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Comissão ouve testemunhas em processo contra irregularidades em contratação de empresa de coleta de lixo em Itaguaí

Processo pode cassar o mandato de prefeito e vice-prefeito de Itaguaí

Durante a manhã e a tarde de ontem (17/06) a Comissão Especial Processante (CEP 001/2020) ouviu testemunhas através de videoconferência.

A CEP, que apura irregularidades na contratação de empresa de coleta de lixo pela Prefeitura Municipal de Itaguaí, tem como denunciados o prefeito Carlo Busatto Junior, o Charlinho (MDB), e o vice Abeilard Goulart de Souza Filho, o Abelardinho sem partido.

As oitivas foram realizadas em dois turnos: entre 10h e meio-dia e em 13h30 em diante. Já foram ouvidas duas testemunhas. Três das cinco testemunhas que haviam sido apresentadas pelo advogado de defesa foram dispensadas pelo mesmo.

Por volta das 13h a Comissão recebeu um e-mail do advogado de defesa relatando falta de energia elétrica no condomínio onde reside, impossibilitando seu acesso ao link disponibilizado pela CMI. No e-mail o advogado relatava o acontecido e solicitava que a oitiva fosse novamente adiada para que os indiciados pudessem ser ouvidos pela Comissão. Após pedido do advogado de defesa a comissão se reuniu e decidiu por acatar o pedido.

Os novos depoimentos foram remarcados para a próxima segunda-feira (22), a partir das 13h30. Por livre escolha de data, na terça (23) e quarta-feira (24) os depoimentos esperados são do Prefeito Charlinho e do vice Abelardinho.

Fonte: Câmara Municipal de Itaguaí

Comissão especial das UPAS é instalada na ALERJ

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) instalou, nesta quinta-feira (08/03), uma Comissão Especial para acompanhar e discutir as condições das Unidades de Pronto Atendimento 24 Horas (UPA), em função da crise econômica vivida no estado. Os deputados Zaqueu Teixeira (PDT) e Geraldo Pudim (MDB) serão, respectivamente, presidente e vice-presidente do grupo. A relatoria ficará com Gilberto Palmares (PT).“Diante da situação de penúria e tantas denúncias de falta de atendimento, é necessária a apuração do que acontece nas unidades. Vamos fazer visitas técnicas, conversar com funcionários e pacientes para tentar apontar caminhos para a melhoria dos serviços”, afirmou o presidente. Também esteve presente o deputado Wanderson Nogueira (PSol), que integrará o grupo.


                                                    Comissão Especial da ALERJ reunida

 

UPA Itaguaí

Entre as UPAS a serem investigadas possivelmente estará a de Itaguaí, fechada desde outubro de 2016 e que mesmo recebendo verbas de emendas parlamentares da bancada federal, com valores que ultrapassaram três milhões e meio de reais, a unidade permanece fechada. A UPA Itaguaí fazia cerca 120 mil atendimentos por mês em especial para casos de urgência.


  Funcionários da UPA Itaguaí realizaram protesto contra o fechamento da Unidade de Saúde em 2016

 


Deputado Alexandre Valle entrega cheque de 2 milhões para UPA de Itaguaí

 Verbas de R$ 900 mil mensais podem reabrir UPA de Itaguaí

Funcionários da UPA Itaguaí realizam protesto contra o fechamento da Unidade de Saúde

 

Comissão de Educação da Alerj lança Manifesto em Defesa das Universidades Públicas Estaduais

Governos federal e estadual querem menos educação no Estado e sonham em “enterrar” o ensino superior no Rio

Um dia depois da sugestão da Secretaria do Tesouro Nacional para que o estado do Rio de Janeiro “reveja a oferta de ensino superior”, como uma forma de contribuir para a recuperação fiscal do estado, a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) lançou nesta quarta-feira (6), no plenário do Casa, um Manifesto em Defesa das Universidades Públicas Estaduais. O documento é assinado pelo presidente do Colegiado, deputado Comte Bittencourt, e mais 14 parlamentares.

“O Rio de Janeiro tem tradição na qualidade de seu Ensino Superior. Não podemos condenar o estado ao empobrecimento de conhecimento”, afirma o presidente do Colegiado, deputado Comte Bittencourt.

