para o perigo de contágio com a Febre Maculosa, devido ao aumento da proliferação dos carrapatos. Entre eles locais vizinhos ao bairro Carioca/Ibituporanga em Itaguaí. Ao longo do Rio que passa pelos dois municípios é uma das áreas com maior grau de risco, justamente onde fica o bairro itaguaiense.

A chefe da Divisão de Vigilância em Saúde, Ana Cristina de Souza Braga, explicou que a doença é causada por uma bactéria com o nome Rickettsia transmitida por carrapatos e pulgas infectados, que tem sua proliferação aumentada consideravelmente no período de seca.“É importante que as pessoas que moram, trabalham ou tenham atividades em áreas rurais ou próximos às matas fiquem atentos. Estudos provam que o tempo é crucial para a transmissão da doença, assim o quanto mais rápido o carrapato for retirado do corpo menos risco de contágio”, destacou Ana Cristina de Souza Braga.

Em Barra do Piraí vizinho à Itaguaí houveram duas mortes no ano passado. Vítimas tinham 38 e 62 anos e moravam nos bairros Lago Azul e Santana. Em junho três pessoas foram internadas com suspeita de Febre Maculosa em Valença, após participarem de uma pescaria na área rural. Em janeiro de 2019 Piraí registrou um caso de Febre Maculosa na localidade da Cacaria. Moradores do bairro localizado em Itaguaí nos disseram que algumas mortes com esses sintomas já ocorreram no local, ou seja, em Itaguaí. Mas a secretaria de saúde como não faz nenhum trabalho sobre o assunto fica inviável o conhecimento estatístico.

Os sintomas mais característicos da Febre maculosa são febre demoderada a alta, fortes dores de cabeça, dor no corpo, calafrios e edema dos olhos e conjuntiva. A doença pode provocar paralisia, que normalmente se inicia nas pernas e pode subir pelo corpo parando outros órgãos vitais como rins e pulmões, causando a morte do paciente. Ana Cristina de Souza Braga explicou que ao manifestar esses sintomas a pessoa deve procurar imediatamente o atendimento médico e informar que foi picada pelo carrapato.

Entramos em contato com a prefeitura de Itaguaí para solicitar informações dos procedimentos que estão sendo adotados pela secretaria de saúde sobre o assunto. Mas parece que a secretaria de saúde da cidade além de não estar tomando nenhuma providência sobre o assunto sequer se importa em retornar o contato.

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Testes da vacina contra zika em camundongos foram bem-sucedidos

A vacina contra a zika que está sendo desenvolvida por cientistas do Instituto Evandro Chagas, em parceria com a Universidade do Texas em Galveston, nos Estados Unidos, mostrou resultados animadores em testes com camundongos, de acordo com um artigo científico publicado na última segunda-feira, 10, pelo grupo na revista Nature Medicine.

De acordo com o diretor do Instituto Evandro Chagas, o virologista Pedro Vasconcelos, que é um dos coordenadores do estudo, a vacina produzida com o vírus vivo atenuado, com apenas uma dose, foi capaz de induzir o organismo dos camundongos a produzir anticorpos neutralizantes, protegendo-os da infecção.

“É a primeira vez que se tem uma vacina com vírus vivo atenuado desenvolvida. Os experimentos com camundongos com mosquitos mostraram o que esperávamos: além de proteger os roedores contra uma infecção letal pelo vírus zika selvagem, ela não é capaz de infectar o Aedes aegypti – o que é muito importante para impedir que a doença seja transmitida por via vacinal”, disse Vasconcelos à reportagem.

Diversos outros grupos estão desenvolvendo vacinas, mas todas elas se baseiam na utilização do vírus inativado, ou de fragmentos de DNA do vírus. Segundo Vasconcelos, uma das vantagens de se utilizar o vírus vivo atenuado é que isso possibilita uma imunização eficaz com apenas uma dose.

“Tomamos a decisão de utilizar o vírus vivo porque, ao contrário das vacinas de DNA e de vírus inativado, ela induz a uma resposta imunológica muito forte, permitindo que uma única dose proteja contra o vírus para o resto da vida”, declarou o virologista. “Isso é importante porque, do ponto de vista da saúde pública, é muito complicado coordenar uma vacinação que necessite de várias doses de reforço.”

De acordo com Vasconcelos, neste momento os cientistas estão finalizando os experimentos com primatas, cujos resultados também serão publicados em um artigo científico. Depois da publicação, terão início os testes em humanos, que deverão durar alguns anos.

“Esperamos que no início de maio, no máximo, já tenhamos o artigo sobre os testes em primatas pronto para a publicação. Esses testes são a última fase antes de iniciar os ensaios clínicos em humanos, que esperamos iniciar já no segundo semestre deste ano”, explicou.

Camundongos

Para avaliar a segurança da vacina, os cientistas realizaram diversas baterias de testes. Na primeira, para descobrir se a vacina produzia a própria doença, eles utilizaram dois grupos de camundongos – um deles foi inoculado com a vacina e outro com o vírus selvagem.

Seis dias depois, os animais infectados com o vírus selvagem apresentaram alta carga viral em todos os órgãos testados. Os que foram inoculados com a vacina não apresentaram nenhuma carga viral nos músculos e no cérebro e uma baixa carga em outros órgãos.

Dez dias após a infecção, os camundongos infectados com o vírus selvagem mantiveram carga viral no rim, cérebro, olho e especialmente nos testículos. Já nos roedores inoculados com a vacina, não havia mais carga viral detectável em nenhum órgão.

A segunda bateria de testes serviu para avaliar se a vacina poderia causar danos ao tecido nervoso dos camundongos recém-nascidos.

Novamente, dois grupos de animais receberam a vacina e o vírus selvagem – mas, desta vez, a inoculação foi feita diretamente no cérebro. Todos os roedores que receberam a injeção com a vacina sobreviveram. Já entre os que receberam a injeção com o vírus selvagem, 25% morreram.

Segundo Vasconcelos, também foram usados camundongos geneticamente modificados para morrerem quando são infectados com o vírus selvagem. Os cientistas inocularam o vírus nesses animais, e todos morreram.

“Um grupo de camundongos vacinados, porém, recebeu 30 dias após a imunização a mesma dose do vírus selvagem que havia sido letal para os animais não vacinados. Nenhum deles morreu, porque já tinham anticorpos. Mostramos que a vacina é inócua e que os animais, além de não morrerem, produziram anticorpos e não tiveram sintomas”, explicou Vasconcelos.

