Sarampo serve de alerta sobre vacinas em adultos


Quatro imunizações são obrigatórias, entre 20 e 59 anos e estão disponíveis em todos os postos de saúde

No momento em que as secretarias de Saúde do Rio analisam mais de 15 casos suspeitos de sarampo, sendo um já confirmado em adulto, a imunização, principalmente após a maioridade, acende um alerta. Portanto, se você nem se lembra qual foi a última vez em que viu o seu Cartão de Vacinação, está na hora de procurar. Na faixa entre 20 a 59 anos, quatro vacinas são obrigatórias e estão disponíveis nos postos de saúde.

A famosa ‘antitetânica’ é uma das mais esquecidas. Essa imunização é feita a partir da infância, mas muitos não se lembram de que ela deve ser reforçada a cada dez anos. “Geralmente a pessoa só lembra quando se machuca. A mulher é lembrada pelo obstetra ao engravidar e o homem faz ao ingressar nas Forças Armadas. Mas é importante ficar atento e fazer os reforços no tempo certo”, explicou a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Cristina Lemos.

Na infância, é dada a tríplice antibacteriana, que protege contra coqueluche, difteria e tétano. Na idade adulta, o reforço dado é a dupla adulto, contra difteria e tétano. Além da dose padrão a cada dez anos, existe a possibilidade de ser dado um reforço em caso de ferimentos (punções e cortes). A necessidade ou não da vacina deve ser avaliada por um médico. O tétano é uma doença infecciosa grave e pode ser fatal.

“Nós já tomamos todas as vacinas. Só estava faltando a tríplice. Agora estamos mais tranquilos e protegidos”, disse Nivia Glória, que foi ao Centro Municipal de Saúde Heitor Beltrão, na Tijuca, no fim de semana, acompanhada do marido, Diogo Santos, de 37 anos, e do filho de 1 ano. “É uma questão de consciência e cidadania. Se a gente não nos proteger, quem vai? Agora todos os cartões de vacinação da família estão em dia”, destacou Leonardo Correia, 38, ao lado da mulher e dos dois filhos de 7 e 11 anos.

Na lista de vacinas importantes, a Hepatite B também deve ser prioridade na fase adulta. “Isso porque a recomendação é que sejam dadas três doses da vacina, o que nem sempre é feito”, explicou Cristina. A doença é sexualmente transmissível. Caso o esquema de vacinação não tenha sido completado na infância, é importante colocar em dia assim que possível.

A volta do sarampo ao Brasil, que estava erradicada desde 2015, aumentou a procura por informações sobre como se prevenir. Entre os casos em análise no Rio, estão adultos, como os quatro alunos da UFRJ que ficaram doentes no mês passado. A imunização, neste caso, está a tríplice viral, que também protege contra caxumba e rubéola. Para quem nunca foi vacinado, são duas doses até 29 anos e uma dose entre 30 a 49. A vacina não é dada para adultos com mais de 49 anos por razões imunológicas. Ainda na conta de prevenção, está a febre amarela, que é distribuída em dose única.

Como o calendário de imunização é mais intenso na infância, é comum que os adultos percam seus cartões de vacinação. Nesse caso, segundo a superintendente, o primeiro passo é recuperá-lo. “É importante resgatar essas informações, tentar lembrar em qual posto de saúde foi atendido”, explicou. “Se a pessoa não tiver comprovação, deve fazer o esquema básico de vacinação todo de novo. E a vacina é um medicamento, causa reações adversas, é melhor não ficar fazendo sem necessidade”, completou.

Fonte: O Dia

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