 

 

Parecer do Ministério da Fazenda sugere fim da Uerj

Parecer da Subsecretaria de Relações Financeiras Intergovernamentais, vinculado ao Ministério da Fazenda, e divulgado nesta terça-feira (5), sugere “a revisão da tarefa do ensino superior” — o que atinge diretamente a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) –, caso o Estado falhe em colocar em prática alguma das medidas de ajuste já acordadas no Regime de Recuperação do Rio de Janeiro. O documento não cita a Uerj, mas os técnicos do governo admitem que a universidade seria uma opção.

Um dos trechos do documento assinado por Ana Paula Vescovi, secretária do Tesouro Nacional, recomenda que o Rio adote cinco medidas adicionais para normalizar sua situação financeira, e assim “aumentar as suas chances de atingir o equilíbrio fiscal”. Sugere também “reforma do regime jurídico único de servidores” e “demissão de comissionados e servidores ativos”.

“Está muito claro isso, o único setor que é colocado em destaque é o ensino superior. É um ataque a universidade pública do estado do Rio por parte do nosso executivo. A secretária sugere essa revisão de tarefa do ensino superior que é um eufemismo para tentar acabar com a Uerj, a universidade, que mesmo sem recurso, é uma das melhores do país”, disse a professora do Instituto de Letras, Giovana Dealtry, completando: “Acabamos de voltar as aulas depois de todo esse período parado sem receber, e esse é tipo de ataque que a gente sofre. O nosso executivo decidiu que a educação é que o problema, a educação é que é cara. O que fazemos nos últimos dois anos é resistir, e vamos continuar resistindo”.

Entretanto, essas recomendações não precisam ser adotadas pelo governo do estado.

Em nota, professores e estudantes mobilizados pela hashtag #UerjResiste nas redes sociais, afirmaram que “quem acompanhou toda a tramitação do Acordo vai lembrar que o Governo Federal tem insistido em algumas dessas medidas, muito embora [Luiz Fernando] Pezão e [Michel] Temer não tenham conseguido apoio dos deputados para aprová-las. A novidade é que, pela primeira vez, o Governo Federal coloca no papel sua intenção de extinguir a Uerj e as demais universidades estaduais do Rio”.

Fonte: JB

Comissão federal e dois vereadores de Itaguaí visitam Porto

Objetivo é encaminhar as demandas do local aos órgãos competentes

Na manhã desta sexta-feira  (30), a Comissão de Viação e Transportes da Câmara Federal,representada pelos Deputados Altineu Cortes,Wilson Bezerra e Alexandre Valle, visitaram o Porto de Itaguaí e o Porto Sudeste.

A visita foi acompanhada ainda pelo Presidente da CDRJ,diretores da CDRJ,o Diretor do Tecon Marcos Cunha e pelos Vereadores de Itaguai Andre Amorim e ProfWillian Cezar.

O objetivo da visita é,além de conhecer a operação portuária e logística,levantar as demandas para que haja encaminhamentos aos órgãos competentes no auxílio as empresas e trabalhadores.

Governo Charlinho cria comissão para rever plano de cargos de servidores da educação

Após inúmeros prejuízos ao funcionalismo desde 2016, tal comissão soa como negativa

A prefeitura municipal de Itaguaí, criou na edição do jornal oficial de número 564, uma comissão coordenadora para participar no processo de revisão, adequação e gestão do plano de carreira e remuneração dos profissionais da educação da cidade. A portaria 0890 de 12 de maio de 2017, nomeou 08 pessoas para compor tal comissão. O curioso, é que dos 08 membros, 6 são do governo,entre eles a secretária e a sub secretária de educação, um é diretor de unidade escolar (cargo de confiança de qualquer governo e diretamente subordinado à educação) e apenas um representante dos profissionais da educação.

Tal revisão, não abre sequer um diálogo com a categoria e muito menos com o sindicato que representa os educadores da cidade. Afinal, qualquer revisão deveria passar pelo Sepe, pois é o sindicato que representa os profissionais. Além disso, essa comissão precisa conter um professor sindicalista, como manda a lei orgânica de Itaguaí em seu artigo 226.

Essa comissão, pode representar um grande prejuízo aos educadores, que são exemplo em uma cidade que vive dias de claras e intencionais ações que punem servidores de forma habitual. O governo deve também se preocupar em quitar o que deve aos profissionais e saber que dialogar com a categoria é sinal de avanço na democracia municipal. Algo nulo até aqui. Resta saber até onde vai essa nova decisão da prefeitura e como será a repercussão em possíveis decisões futuras.