Mosquitos

Na última série de testes, os cientistas fizeram dois experimentos para investigar se o vírus atenuado da vacina é capaz de infectar o mosquito Aedes aegypti, que é o principal transmissor da zika.

Um grupo de animais foi inoculado com o vírus selvagem, e outro com a vacina. Depois eles foram expostos separadamente aos mosquitos, para que eles se alimentassem do sangue. O experimento simulou, portanto, a via natural de infecção.

“Nenhum dos mosquitos que se alimentaram do sangue com a vacina desenvolveu infecção. Enquanto isso, mais da metade dos insetos que se alimentaram do sangue com o vírus selvagem ficaram infectados”, disse Vasconcelos.

No último experimento, os pesquisadores inocularam a vacina de vírus atenuado diretamente nos mosquitos. “Mesmo recebendo o vírus vacinal diretamente, nenhum dos mosquitos ficou infectado. Isso nos deu a certeza de que a vacina não infecta o Aedes aegypti com zika.”

 

286,2 mil meninos devem ser vacinados contra HPV no Estado do Rio

Em todo país, serão imunizados 3,6 milhões de meninos em 2017. A vacinação vai reduzir a propagação do vírus. Economia gerada pela gestão permitiu a inclusão desse público

 

Postos de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) do Rio de Janeiro já podem vacinar meninos contra HPV. Em todo o estado, 275,5 mil meninos na faixa etária de 12 a 13 anos além de 10,6 mil jovens que vivem com HIV/aids estão aptos a receber a vacina. Até o ano passado, esta imunização era feita apenas em meninas. O Brasil é o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de imunizações. A faixa-etária será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos os meninos com 9 anos até 13 anos.

 

A expectativa é imunizar em todo país mais de 3,6 milhões de meninos em 2017, além de 99,5 mil crianças e jovens de 9 a 26 anos vivendo com HIV/aids, que também passarão a receber as doses. Para isso, o Ministério da Saúde adquiriu seis milhões de doses, ao custo de R$ 288,4 milhões. Não haverá custos extras para a pasta, já que no ano passado, com a redução de três para duas doses no esquema vacinal das meninas, o quantitativo previsto foi mantido, possibilitando a vacinação dos meninos. Assim, o Ministério continua com a mesma determinação, que é de fazer mais com os mesmos recursos financeiros.

 

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, destaca a importância da vacinação nos meninos. “A inclusão dos adolescentes faz parte de um conjunto de ações integradas que o Ministério da Saúde tem realizado com o objetivo de conseguir mais resultados com os recursos financeiros já disponíveis. É muito importante a inclusão dessa faixa-etária. Precisamos estimular esta faixa a participar das mobilizações para vacinação”, afirma o ministro Ricardo Barros.

 

Outra novidade é a inclusão das meninas que chegaram aos 14 anos sem tomar a vacina ou que não completaram as duas doses indicadas. A estimativa é de que 500 mil adolescentes estejam nessa situação. Até o ano passado, a faixa etária para o público feminino era de 9 a 13 anos. Desde a incorporação da vacina no Calendário Nacional, em 2014, já foram imunizadas 5,7 milhões de meninas com a segunda dose, completando o esquema vacinal. Este quantitativo corresponde a 46% do total de brasileiras nesta faixa etária.

 

“É muito importante que os pais tenham a consciência de que a vacinação começa na infância, mas deve continuada na adolescência. Pais e responsáveis devem ter, com os adolescentes, a mesma preocupação que têm com as crianças. A proteção vai ser muito maior se nós ampliarmos, cada vez mais, o calendário de vacinação da nossa população”, ressaltou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, Carla Domingues.

 

HPV PARA MENINOS – O esquema vacinal para os meninos contra HPV é de duas doses, com seis meses de intervalo entre elas. Para os que vivem com HIV, a faixa etária é mais ampla (9 a 26 anos) e o esquema vacinal é de três doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses). No caso dos portadores de HIV, é necessário apresentar prescrição médica.

 

Atualmente, a vacina HPV para meninos é utilizada como estratégia de saúde pública em seis países (Estados Unidos, Austrália, Áustria, Israel, Porto Rico e Panamá). Portanto, o Brasil assegura a sétima posição e a vanguarda na América Latina. A vacina é totalmente segura e aprovada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

 

A decisão de ampliar a vacinação para o sexo masculino está de acordo com as recomendações das Sociedades Brasileiras de Pediatria, Imunologia, Obstetrícia e Ginecologia, além de DST/AIDS e do mais importante órgão consultivo de imunização dos Estados Unidos (Advisory Committee on Imunization Practices). A estratégia tem como objetivo proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV. A definição da faixa-etária para a vacinação visa proteger as crianças antes do início da vida sexual e, portanto, antes do contato com o vírus.

 

A vacina disponibilizada para os meninos é a quadrivalente, que já é oferecida desde 2014 pelo SUS para as meninas. Confere proteção contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacinal. Vale ressaltar que os cânceres de garganta e de boca são o 6º tipo de câncer no mundo, com 400 mil casos ao ano e 230 mil mortes. Além disso, mais de 90% dos casos de câncer anal são atribuíveis à infecção pelo HPV.

Confira abaixo como será a oferta de vacinas para meninos por ano:

Ano População-alvo
2017 Meninos de 12 e 13 anos
2018 Meninos de 11 e 12 anos
2019 Meninos de 10 e 11 anos
2020 Meninos de 9 e 10 anos

HPV PARA MENINAS – Nas meninas, o principal foco da vacinação é proteger contra o câncer de colo do útero, vulva, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas; verrugas genitais e infecções causadas pelo vírus. O HPV é transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da OMS indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras do vírus, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18.  Em relação ao câncer do colo do útero, estudos apontam que 265 mil mulheres morrem devido à doença em todo o mundo, anualmente. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima 16 mil novos casos.

 

Para a produção da vacina contra o HPV, o Ministério da Saúde promoveu Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Butantan. A transferência está sendo feita de forma gradual e tem reduzido o preço ano a ano. Até 2018, a produção da vacina HPV deverá ser 100% nacional.

O que é Doença Falciforme?

A doença falciforme é uma alteração genética, caracterizada por um tipo de hemoglobina mutante designada por hemoglobina S (ou Hb S) que provoca a distorção dos eritrócitos, fazendo-os tomar a forma de “foice” ou “meia-lua”. O termo doença falciforme define as hemoglobinopatias nas quais pelo menos uma das hemoglobinas mutantes é a Hb S. As doenças falciformes mais freqüentes são a anemia falciforme (ou Hb SS), a S talassemia ou microdrepanocitose e as duplas heterozigoses Hb SC e Hb SD.

