Prefeito e vice-prefeito não aparecem mais uma vez. Unidade continuava a receber repasses federais mesmo sem funcionar. Ministério da Saúde solicitou a devolução dos R$ 5 milhões repassados mesmo com a UPA fechada. Justiça está investigando o caso
A Prefeitura Municipal de Itaguaí finalmente reinaugurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA Itaguaí). Marcada para a manhã desta segunda-feira, a reinauguração aconteceu, mas o prefeito Carlo Busatto Júnior, o Charlinho (MDB) e o vice-prefeito Abeilardinho Goulart sem partido, mais uma vez não deram às caras. Ambos não são encontrados pela Câmara Municipal e pela imprensa a pelo menos 6 semanas.
A unidade já poderia estar funcionando antes da pandemia. Em entrevista de 2018, o prefeito Carlos Busatto Junior disse que o governo federal repassava verbas para manter a unidade.
Por conta disso, o Ministério Público Federal (MPF) moveu uma ação contra a Prefeitura. O Ministério da Saúde pediu a devolução de R$ 5 milhões.
Agora, uma Organização Social assumiu a administração da unidade e vai receber mais de R$ 17 milhões por ano. O contrato entrou em vigor no dia 30 de abril, mas a UPA só foi inaugurada quase um mês depois.
A reinauguração da UPA seria após tantos exemplos de descaso um leve consolo na saúde do município. Mas até nisso o atual governo é no mínimo incoerente. A licitação para compra de remédios e móveis só ocorrerá na próxima sexta-feira 29 de maio, quatro dias após a reinauguração.
Veja a matéria completa do RJ1 no link abaixo:
Assista no Globoplay:
https://globoplay.globo.com/v/8577842
A Prefeitura informou que os móveis que vão ser comprados são armários para armezanar remédios, entre outros itens. E afirmou também que o Governo Federal segue depositando numa conta poupança.
O MPF e a Defensoria disseram que a investigação estão com o Ministério Público do Rio.
À procura do prefeito
A Câmara de Vereadores de Itaguaí, publicou na página da Casa na internet um edital de notificação de um novo processo de impeachment contra o prefeito, Carlo Busatto Junior (MDB), o Charlinho, e o vice, Abeilard Goulart (sem partido), o Abeilardinho.
A postagem, no dia 13, foi a saída encontrada pelos vereadores porque, após 35 dias, servidores não conseguiram entregar-lhes o aviso em mãos.
O RJ1 também tentou, em vão, localizar Charlinho e Abeilardinho — e em diferentes endereços
Com RJ 1 e G1