Cabe lembrar que comissão parecida também foi criada em 2016, ainda ni governo Weslei. Na ocasião, nenhuma mudança ocorreu na lei do plano.

Entramos em contato com o sindicato dos educadores, mas não tivemos retorno até o momento…

O governo atual de Itaguaí, já retirou vários direitos dos educadores, como a migração de regime de trabalho em 40 horas, cortou salários de grevistas (mesmo tendo decisões judiciais proibindo tais descontos), além de exigir dos profissionais da educação reposição de aulas mesmo sem um debate sobre e antes de quitar todos os atrasados salariais com a categoria (motivos da greve que se encerrou em março).

As unidades de ensino da cidade, sofrem com condições precárias tanto estruturais como falta de profissionais.

 

 

Câmara vota relatório do impeachment hoje

O Brasil viverá mais uma data histórica neste domingo, 17, quando a Câmara dos Deputados votará o relatório da comissão especial, que é favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Se 342 dos 513 parlamentares se manifestarem a favor do processo, ele seguirá para o Senado. Caso o número não seja alcançado, o processo será arquivado. Nesta sexta-feira, 15, levantamentos davam conta de que, pelo menos, 336 deputados já haviam aberto o voto favorável. O governo, no entanto, acredita no arquivamento.

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Se o processo chegar ao Senado, uma comissão será criada e seus integrantes terão prazo de 10 dias para emitir um parecer, que será levado a votação em plenário. A contabilidade indica que já há votos suficientes para dar prosseguimento ao impedimento da presidente petista. Levantamento junto aos senadores aponta 44 favoráveis ao impeachment, 18 contrários e 19 indecisos. O número supera a maioria simples da Casa (41 senadores) e determinaria o afastamento de Dilma Rousseff por 180 dias. A votação final, para destituir a presidente, requer dois terços do Senado, ou seja, pelo menos 54 parlamentares. Em qualquer das votações, se o número de votos não for atingido, estará extinto o processo.

 

Caso a maioria simples no Senado seja obtida, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumirá o cargo com o afastamento da titular. A votação decisiva será comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Em caso de absolvição, Dilma reassume o mandato de imediato. Porém, se for condenada, é automaticamente destituída e o vice, Michel Temer, responderá pela presidência da República até o final do mandato. Dilma Roussef, neste cenário, fica oito anos sem poder exercer cargos públicos.

 

VENÂNCIO – Venâncio-airenses favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff prometem protestar pelas ruas da cidade neste domingo. Inicialmente chegou a ser cogitada a instalação de um telão nas proximidades da Praça Evangélica, para acompanhamento dos votos dos deputados federais. Mais tarde, porém, o produtor rural Edson Bayard, um dos organizadores da mobilização, afirmou que os simpatizantes da iniciativa farão passeata pela região central. A Brigada Militar já anunciou que vai reforçar o policiamento.

 

MOBILIZAÇÃO – A forte pressão popular para que os deputados federais dêem continuidade ao processo contra a presidente da República preocupa demais o governo. Ontem à noite, a presidente Dilma Rousseff faria pronunciamento em rede nacional para se defender. A aparição ocorreu após o fechamento desta edição, por volta das 21h. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou um vídeo na tentativa de convencer os parlamentares a não participarem do que classifica como ‘um golpe ao governo da presidente Dilma’. Cada um com suas convicções, o certo é que Brasília vai, de fato, tremer a partir das 14h deste domingo.

 

 

 

Por que Dilma está sofrendo processo de impeachment?

 

Autor do parecer do impeachment de Dilma Rousseff, o deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO) considerou que há indícios de crime de responsabilidade com base em dois aspectos: primeiro, a emissão, pela presidenta, de seis decretos de crédito suplementar em 2015; e, ainda, pedalada fiscal (operação de crédito que considera irregular) naquele mesmo ano. Acusações da Operação Lava Jato e as pedaladas fiscais não fazem parte do relatório do deputado, mas ele sugeriu que o Senado pode decidir incluí-las no processo. O governo contesta. A pedalada fiscal é considerada operação atípica, não prevista na legislação, utilizada para ‘maquiar’ o resultado das contas públicas.

 

 

 

Por que Collor sofreu processo de impeachment em 1992?