 

Para o diagnóstico seguro de uma das três situações acima é de fundamental importância conhecer a forma de herança da doença falciforme. Na maioria dos casos, os pais de pacientes com doença falciforme são portadores assintomáticos dessa alteração genética. A situação mais comum se verifica quando dois portadores assintomáticos de falciforme, com patrimônio genético representado pela hemoglobina (Hb A) associada à hemoglobina S (Hb S) e cuja representação universal é Hb AS, se unem, constituindo uma prole. O exemplo a seguir mostra a probabilidade deste casal gerar filhos sem a doença falciforme, gerar portadores assintomáticos e com doença falciforme.

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A geração de uma pessoa com doença falciforme do tipo S Beta talassemia ou micro-drepanocitose ocorre na seguinte situação:

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Da mesma forma, a geração de uma pessoa com doença falciforme de dupla heterozigose entre Hb S e um outro tipo de hemoglobina mutante, como por exemplo a Hb C, se verifica conforme situação abaixo:

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O portador assintomático de falciforme, também conhecido por portador do traço de Hb S ou heterozigoto para a Hb S, não é anêmico, não tem anormalidades físicas e tem uma vida normal. Os portadores de doença falciforme, por outro lado, podem apresentar sintomatologia importante e graves complicações. A Hb S tem uma característica química especial que em situações de ausência ou diminuição da tensão de oxigênio provoca a sua polimerização, alterando drasticamente a morfologia do eritrócito que adquire a forma de foice. Estes eritrócitos falcizados dificultam a circulação sangüínea provocando vaso-oclusão e infarto na área afetada. Conseqüentemente, esses problemas resultam em isquemia, dor, necrose e disfunções, bem como danos permanentes aos tecidos e órgãos além da hemólise crônica.

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Este processo fisiopatológico devido à presença de Hb S é observado nas seguintes situações, em ordem decrescente de gravidade: anemia falciforme, Hb S Beta talassemia, Hb SC e Hb SD.

É importante destacar que a freqüência de portadores assintomáticos de falciforme no Brasil é de 2 a 8%, conforme a intensidade da população negra inserida na região. Como se sabe, a Hb S teve origem no continente africano, e sua introdução no Brasil ocorreu notadamente durante o período da escravidão. Dados da Triagem Nacional sinalizam 3.500 nascidos por ano com a doença falciforme e 200.000 com o traço.

Fonte: MedicinaNET

DEPRESSÃO, DOENÇA SÉRIA!

Coluna Boca saúde com Dr Rocindes Berriel

No Brasil, segundo os dados do IBGE, cerca de 11 milhões de pessoas são diagnosticadas com depressão, mais da metade usa medicamentos.
De acordo com o Ministério da Saúde depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. Há nesse caso presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima de forma patológica, esses sintomas aparecem com frequência e podem também se combinar. Fica-se com um estado de humor deprimido, melancólico, a pessoa sente angústia, ansiedade, falta de energia. O indivíduo deprimido nota que seus sentimentos são diferentes de uma tristeza anteriormente vivida. Quando o quadro de depressão é grave a pessoa se isola, perde o interesse por tudo. Tendem a ficar mal humorados, insatisfeitos com tudo, irritados e impacientes.
O Ministério da Saúde classifica a depressão em leve, moderada e grave. No caso leve o indivíduo apresenta alguns sintomas como, humor deprimido, falta de energia, mas não para com as suas funções; já nos casos moderados há além dessas manifestações a dificuldade em executar suas funções. Na grave aparecem os sintomas já citados associados a considerável inquietação e agitação, retardo psicomotor, podendo cursar com delírios e alucinações.
Em geral a pessoa com depressão tem dificuldade em aceitar o diagnóstico. Dentre as manifestações já citadas acima se incluem também:
*Desânimo, cansaço mental, dificuldade de concentração, esquecimento;
* Incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades que antes da depressão eram agradáveis;
*Tendência ao isolamento tanto social como familiar;
*Apatia, desinteresse, falta de motivação;
* Falta de vontade, indecisão;
*Sentimentos de medo, insegurança, desespero, vazio;
* Pessimismo, ideias de culpa, baixa autoestima, falta de sentido na vida, inutilidade, fracasso;
* Ideias de morte e até suicídio;
*Dores e outros sintomas físicos geralmente não justificados por outros problemas médicos, tais como, cefaleias, sintomas gastrintestinais, dores pelo corpo, pressão no peito;
*Alterações do apetite;
*Redução da libido, insônia ou aumento do sono.
O tratamento é basicamente medicamentoso. A terapia não é complexa, não incapacita ou entorpece o paciente. Algumas pessoas podem precisar de tratamento de manutenção ou preventivo, que pode levar anos ou toda uma vida, na busca de combate a novos episódios depressivos. É importante procurar um especialista para o tratamento adequado.
A psicoterapia ajuda muito no tratamento do paciente, auxilia na reestruturação psicológica da pessoa, aumenta sua compreensão sobre o processo de depressão e na resolução de conflitos, o que contribui para diminuir o impacto provocado pelo estresse.

Co-autora: Enfermeira Julliane Sobral

Dr. Rocindes Berriel Cirurgião Dentista formado pela UERJ, professor de Educação Física, professor auxiliar de Bioquímica na FABA, especialista no Programa de Saúde da Família (PSF) – UGF, Curso Superior em Empreendedorismo e Inovação – UFF, especialista em planejamento, implementação e gestão em educação à distância – UFF, mestrando em Ciências – PPGEA – UFRRJ, especialista em gênero e sexualidade – IMS/UERJ

Dr. Rocindes Berriel Cirurgião Dentista formado pela UERJ, professor de Educação Física, professor auxiliar de Bioquímica na FABA, especialista no Programa de Saúde da Família (PSF) – UGF, Curso Superior em Empreendedorismo e Inovação – UFF, especialista em planejamento, implementação e gestão em educação à distância – UFF, mestrando em Ciências – PPGEA – UFRRJ, especialista em gênero e sexualidade – IMS/UERJ

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Epidemia de esporotricose no estado assusta cariocas

Doença que ataca principalmente gatos e humanos, preocupa autoridades de saúde, mas mal tem cura

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Helena Mourão e sua gata, Ceci, tiveram esporotricose e se curaram

Foto: Divulgação

O Estado do Rio enfrenta uma epidemia de esporotricose, doença que afeta animais, principalmente gatos, transmissível a humanos. Trata-se de micose que provoca lesões profundas na pele, semelhantes à leishmaniose. No gato, pode ser mortal. Já em humanos, tem cura. De acordo com as secretarias de Saúde do estado e do município, os números da enfermidade, causada por um tipo resistente de fungo, o Sporothrix schenckii, são preocupantes.

