Agência Brasil
O Procon-RJ informou que está estudando medidas para impedir a cobrança extra dos Correios para envio de encomendas ao Rio de Janeiro, por causa da violência na cidade. A entidade repudiou a cobrança da taxa de R$ 3 para cada encomenda destinada aos moradores da cidade.
“Além de tratar os consumidores cariocas de maneira diferente, sem o devido amparo legal, a medida transfere para este consumidor uma responsabilidade que não é dele. O Setor Jurídico do Procon-RJ está estudando as medidas que serão adotadas para impedir essa cobrança”, informou a autarquia estadual.
Em nota publicada semana passada, os Correios informaram que a cobrança extra é necessária por causa da adoção de medidas para garantir a integridade dos empregados, das encomendas e das unidades dos Correios. “Conforme amplamente divulgado pelos veículos de comunicação, no Rio de Janeiro, a situação de violência chegou a níveis extremos, e o custo para entrega de mercadorias nessa localidade sofreu altíssimo impacto”, diz a nota.
Até o fechamento desta matéria, os Correios não haviam retornado os questionamentos da Agência Brasil sobre a previsão legal da cobrança extra.
Taxa entrou em vigor nesta terça
De acordo com os Correios, a taxa emergencial que entrou em vigor hoje 6 de março se aplica à cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana. O reajuste é sobre os serviços de encomendas. Para o interior do estado e correspondências, não haverá essa cobrança.
Em nota, a empresa diz que essa taxa emergencial segue uma prática já adotada pelo mercado. “Devido ao elevado número de roubo de cargas, a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC), em decisão com as transportadoras brasileiras, criou a Emex – Taxa de Emergência Excepcional, que vigora desde março de 2017 na região metropolitana do Rio de Janeiro”, informou.
Com Agência Brasil