 

Fernando Collor de Melo foi eleito presidente nas eleições de 1989, as primeiras eleições diretas desde 1960. Derrotou candidatos como Luiz Inácio Lula da Silva, Leonel Brizola e Mário Covas. Seu partido, o Partido da Reconstrução Nacional (PRN), era um ‘nanico’ frente a diversos outros surgidos com a redemocratização do país, como o PMDB, o PT, o PSDB e o PDS. O governo Collor foi iniciado em março de 1990. Logo de cara estabeleceu medidas econômicas radicais para tentar combater um dos principais problemas da economia do país: a inflação, que na época chegava a surreais 1.700% ao ano (para efeito de comparação, nos últimos anos ela não passou dos 7% ao ano). A principal dessas medidas foi o confisco das poupanças por um período de 18 meses, medida estabelecida por meio de medida provisória. A ideia era diminuir a quantidade de moeda em circulação e, desse modo, preservar seu poder de compra.

A estratégia não deu certo, já que a inflação continuou um problema ao longo de todo o governo, o que deixou a população completamente insatisfeita. Ainda por cima, já em 1991 surgiram denúncias de corrupção envolvendo pessoas próximas a Collor, como a sua esposa, Rosane Collor. Em maio de 1992 estourou a denúncia que levaria o governo Collor a um fim prematuro. O irmão do presidente, Pedro Collor, concedeu entrevista à revista Veja acusando-o de manter uma sociedade com o empresário Paulo César Farias, tesoureiro de campanha de Collor. Segundo Pedro, o tesoureiro seria ‘testa de ferro’ do presidente em negociações espúrias, ou seja, aquela pessoa que faz a intermediação de transações financeiras fraudulentas, a fim de ocultar a identidade de quem realmente as contrata.

Em junho de 1992, o Congresso instaurou uma CPI só para tratar das atividades de PC Farias. Com o desenrolar dos trabalhos da comissão, as acusações de Pedro Collor foram ganhando substância, com muitas provas de transações ilícitas ligando PC Farias a Collor. Foi nesse contexto que surgiram os caras-pintadas, um movimento essencialmente estudantil, promovido principalmente pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e pela União Brasileira dos Secundaristas (UBES). O movimento tinha um objetivo bem claro: remover o presidente do poder. Em agosto de 1992, começam a ser feitas grandes passeatas, reunindo inicialmente 10 mil pessoas, depois 30 mil, até chegar à marca de 400 mil pessoas em uma passeata em São Paulo, no dia 25 de agosto.

Uma das manifestações mais marcantes ocorreu no dia 16 de agosto daquele ano, dois dias depois de Collor aparecer em cadeia nacional para pedir que o povo fosse às ruas de verde e amarelo para defender seu governo. Não colou: os manifestantes apareceram de preto, em sinal de luto pelos escândalos de corrupção do governo. O movimento foi marcado pelo apartidarismo, demonstrando que os partidos existentes não davam conta de atender às reivindicações da população. As manifestações continuaram a crescer no mês de setembro, quando um pedido de impeachment foi elaborado e entregue à Câmara dos Deputados. No dia 29 de setembro, a Câmara aprovou o pedido por ampla maioria e o processo foi aberto. Naquele dia, estima-se que milhões de pessoas haviam aderido ao movimento dos caras-pintadas, saindo às ruas com o rosto pintado de verde e amarelo para pedir a saída do presidente.

Com a abertura do processo de impeachment, Collor foi imediatamente afastado do cargo. Nesse meio tempo, assumiu o vice-presidente, Itamar Franco, enquanto o Senado apurava se Collor havia cometido um crime de responsabilidade. O processo correu até o final do ano (lembrando que ele pode durar até 180 dias, ou mesmo mais tempo). Com a condenação iminente no Senado, Collor resolveu renunciar ao cargo, no dia 29 de dezembro, para evitar ficar inelegível nos oito anos seguintes. Mesmo com a renúncia, o Congresso votou a favor da perda dos direitos politicos do ex-presidente, afastando-o de cargos políticos pelo resto da década.

Fonte: http://www.politize.com.br/

 

CALENDÁRIO

 

2 DE DEZEMBRO – Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), acolhe pedido de impeachment. Seis dias depois, comissão é instalada, mas acaba anulada pelo STF no dia 18 de dezembro.

 

17 DE MARÇO – Câmara instala nova comissão que analisa a denúncia contra a presidente Dilma Rousseff. Presidente e relator são escolhidos.