De acordo com a Vigilância Sanitária, só de janeiro a maio a rede municipal atendeu 1.581 casos de esporotricose em gatos. O número representa quase a metade do total de atendimento do ano passado, que foi de 3.253, o que fez o órgão a lançar a campanha ‘Esporotricose — um risco para seu gato e para você’.

Nos últimos dois anos, a doença já infectou 1.845 pessoas. Só na capital, 622 cariocas foram contaminados entre 2014 e 2015. Não há registro de óbitos humanos. “A situação vem se complicando com o passar do tempo, principalmente nas zonas Norte e Oeste. Mas é preciso deixar claro que a doença é curável e que os donos de gatos não devem abandonar e, muito menos, sacrificar os animais”, pondera a médica veterinária da Vigilância Sanitária Municipal Bárbara Montes. Ela aconselha a quem cria gatos castrar os animais e mantê-los o maior tempo possível em casa para evitar possível contágio nas ruas e quintais.

Segundo Bárbara, a contaminação ocorre através do contato das garras do animal com material orgânico em decomposição, como cascas de árvores, palhas, farpas, espinhos e o solo. “Com o fungo instalado, o gato transmite a doença através de arranhões, mordidas e contato direto com a pele lesionada”, alerta.

Três meses de remédio

A psicóloga Helena Cardoso Mourão, de 38 anos, de Botafogo, contraiu esporotricose quando atuava como voluntária num abrigo de gatos. “Eu cuidava de uma gata, de nome Ceci, que adquiriu o fungo e de quem acabei contraindo a doença. Começou com uma leve lesão nas costas, que aumentou e desencadeou um inchaço lombar”, lembra Helena, ressaltando que teve de tomar antifúngico oral por três meses. “Hoje, eu e a gata não temos nenhum vestígio do mal”, atesta Helena.

Com o aumento do número de casos de esporotricose, a Vigilância Sanitária ampliou o atendimento nas unidades de zoonoses e medicina veterinária. O Instituto de Zoonoses Paulo Dacorso Filho (IPDF, no Largo do Bodegão 150, em Santa Cruz), e o Instituto de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman (IJV, na Av. Bartolomeu de Gusmão 1.120, São Cristóvão), disponibilizam atendimento gratuito. São feitos encaminhamentos de material para análise em laboratório, medicações, orientações para o tratamento em casa, castração e monitoramento. Além dos animais levados pelos donos, as unidades também tratam daqueles abandonados nas ruas.

Animal deve ser cremado

Para lidar com animais contaminados por esporotricose, é preciso usar luvas; limpar o ambiente com água sanitária; manter os felinos em local seguro e isolado e cremar animais que não resistirem, pois o fungo sobrevive na natureza. Outra recomendação é não fazer curativos locais nem banhar gatos doentes.

Pesquisador em Dermatologia Infecciosa do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Dayvison Freitas afirma que a esporotricose despontou em 1998. Sua pesquisa adverte grupos específicos que se tornam de risco, em que a esporotricose pode até matar, como gestantes e portadores de dacriocistite, síndrome de Sweet e Aids.

Tratamento é demorado

Dependendo dos estágios da doença, medicamentos antifúngicos orais podem ter que ser administrados por período de tempo prolongado, em alguns casos ultrapassando seis meses. Nos gatos, estágios avançados da doença, com múltiplas e graves lesões, são de difícil tratamento, e esta indicação deve ser avaliada criteriosamente somente por um veterinário.

Estudos já comprovaram que o gato é o animal doméstico mais sensível à esporotricose. O cão raramente adoece, e dificilmente transmite a doença a outros animais. A esporotricose no cão quase sempre se inicia com feridas no focinho, membros ou no corpo, e ocorre após contato com gato doente.

O fungo Sporothrix schenckii, encontrado na natureza, pode se instalar em diversos tipos de animais, mas atinge mais os gatos por conta, segundo estudos, dos hábitos de caça, contato com a terra, com árvores e de disputas por território, por sexo e brigas entre eles, que facilitam a disseminação da doença em virtude de arranhaduras e mordeduras.

GUILLAIN-BARRÉ, MAIS UMA DOENÇA RARA E PERIGOSA COM SURTO POR CONTA DA ZIKA

Coluna Boca Saúde com Dr. Rocindes Berriel

Uma doença rara e pouco conhecida, a Síndrome de Guillain-Barré (SGB) passou a ser assunto depois que uma pesquisa mostrou que ela pode ser desencadeada pelo vírus Zika. A síndrome pode apresentar diferentes graus de manifestação, apresentando desde leve fraqueza muscular em alguns pacientes ao quadro raro de paralisia total dos quatro membros.

A Síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune que ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca parte do próprio sistema nervoso por engano, levando a uma inflamação dos nervos que tem como consequência a fraqueza muscular. O que torna a síndrome de Guillain-Barré uma emergência médica é que a fraqueza pode afetar os músculos do tórax responsáveis pela respiração. Se eles são paralisados, o paciente pode morrer por falta de oxigênio.

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 Causas

O Ministério da Saúde confirmou que a infecção pelo Zika Vírus pode provocar também à Síndrome de Guillain-barré. No Brasil, a ocorrência de síndromes neurológicas relacionadas ao vírus Zika foi confirmada após investigações da Universidade Federal de Pernambuco, a partir da identificação do vírus em amostra de seis pacientes com sintomas neurológicos com histórico de doença exantemática.
Fora a infecção pelo Zika vírus não se sabe o que causa a síndrome de Guillain-Barré. Essa síndrome é incomum em mais de dois-terços dos pacientes, a síndrome de Guillain-Barré ocorre três semanas após uma doença virótica, como um resfriado ou a gripe, ou após uma infecção bacteriana (particularmente a bactéria  chamada Campylobacter jejuni que causa infecções intestinais).

