Dessa vez foi Adriana Ancelmo, mulher de Cabral
A ex-primeira dama Adriana Ancelmo deixou a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, Zona Norte do Rio, na manhã desta terça-feira. Após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, a mulher do ex-governador Sérgio Cabral voltará a cumprir prisão domiciliar.
Adriana foi presa pela primeira vez em dezembro de 2016, durante a Operação Calicute, um desdobramento da Lava Jato no Rio. Na mesma ação, Cabral também foi preso. Até o mês passado, a advogada cumpria prisão domiciliar, mas voltou à cadeia de Benfica depois de uma decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). O marido está preso na mesma cadeia.
Em setembro, Adriana foi condenada a 18 anos e 3 meses de prisão pelo crime de lavagem dinheiro e por ser beneficiária do esquema de corrupção comandado pelo ex-governador. A Calicute investiga o desvio de recursos públicos em obras realizadas pelo governo fluminense com empreiteiras no estado.
Ministro tem sido “bonzinho” com presos por corrupção
Em agosto, o ministro decretou a soltura de mais três pessoas detidas pela Operação Ponto Final, em mais um habeas corpus, o empresário Jacob Barata Filho e ex-presidente da Fetranspor, Lélis Teixeira. Dias depois, o ministro Desta vez beneficiou o ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio (Detro), Rogério Onofre, sua esposa, Dayse Deborah, e o policial civil aposentado e gestor da Trans-Expert, David Augusto da Câmara Sampaio. Assim como os outros, Mendes determinou que eles permaneçam em prisão domiciliar, o recolhimento de seus passaportes e a proibição de contato com os outros investigados.
Cabe lembrar que quando o ministro soltou Barata Filho e Teixeira. Logo depois, o juiz Marcelo Brêtas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro, determinou nova prisão que foi revogada por Mendes que liberou, novamente, os dois detidos.
Mendes também foi solidário com Marcelo Praça Gonçalves, Enéas da Silva Bueno, Cláudio Sá Garcia de Freitas e Octacílio de Almeida Monteiro, condenados na Operação Ponto Final que investiga um esquema que teria movimentado cerca de R$ 260 milhões em propinas, pagas por empresários do setor de transporte público do Rio de Janeiro a políticos, entre eles o ex-governador Sérgio Cabral.