 

4  DE ABRIL – Advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, apresenta defesa no último dia do prazo.

 

6 DE ABRIL – Leitura de parecer do relator que pede abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

 

11 DE ABRIL – Votação do parecer na comissão aprova relatório favorável ao impeachment.

 

15 DE ABRIL – Sessão de análise do processo de impeachment começa no plenário da Câmara.

 

16 DE ABRIL – Sessão de análise do processo continua com debate entre parlamentares.

 

17 DE ABRIL – Votação do processo de impeachment no plenário da Câmara dos Deputados.

 

19 DE ABRIL – Se aprovado, em até dois dias chega ao Senado, que monta comissão especial. Ainda não há calendário definido, mas, no impeachment de Collor, foram necessários 13 dias para que o parecer fosse a votação no plenário.

 

INÍCIO DE MAIO – Caso o parecer seja aprovado, é instaurado o processo e Dilma é afastada por 180 dias. A partir daí, começa o julgamento.

 

Comissão aprova parecer e impeachment chega ao capítulo final na Câmara: Entenda o que acontece agora

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Com já esperada derrota da presidente Dilma Rousseff na votação da Comissão Especial, ocorrida na noite desta segunda-feira, o trâmite do impeachment chega à sua reta final na Câmara dos Deputados.

Bem menos previsível, porém, será o último – e mais importante – momento na Casa, que deve ter início na sexta-feira: a sessão em que os deputados enfim decidirão se autorizam a abertura do processo contra a petista.

As discussões na comissão, que por 38 votos a 27 emitiu parecer recomendando o afastamento de Dilma, foram bastante longas – começaram na sexta, avançaram pela madrugada, foram interrompidas no fim de semana e só concluídas nesta noite. E as perspectivas são de que o debate no plenário seja ainda mais longo.

No pedido de afastamento, a presidente é acusada de crimes de responsabilidade no mandato passado, com as “pedaladas fiscais”, e no atual, com o prosseguimento das manobras e a assinatura de decretos de abertura de crédito sem autorização do Congresso, além de improbidade administrativa por omissão no caso de corrupção na Petrobras.

Ao aceitar a peça assinada pelos juristas Janaína Paschoal, Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr., o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu apenas parte das denúncias. Logo, o que a Câmara avalia concretamente é se houve crime nas contas em 2015.

Na defesa da presidente, o ministro José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União) afirmou que afastá-la por causa das “pedaladas fiscais” seria um “golpe” à Constituição. “Não há impeachment no sistema presidencialista sem situação de gravidade extrema”, argumentou.

Cardozo disse também que os decretos de abertura de crédito não elevaram os gastos do governo – segundo ele, houve apenas um remanejamento de despesas.

Nesta segunda-feira, ao falar perante a Comissão Especial, o ministro da AGU sinalizou que o governo deve questionar no Supremo Tribunal Federal a legalidade do processo de impeachment.

Entenda, a seguir, o que ocorre agora:

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Quando deve ocorrer a votação no plenário?

Votado nesta segunda-feira, o parecer deve ser lido nesta terça no plenário da Câmara e publicado no dia seguinte.

A partir daí, ele precisa ser inserido em até 48 horas na ordem do dia da próxima sessão.

Espera-se que, com isso, o debate em plenário seja iniciado na sexta-feira, e que a votação prossiga até o domingo.

Diante da turbulência que vem por aí, a Câmara até já mandou restringir o acesso a seu prédio entre a quinta e o próximo dia 21: só pessoas credenciadas poderão entrar.

Como vai ser a votação no plenário?

Para quem tiver a intenção de assistir a tudo, a recomendação é se preparar para passar o dia (e talvez noite) na frente da TV.

Isso porque, além dos debates que irão preceder a votação em si, a Constituição prevê que os votos sejam nominais, ou seja, que todos os deputados profiram os seus individualmente.

Numa Casa formada por 513 integrantes, isso tudo requer bastante tempo.

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Quantos votos serão necessários para o processo avançar?

Para que o impeachment avance, são necessários 342 votos a favor da continuidade do processo.

Isso significa que dois terços do total de 513 deputados terão de decidir que Dilma cometeu crime de responsabilidade.

Além dos votos contrários ao impeachment, ausências e abstenções também contam em favor da presidente.

Dilma pode ser afastada após a decisão da Câmara?

Não. Caso os deputados decidam pelo avanço do processo, a tramitação será remetida ao Senado.

Dilma só seria afastada se o plenário decidir, por maioria simples (ao menos 41 dos 81 votos), dar início ao processo autorizado pela Câmara.