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 Os sintomas da síndrome de Guillain-Barré variam de pessoa para pessoa e podem ser moderados ou severos. Frequentemente, o primeiro sintoma significativo que a pessoa relata é a fraqueza, que pode piorar de 24 a 48 horas e frequentemente ela é sentida em ambas as pernas. Com o passar do tempo, a fraqueza envolve os braços ou a cabeça, afetando os olhos, os movimentos da cabeça e a fala, depois de ter afetado as pernas em primeiro lugar. A fraqueza pode durar dias, semanas ou meses antes que a reversão do quadro se devolva. O retorno da força semelhante à pré-doença e funcionamento é lento, às vezes dura meses ou anos. A maioria dos pacientes retorna ao normal dentro de meses.
Os sintomas típicos incluem: perda de reflexos em braços e pernas, hipotensão ou baixo controle da pressão arterial.
Outros sintomas podem ser: visão turva,
descoordenação e quedas, dificuldade para mover os músculos do rosto, contrações musculares, palpitações (sentir os batimentos cardíacos).
Esses sintomas podem piorar rapidamente. Os sintomas mais graves podem demorar apenas algumas horas para aparecer, mas a fraqueza que aumenta ao longo de vários dias é normal.

 A Síndrome de Guillain-Barré pode ser difícil de diagnosticar em suas fases mais precoces porque outras patologias podem ter sintomas semelhantes, e porque os sintomas exatos experimentados podem variar de paciente para outro.

O primeiro passo no diagnóstico da doença é colher uma história médica cuidadosa, além disso podem ser feitos dois exames para ajudar no diagnóstico: a punção espinhal (retira-se através de uma agulha o líquido que envolve o cérebro e a medula espinhal e faz-se a análise do fluido cérebro-espinhal), e a eletromiografia (são colocados eletrodos na pele em cima do nervo a ser testado. Um impulso elétrico é alimentado por um eletrodo, e a velocidade de transmissão do estímulo é acelerada e medida pelos outros eletrodos. Como a síndrome de Guillain-Barré afeta o revestimento de mielina que cobre os nervos, os nervos afetados pela doença mostrarão sinais mais lentos que os nervos não afetados).
 A prevenção da síndrome de Guillain-Barré torna-se difícil já que não há nenhuma maneira conhecida de se prevenir dela.

Não existe cura para a síndrome de Guillain-Barré. Entretanto, há muitos tratamentos disponíveis para ajudar a reduzir os sintomas, tratar as possíveis complicações e acelerar a recuperação do paciente.

Quando os sintomas são graves, a hospitalização será recomendada para dar continuidade a um tipo de tratamento mais específico, que pode incluir aparelhos de respiração artificial.
Nos estágios iniciais da doença, tratamentos que removem ou bloqueiem a ação dos anticorpos que estão atacando as células nervosas podem reduzir a gravidade e a duração dos sintomas da Síndrome de Guillain-Barré.
Recomenda-se procurar um neurologista imediatamente se sentir uma fraqueza em suas pernas ou braços (raramente  nos músculos da cabeça) que piora num prazo de algumas horas.
O prognóstico a longo prazo é geralmente bom. De acordo com Leite, a maioria dos pacientes tem recuperação completa, embora possa levar meses, ou até mesmo anos, para recuperar a força e o movimento anteriores à doença. Aproximadamente 30 por cento dos pacientes ainda permanecem com um pouco de fraqueza até três anos após a melhora da doença. Só aproximadamente 3 por cento de pacientes têm um retorno da fraqueza e do formigamento anos depois. Uma porcentagem muito pequena de pacientes, aproximadamente 3 a 5 por cento, morre, quase sempre porque eles desenvolvem uma paralisia da respiração antes que eles cheguem ao hospital.

Referência e colaboração: Enfermeira Julliane Sobral.

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Dr. Rocindes Berriel Cirurgião Dentista formado pela UERJ, professor de Educação Física, professor auxiliar de Bioquímica na FABA, especialista no Programa de Saúde da Família (PSF) – UGF, Curso Superior em Empreendedorismo e Inovação – UFF, especialista em planejamento, implementação e gestão em educação à distância – UFF, mestrando em Ciências – PPGEA – UFRRJ, especialista em gênero e sexualidade – IMS/UERJ

A coluna Boca Saúde sai todas às terças- feiras

Meningite, o que é? Como tratar dessa doença que foi mencionada em Itaguaí nesta semana.

Após uma semana de reclamações de possíveis casos de Meningite em Itaguaí, dúvidas pairam sobre o tratamento e o diagnóstico da doença

Secretaria de saúde da cidade afirma que último caso foi em outubro

Entenda o que é a doença

A meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro. Existem diversos tipos de meningite, e para cada um deles há causa e sintomas específicos.

Tipos

A maioria dos casos de meningite é provocada por vírus ou bactérias, mas a doença também pode ser transmitida via fungos. Outros fatores também podem desencadear num quadro de meningite, como alergias a determinados medicamentos, alguns tipos de câncer e também inflamações.

Conheça os principais tipos de meningite existentes:

  • Meningite viral
  • Meningite bacteriana
  • Meningite fúngica.

Esses três tipos podem levar a um quadro de meningite crônica.

Causas

A causa da meningite varia de acordo com o tipo. A mais comum das meningites é aquela causada por vírus, mas há casos também da doença provocada por bactérias. Menos comum, a meningite causada por fungos também pode surgir.

A meningite viral pode ser causada por diversos tipos de vírus e é a forma mais comum e menos perigosa de meningite, pois muitas vezes nem exige tratamento. Os vírus causadores da meningite podem ser transmitidos via alimentos, água e objetos contaminados e são mais comuns entre o fim do verão e o começo do outono.

Meningite bacteriana é a mais grave de todas. Ela ocorre geralmente quando a bactéria entra na corrente sanguínea e migra até o cérebro. Pode acontecer, também, de a doença ser desencadeada após uma infecção no ouvido, fratura ou, mais raramente, após alguma cirurgia. Existe mais de uma bactéria capaz de transmitir a doença. Conheça:

Streptococcus pneumoniae (pneumococo)

Essa é a mais comum entre todas as bactérias que transmitem meningite. Ela também pode causar infecções no ouvido e até pneumonia. Existe uma vacina disponível para reduzir a ocorrência da infecção por essa bactéria.

Neisseria meningitidis

Outra bactéria bastante comum, essa se espalha pela corrente sanguínea após uma infecção no trato respiratório e é extremamente contagiosa. Afeta principalmente adolescentes e jovens adultos.

Haemophilus influenzae

Esta bactéria costumava ser a principal causa de meningite em crianças. Hoje, no entanto, sua ocorrência foi controlada e reduzida por meio de vacinas. No Brasil, a vacina contra a meningite causada por essa bactéria faz parte da cartilha obrigatória de vacinação na infância. Quando não prevenida, tanto crianças quanto adultos podem apresentar a doença, que se desenvolve a partir de uma infecção no trato respiratório.

Listeria monocytogenes

A maioria das pessoas expostas a essa bactéria não manifestam sintomas, mas mulheres grávidas, pessoas com imunidade comprometida, recém-nascidos e idosos são mais suscetíveis à esse tipo de meningite.

Já a meningite fúngica, apesar de ser a menos comum, pode levar ao quadro crônico da doença. Às vezes seus efeitos podem ser similares ou até idênticos aos da meningite bacteriana, por isso inspira cuidados, mas não é contagiosa de pessoa para pessoa.

Em casos mais raros ainda, meningite pode ser resultado de causas não-infecciosas, como reações químicas, alergia a alguns medicamentos e alguns tipos de câncer também.

Fatores de risco

Alguns fatores são considerados de risco para a meningite. Confira:

  • Idade: meningite viral costuma afetar crianças de até cinco anos, mas a forma bacteriana da doença geralmente atinge adultos na casa dos 20. Na verdade, o grupo de risco, quando é classificado pela idade, varia de acordo com a causa da doença. Meningite causada pela bactéria Listeria monocytogenes costuma vitimizar muitos idosos também
  • Viver em grandes centros urbanos e frequentar ambientes fechados e cheios de pessoas também podem aumentar os riscos de contrair meningite. Se uma pessoa vive em alguma base militar, orfanato ou albergue, as chances de ela apresentar a doença são maiores também
  • Gravidez: mulheres grávidas têm maiores chances de contrair listeriose e também a meningite bacteriana causada por Listeria monocytogenes
  • Sistema imunológico comprometido: pessoas com baixa imunidade correm maiores riscos de apresentar meningite também, a exemplo de portadores de Aids ou diabetes e usuários de drogas injetáveis.

Sintomas de Meningite

Os primeiros sinais de meningite, quando manifestados, são facilmente confundidos com os sintomas típicos da gripe. Eles geralmente aparecem de algumas horas até dois dias após a infecção.

Os sintomas mais comuns da meningite são:

Bebês recém-nascidos portadores de meningite também podem apresentar febre, dor de cabeça, vômitos, confusão, rigidez corporal, moleira tensa ou elevada e inquietação. Às vezes, apenas irritabilidade em crianças ou choro fácil, diferente do normal, pode ser um indício de uma meningite.

Na consulta médica

Dependendo da causa, meningite pode levar a complicações mais grave e pode, inclusive, levar o paciente à morte. Por isso, é muito importante que, ao primeiro sinal da doença, você procure um especialista para que ele possa fazer o diagnóstico. Se confirmada a doença, o tratamento deve começar imediatamente.

Na consulta, descreva todos os seus sintomas e tire todas as suas dúvidas. Esteja preparado, também, para responder às perguntas do médico. Veja alguns exemplos:

  • Quando os sintomas começaram?
  • Você teve contato com alguém que estivesse com meningite?
  • Você tomou todas as vacinas indicadas?
  • Você faz uso de medicamentos imunossupressor?

Diagnóstico de Meningite

O diagnóstico de meningite pode ser feito pelo especialista tendo como base o histórico do paciente, um exame físico e alguns exames específicos, como:

  • Cultura de sangue, em que uma amostra de sangue do paciente é enviada para laboratório, onde é realizada uma cultura de microrganismos, em especial de bactérias
  • Exames de imagem, como raio-X e tomografias, procurarão por sinais de infecção pelo corpo

Tratamento de Meningite

O tratamento de meningite depende da causa.

Para meningite viral muitas vezes o tratamento é dispensável, pois a doença costuma desaparecer sozinha após algumas semanas. Geralmente, os únicos meios de terapia indicados pelo médico são repouso, ingestão de muita água e o uso de medicamentos para aliviar as dores. Em casos específicos, o médico pode receitar também um antiviral.

Já para casos de meningite bacteriana, o tratamento deve ser imediato por meio de antibióticos intravenosos e medicamentos de cortisona, para reduzir o risco de futuras complicações. O antibiótico que o médico receitará depende do tipo de meningite que o paciente tem, ou seja, da bactéria causadora da doença.

Mesmo quando as causas da meningite não estão esclarecidas, os médicos podem ministrar medicamentos antivirais e antibióticos para o paciente, já que meningites causadas por vírus e bactérias são os tipos mais frequentes da doença.

Quando o caso é de meningite fúngica, o tratamento é feito via fungicidas. No entanto, esses medicamentos podem apresentar diversos efeitos colaterais. Por isso, eles só serão receitados ao paciente quando a causa por comprovadamente infecção por fungos. Para tratar meningite crônica, o tratamento indicado é o mesmo do de meningite fúngica, já que esta é a única forma de meningite que pode levar ao quadro crônico da doença.

Os medicamentos de cortisona são mais indicados para casos em que a meningite é causada por razões não-infecciosas, como reações químicas, alergias a medicamentos e alguns tipos de câncer.

Medicamentos para Meningite

Os medicamentos mais usados para o tratamento de meningite são:

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

Convivendo/ Prognóstico

Algumas medidas ajudam a lidar bem com a meningite. Veja:

  • Avisem à escola se seu filho estiver com meningite
  • Após a alta do paciente não existe mais perigo de contaminação, portanto crianças podem voltar a frequentar a escola normalmente
  • Não há necessidade de fechar escolas ou creches quando ocorre um caso de meningite entre os alunos, professores ou funcionários da escola, pois o agente causador da doença não sobrevive no ar ou nos objetos
  • A limpeza e a higiene devem ser as habituais. Não há necessidade de inutilizar ou desinfetar objetos de uso pessoal do doente
  • Tome muita água durante todo o dia para evitar a desidratação
  • Faça uso de medicamentos e analgésicos para aliviar os sintomas de dor relativos à meningite, se necessário.

Complicações possíveis

As complicações causadas por meningite não tratada podem ser graves, por isso o tratamento imediato é necessário e essencial. Confira:

  • Perda de memória
  • Dificuldade em aprender
  • Danos permanentes ao cérebro
  • Problemas de reprodução
  • Convulsões
  • Falência dos rins
  • Acidente vascular cerebral (AVC)
  • Morte

Prevenção

Meningite é geralmente resultado de contágio entre duas pessoas. Vírus e bactérias causadores da doença podem ser transmitidos via tosse, espirro, beijo ou compartilhamento de itens pessoais. Por isso, é importante evitar ficar muito próximo a pessoas portadoras de meningite.