Se isso ocorrer, a presidente teria de sair temporariamente do cargo, por até 180 dias, enquanto esperaria o julgamento final pelos senadores. Enquanto isso o vice, Michel Temer (PMDB) assumiria a cadeira.

Caso o Senado não concluísse o processo nesse prazo, Dilma reassumiria e aguardaria a votação no exercício do mandato.

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Como seria o julgamento pelo Senado?

O procedimento não é chamado de julgamento à toa: a Constituição estabelece que o presidente do Supremo Tribunal Federal deve comandar a sessão no Senado. Além disso, há protocolos como discursos da acusação e da defesa, assim como ocorre em um júri comum.

Segundo a Carta Magna, o presidente do STF deve fazer um relatório resumido da denúncia, das provas apresentadas pela acusação e da defesa antes que os senadores votem nominalmente – com direito a discurso, assim como ocorre na Câmara.

Seriam necessários os votos de no mínimo dois terços da Casa, ou 54 senadores, para que Dilma perdesse definitivamente o mandato.

Como resultado desse desfecho, o vice ocuparia o cargo até o fim do mandato e ela ficaria inelegível por oito anos.

Se o impeachment não recebesse os votos necessários, a presidente seria absolvida e retomaria suas funções.

Fonte: BBC Brasil

Câmara instaura comissão especial para votar processo de impeachment

Dilma terá o prazo de dez sessões do Plenário para enviar sua defesa à comissão

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou na tarde desta quinta-feira (17) que está instaurada a Comissão Especial que vai analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O plenário da Casa aprovou, por 433 votos a 1, a lista com as indicações dos líderes partidários para a composição da comissão especial. O voto contrário foi o do deputado José Airton (PT-CE).

O pedido de impeachment por suposto crime de responsabilidade foi apresentado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal e aceito pelo presidente da Câmara no dia 4 de dezembro do ano passado. No pedido, os autores argumentam que Dilma ofendeu a lei orçamentária, nos anos de 2014 e 2015, ao ter autorizado a abertura de créditos orçamentários, ampliando os gastos públicos, incompatíveis com a obtenção da meta de resultado primário prevista nas leis de diretrizes orçamentárias (LDO) dos dois anos.

Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) paralisou o andamento do processo, depois de uma ação que contestou alguns pontos estabelecidos por Eduardo Cunha para a formação da comissão especial do impeachment. O presidente da Câmara ainda entrou com recurso para contestar o rito definido pelo Supremo, mas nesta quarta-feira (16) a Corte Suprema reiterou sua decisão, ratificando todos os termos da tramitação.

Entre eles está o da votação aberta para a escolha da lista da comissão e a decisão do Senado se inicia ou não o julgamento caso o processo seja autorizado pela Câmara por 2/3 de seus membros (342 votos). 

A partir de agora, a Comissão Especial comunicará à presidente da República o início da análise e ela terá o prazo de dez sessões do Plenário para enviar sua defesa à comissão.

Às 19h desta quinta-feira, Eduardo Cunha se reúne com a comissão para eleição do presidente e relator do pedido. Às 18 horas, haverá reunião de líderes para discutir os procedimentos de funcionamento da comissão. A Ordem do Dia do Plenário foi encerrada.

Veja a lista dos integrantes da comissão:

PMDB

Titulares (8)

João Marcelo Souza (MA)

Leonardo Quintão (MG)

Leonardo Picciani (RS)

Lúcio Vieira Lima (BA)

Mauro Mariani (SC)

Osmar Terra (RS)

Valternir Pereira (MT)

Washington Reis (RJ)

Suplentes (8)

Alberto Filho (MA)

Carlos Marun (MS)

Elcione Barbalho (PA)

Hildo Rocha (MA)

Lelo Coimbra (ES)

Manoel Junior (PB)

Marx Beltrâo (AL)

Vitor Valim (CE)

 

PTB

Titulares (3)

Benito Gama (BA)

Jovair Arantes (GO)

Luiz Carlos Busato (RS)

Suplentes (3)

Arnaldo Faria de Sá (SP)

Paes Landim (PI)

Pedro Fernandes (MA)

DEM

Titulares (3)

Elmar Nascimento (BA)

Mendonça Filho (PE)

Rodrigo Maia (RJ)

Suplentes (3)

Francisco Floriano (PR-RJ)

Mandetta (MS)

Moroni Torgan (CE)

PRB

Titulares (2)

Jhonatan de Jesus (RR)

Marcelo Squassoni (SP)

Suplentes (2)

Cleber Verde (MA)

Ronaldio Marins (CE)

PSC

Titulares (2)

Eduardo Bolsonaro (SP)

Marco Feliciano (SP)

Suplentes (2)

Irmão Lazaro (BA)

Professor Victório Galli (MT)

SD

Titulares (2)

Fernando Francischini (PR)

Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força (SP)

Suplentes (2)

Genecias Noronha (CE)

Laudivio Carvalho (MG)

PEN

Titular (1)

Junior Marreca (MA)

Suplente (1)

Erivelton Santana (PSC-BA)

PHS

Titular (1)

Marcelo Aro (MG)

Suplente (1)

Pastor Eurico (PE)

PTN

Titular (1)

Bacelar (BA)

Suplente (1)

Aluisio Mendes (MA)

PT

Titulares (8)

Arlindo Chinaglia (SP)

Henrique Fontana (RS)

José Mentor (SP)

Paulo Teixeira (SP)

Pepe Vargas (RS)

Vicente Candido (SP)

Wadih Damous (RJ)

Zé Geraldo (PA)

Suplentes (8)

Benedita da Silva (RJ)

Bohn Gass (RS)

Carlos Zaratini (SP)

Luiz Sérgio (RJ)

Padre João (MG)

Paulo Pimenta (RS)

Valmir Assunção (BA)

Assis Carvalho (PI)

PR

Titulares (4)

Edio Lopes (RR)

José Rocha (BA)

Maurício Quintella Lessa (AL)

Zenaide Maia (RN)

Suplentes (4)

Aelton Freitas (MG)

Gorete Pereira (CE)

João Carlos Bacelar (BA)

Wellington Roberto (PB)

 

PSD

Titulares (4)

Júlio Cesar (PI)

Marcos Montes (MG)

Paulo Magalhães (BA)

Rogério Rosso (DF)

Suplentes (4)

Evandro Roman (PR)

Fernando Torres (BA)

Goulart (SP)

Irajá Abreu (TO)

PROS

Titulares (2)

Eros Biodini (MG)

Ronaldo Fonseca (DF)

Suplentes (2)

Odorico Monteiro (CE)

Toninho Wandcsheer (PR)

PCdoB

Titular (1)

Jandira Feghali (RJ)

Suplente (1)

Orlando Silva (SP)

PSDB

Titulares (6)

Bruno Covas (SP)

Carlos Sampaio (SP)

Jutahy Junior (BA)

Nilson Leitão (MT)

Paulo Abi-Ackel (MG)

Shéridan (BA)

Suplentes

Bruno Araújo (PE)

Fávio Sousa (GO)

Izalci (DF)

Mariana Carvalho (RO)

Rocha (AC)

Rogério Marinho (RN)

PSB

Titulares (4)

Bebeto (BA)

Danilo Forte (CE)

Fernando Coelho Filho (PE)

Tadeu Alencar (PE)

Suplentes (4)

JHC (AL)

João Fernando Coutinho (PE)

Jose Stédile (RS)

Paulo Foletto (ES)

 

PPS

Titular (1)

Alex Manente (SP)

Suplente (1)

Sandro Alex (PR)

PV

Titular (1)

Evair de Melo (ES)

Suplente (1)

Leandre (PR)

PDT

Titulares (2)

Flavio Nogueira (PI)

Weverton Rocha (MA)

Suplentes (2)

Flávia Morais (GO)

Roberto Góes (AP)

PSOL

Titular (1)

Chico Alencar (RJ)

Suplente (1)

Glauber Braga (RJ)

 

PTdoB

Titular (1)

Silvio Costa (PE)

Suplente (1)

Franklin Lima (MG)

 

PMB

Titular (1)

Weliton Prado (MG)

Suplente (1)

Fábio Ramalho (MG)

 

Rede

Titular (1)

Aliel Machado (PR)

Suplente (1)

Alessandro Molon (RJ)

PP

Titulares (5)

Aguinaldo Ribeiro (PB)

Jerônimo Goergen (RS)

Júlio Lopes (RJ)

Paulo Maluf (SP)

Roberto Brito (BA)

Suplentes (5)

André Fufuca (MA)

Fernando Monteiro (PE)

Luís Carlos Heinze (RS)

Macedo (CE)

Odelmo Leão (MG)

Fonte: JB

Ministro do STF suspende instalação da comissão do impeachment

Edson Fachin determinou interrupção até plenário do STF analisar o caso.