Além disso, seguir algumas medidas básicas ajudam a prevenir a doença. Veja:

 

Lave sempre as mãos. Elas são a principal porta de entrada para muitas doenças

Não compartilhe itens de uso pessoal com outras pessoas, como cigarro, copos ou escovas de dente

Permaneça sempre saudável, com sistema imunológico funcionando corretamente

Ao tossir ou espirrar, cubra a boca

fontes e referências

Revisado por: André Felício, neurologista- CRM: 109665

Ministério da Saúde

Sociedade Brasileira de Neuropsicologia

 

Após reclamações de alguns moradores, a secretaria de saúde de Itaguaí emite nota

A Secretaria Municipal de Saúde vem a público esclarecer à população em relação às notícias publicadas sobre meningite em nosso Município.

1- A meningite é a inflamação das meninges, que são as membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por meningococos, estreptococos, pneumococos, estafilococos e outros microrganismos.

2- A meningite meningocócica, ou doença meningocócica, é uma doença aguda. Seu início é súbito, e os sintomas nas crianças maiores e adultos são os seguintes: febre, dor de cabeça, náuseas e vômitos com jatos, rigidez na nuca. Nas crianças menores nota-se irritação, choro constante e abaulamento da fontanela (moleira alta).

3- A PRIMEIRA COISA A FAZER É PROCURAR UM MÉDICO, NA UNIDADE PRÓXIMA DE SUA RESIDÊNCIA. NÃO SE DEVE PERDER TEMPO. É importante diagnosticar a doença o mais rápido possível e iniciar o tratamento imediatamente. Quanto mais cedo, maiores as chances de cura. A grande maioria dos casos tem cura sem deixar sequelas.

4- O meningococos vive no nariz e na garganta das pessoas. A doença é transmitida principalmente pelos portadores assintomáticos, que representam parte importante da população.

5- A transmissão direta pode ser através de um contato intimo, como beijo, ou através de secreções expelidas pela fala, tosse ou espirro.

6- A transmissão indireta, por intermédio do ar ou de objetos, praticamente não existe. O meningococos não resiste à humidade, ao oxigênio e às mudanças de temperatura, e não sobrevive mais do que alguns minutos fora do organismo. Por isso, não é necessário desinfetar ou interditar o local. Sendo suficiente mantê-lo arejado.

7- Quando surge um caso de meningite meningocócica a Secretaria de Saúde fornece medicamentos contra o meningococos às pessoas que convivem com o doente, já que elas podem ser portadoras assintomáticas. Não há necessidade de dar medicamento a toda a população.

8- A meningite meningocócica é contagiosa e pode causar epidemias. Mas, a princípio, é uma doença endêmica, isto é, sempre existem casos. Só que o número de casos é maior durante o inverno e o início da primavera.

9- O fato de ocorrer um caso de meningite numa escola, não quer dizer que o transmissor foi um aluno. Pode ter sido qualquer pessoa que teve contato com o doente. Quando houver um caso de meningite na escola, deve-se agir da seguinte maneira:

  • Não há necessidade de fechar a escola, suspender as aulas, nem interromper outras atividades do dia a dia.
  • É fundamental evitar o pânico entre os professores, alunos, pais e responsáveis. E solicitar a presença de um profissional de saúde para esclarecimentos necessários.

10- A secretaria de Saúde acompanha diariamente e com estrita vigilância a evolução e distribuição de casos de meningite no Estado e no Município estando preparada para adotar as providencias necessárias, caso o quadro de ocorrências da doença assim o exija.

  • Não há surto de meningite em nosso Município.
  • A vacina só é necessária em casos em casos de epidemia ou surtos, o que não ocorre em Itaguaí.
  • O bloqueio dos contatos se faz com medicamentos e não com vacinas.
  • Os medicamento quando necessários são fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde, obedecendo e critérios técnicos.
  • Após o último caso (início de outubro/2015) de meningite, não apareceram novos casos, o que mostra a eficácia das condutas adotadas.

Você sabe o que é a Febre Zika, muito confundida com a Dengue?

Doença teria aportado no Brasil ainda na Copa do Mundo em 2014. Aedes aegypti é o mosquito responsável pela transmissão e doença é mais branda que a Dengue

 

Sinônimos: zika vírus

Febre Zika é uma infecção causada pelo vírus ZIKV, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue da febre chikungunya. O vírus Zika teve sua primeira aparição registrada em 1947, quando foi encontrado em macacos da Floresta Zika, em Uganda. Entretanto, somente em 1954 os primeiros seres humanos foram contaminados, na Nigéria. O vírus Zika atingiu a Oceania em 2007 e a França no ano de 2013. O Brasil notificou os primeiros casos de vírus Zika em 2015, no Rio Grande do Norte e na Bahia.

Apesar de a doença ter chegado ao Brasil, ela não é uma preocupação tão grande quanto a dengue, uma vez que seus sintomas são brandos e duram pouco tempo. Os maiores incômodos são febre é baixa, coceira e comichão na pele, além de manchas avermelhadas. É necessário, contudo, ficar atento com as contaminações combinadas – dengue, febre chikungunya e Zika vírus – uma vez que os efeitos dessas infecções em conjunto ainda não são conhecidos.

Causas

O vírus ZIKV não é transmitido de pessoa para pessoa. O contágio se dá pelo mosquito que, após picar alguém contaminado, pode transportar o ZIKV durante toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele.

O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de 3 a 12 dias para o vírus Zika causar sintomas.

A transmissão do ZIKV raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C – por isso ele se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desenvolve. É importante lembrar que os ovos que carregam o embrião do mosquito transmissor da febre Zika podem suportar até um ano a seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes e esperando um ambiente úmido para se desenvolverem. Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a fase adulta, o inseto demora dez dias, em média. Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.

O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte. No entanto, mesmo nas horas quentes ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento. Por ser um mosquito que voa baixo – até dois metros – é comum ele picar nos joelhos, panturrilhas e pés.

 Sintomas

Os sinais de infecção pelo vírus Zika são parecidos com os sintomas da dengue, e começam de 3 a 12 dias após a picada do mosquito. Os sintomas de febre Zika são:

Febre baixa (entre 37,8 e 38,5 graus)

Dor nas articulações (artralgia), mais frequentemente nas articulações das mãos e pés, com possível inchaço

Dor muscular (mialgia)

Dor de cabeça e atrás dos olhos

Erupções cutâneas (exantemas), acompanhadas de coceira. Podem afetar o rosto, o tronco e alcançar membros periféricos, como mãos e pés.