Instalação da comissão especial estava marcada para a tarde desta quarta.

 

O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na noite desta terça-feira (8) suspender a formação e a instalação da comissão especial que irá analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Fachin determinou que os trabalhos sejam interrompidos até que o plenário do Supremo analise o caso, votação que está marcada para a próxima quarta (16).

O objetivo, segundo o magistrado, é evitar a realização de atos que, posteriormente, possam ser invalidados pela Suprema Corte.

A decisão liminar (provisória) de Fachin foi tomada no mesmo dia em que a Câmara elegeu, por 272 votos a 199, a chapa alternativa de deputados de oposição e dissidentes da base aliada para a comissão especial que vai analisar o prosseguimento do processo de afastamento da chefe do Executivo federal.

 

O ministro do STF analisou pedido apresentado pelo PC do B nesta terça-feira, antes de a Câmara eleger a chapa oposicionista. Na ação judicial, o partido aliado questionou não apenas a possibilidade de deputados concorrerem às vagas sem indicação pelos líderes de seus partidos, mas também a votação secreta para escolha da chapa e a divisão da comissão por blocos, e não partidos.

A formação da comissão gerou um impasse entre opositores e defensores do mandato de Dilma. A “chapa alternativa” foi articulada pela oposição para abrigar deputados simpáticos ao impeachment, principalmente do PP e PMDB, que não haviam sido indicado pelos líderes.

Na ação, o PC do B argumentou que a escolha de um deputado para a comissão por votação em plenário, sem indicação do líder, fere a autonomia partidária. O partido defendeu a existência de uma chapa única para o colegiado, como havia sido previamente acordado entre os líderes na semana passada.

“As candidaturas avulsas consistiriam em arranjo sem previsão normativa em que deputados se candidatam a membros da comissão especial contrariando as indicações de seus partidos, feitas pelos respectivos líderes partidários”, afirma o texto.

Matéria do G1

Votação polêmica e chapa de oposição eleita complica a vida de Dilma

Chapa de oposição alternativa eleita e votação secreta causam tumulto em plenário

Em votação secreta, a Câmara dos Deputados elegeu nesta terça-feira (8), por 272 votos, a chapa alternativa integrada por deputados de oposição e dissidentes da base governista para a comissão especial do processo de impeachment da presidenteDilma Rousseff. A sessão que definiu os nomes dos deputados responsáveis por analisar o pedido de afastamento da chefe do Executivo foi marcada por tumultos no plenário.

Deputados governistas inconformados com o fato de Cunha ter determinado votação secreta e ter autorizado a candidatura de uma chapa avulsa tentaram impedir a eleição. Eles chegaram a quebrar parte das urnas eletrônicas instaladas no plenário para a votação.

A chapa vencedora, batizada de “Unindo o Brasil”, foi protocolada por parlamentares oposicionistas e dissidentes da base governista na tarde desta terça com a adesão de 39 deputados de PSDB, SD, DEM, PPS, PSC, PMDB, PHS, PP, PTB, PEN, PMB, PSB e PSD (veja a lista com os deputados ao final desta reportagem).

Ao final da votação, os deputados oposicionistas que derrotaram o governo comemoraram no plenário. Depois, cantaram o Hino Nacional erguendo uma bandeira do Brasil.

Ao todo, a comissão especial será formada por 65 parlamentares titulares e o mesmo número de suplentes. Os partidos que não tiveram indicações na chapa vencedora serão convocados a apresentar as indicações para completar as vagas.

Uma sessão extraordinária da Câmara havia sido marcada para a noite desta segunda (7) para eleger a comissão que irá analisar o processo, mas foi adiada em razão do impasse dentro das bancadas para definir os representantes e, principalmente, por conta da insatisfação de uma ala do PMDB com os nomes definidos pelo líder da sigla, deputado Leonardo Picciani (RJ).

Na semana passada, os líderes partidários haviam entrado em acordo para não permitir candidaturas avulsas. No entanto, nesta segunda-feira, deputados da oposição e dissidentes do PMDB reivindicaram a possibilidade de lançar chapa avulsa.

O objetivo da chapa alternativa é compor um grupo com deputados do PMDB que são críticos ao governo Dilma, já que o líder da bancada na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), deve apresentar apenas nomes mais em sintonia com o Palácio do Planalto.

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