 

Olhos vermelhos semelhantes a Conjuntivite e marcas avermelhadas na pele que causam coceiras podem fazer parte dos sintomas

Olhos vermelhos semelhantes a Conjuntivite e marcas avermelhadas na pele que causam coceiras podem fazer parte dos sintomas

Sintomas mais raros de infecção pelo vírus Zika incluem:

Dor abdominal

Diarreia

Constipação

Fotofobia e conjuntivite

Pequenas úlceras na mucosa oral.

 

Diagnóstico de Febre Zika

Se você suspeita de febre Chikungunya, vá direto ao hospital ou clínica de saúde mais próxima. O diagnóstico deverá ser feito por meio de análise clínica e exame sorológico (de sangue).

A partir de uma amostra de sangue, os especialistas buscam a presença de anticorpos específicos para combater o vírus Zíka no sangue. Isso indicará que a doença está circulando pelo seu corpo e que o organismo está tentando combatê-lo. A técnica RT-PCR, de biologia molecular, também pode ser usada para identificar o vírus em estágios precoces de contaminação.

Para diferenciar o vírus Zika da febre chikungunya e da dengue, outros exames podem ser feitos:

Testes de coagulação

Eletrólitos

Hematócrito

Enzimas do fígado

Contagem de plaquetas

Raio X do tórax para demonstrar efusões pleurais.

 

Tratamento de Febre Zika

O tratamento para o vírus Zika é sintomático. Isso que dizer que não há tratamento específico para a doença, só para alívio dos sintomas. Para limitar a transmissão do vírus, os pacientes devem ser mantidos sob mosquiteiros durante o estado febril, evitando que algum Aedes aegypti o pique, ficando também  infectado.

 

Sete dicas seguras para baixar a febre

Pacientes afetados com a febre Zika podem usar medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos. Entretanto, assim como na dengue e febre chikungunya, os medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou que contenham a substância associada devem ser evitados. Eles têm efeito anticoagulante e podem causar sangramentos. Outros anti-inflamatórios não hormonais (diclofenaco, ibuprofeno e piroxicam) também devem ser evitados. O uso destas medicações pode aumentar o risco de sangramentos.

Os sintomas se recuperam espontaneamente após 4-7 dias. Se você sentir incômodo por mais tempo, volte ao médico para investigar outras doenças.

Prevenção

O mosquito Aedes aegypti é o transmissor do vírus e suas larvas nascem e se criam em água parada. Por isso, evitar esses focos da reprodução desse vetor é a melhor forma de se prevenir contra o vírus Zika. Veja como:

Evite o acúmulo de água

O mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente potável. Por isso é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à formação de poças, realizar a drenagem do terreno. Também é necessário lavar a vasilha de água do bicho de estimação regularmente e manter fechadas tampas de caixas d’água e cisternas.

Coloque areia nos vasos de plantas

O uso de pratos nos vasos de plantas pode gerar acúmulo de água. Há três alternativas: eliminar esse prato, lavá-lo regularmente ou colocar areia. A areia conserva a umidade e ao mesmo tempo evita que e o prato se torne um criadouro de mosquitos.

Ralos pequenos de cozinhas e banheiros raramente tornam-se foco de febre Zika devido ao constante uso de produtos químicos, como xampu, sabão e água sanitária. Entretanto, alguns ralos são rasos e conservam água estagnada em seu interior. Nesse caso, o ideal é que ele seja fechado com uma tela ou que seja higienizado com desinfetante regularmente.

Limpe as calhas

Grandes reservatórios, como caixas d’água, são os criadouros mais produtivos de febre Zika, mas as larvas do mosquito podem ser encontradas em pequenas quantidades de água também. Para evitar até essas pequenas poças, calhas e canos devem ser checados todos os meses, pois um leve entupimento pode criar reservatórios ideais para o desenvolvimento do Aedes aegypti.

Coloque tela nas janelas

Embora não seja tão eficaz, uma vez que as pessoas não ficam o dia inteiro em casa, colocar telas em portas e janelas pode ajudar a proteger sua família contra o mosquito Aedes aegypti. O problema é quando o criadouro está localizado dentro da residência. Nesse caso, a estratégia não será bem sucedida. Por isso, não se esqueça de que a eliminação dos focos da doença é a maneira mais eficaz de proteção.

Lagos caseiros e aquários

Assim como as piscinas, a possibilidade de laguinhos caseiros e aquários se tornarem foco do vírus Zika deixou muitas pessoas preocupadas. Porém, peixes são grandes predadores de formas aquáticas de mosquitos. O cuidado maior deve ser dado, portanto, às piscinas que não são limpas com frequência.

Seja consciente com seu lixo

Não despeje lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos. Assim você garante que eles ficarão desobstruídos, evitando acúmulo e até mesmo enchentes. Em casa, deixe as latas de lixo sempre bem tampadas.

Uso de repelentes

O uso de repelentes, principalmente em viagens ou em locais com muitos mosquitos, é um método paliativo para se proteger contra o vírus Zika. Recomenda-se, porém, o uso de produtos industrializados. Repelentes caseiros, como andiroba, cravo-da-índia, citronela e óleo de soja não possuem grau de repelência forte o suficiente para manter o mosquito longe por muito tempo. Além disso, a duração e a eficácia do produto são temporárias, sendo necessária diversas reaplicações ao longo do dia, o que muitas pessoas não costumam fazer.

Suplementação vitamínica do complexo B

Tomar suplementos de vitaminas do complexo B pode mudar o odor que nosso organismo exala, confundindo o mosquito e funcionando como uma espécie de repelente. Outros alimentos de cheiro forte, como o alho, também podem ter esse efeito. No entanto, a suplementação deveria começar a ser feita antes da alta temporada de infecção do mosquito, e nem isso garante 100% de proteção contra o vírus Zika. A estratégia deve se somar ao combate de focos da larva do mosquito, ao uso do repelente e à colocação de telas em portas e janelas, por exemplo.

 Fontes e referências

Sociedade Brasileira de Infectologia – entidade sem fins lucrativos que visa promover o desenvolvimento da especialidade de Infectologia, bem como os intercâmbios científico, técnico, cultural e social entre seus associados e profissionais da área.

Centro Europeu para Controle e Prevenção de Doenças – organização da União Europeia cujo objetivo é identificar as ameaças para a saúde humana tanto atuais como em vias de aparecimento.