Em sessão que foi suspensa e teve a prisão de sindicalista, vereadores retiram mais direitos de servidores
A sessão que reduziu mais direitos conquistados pelos servidores foi tumultuada antes mesmo de seu inicio. Servidores lotaram a antessala da Casa na expectativa de assistirem a mais um possível capitulo da triste novela de “cortes em suas conquistas”. A superlotação fez com que a entrada demorasse mais do que o normal. No meio do tumulto e após alguns já terem conseguido acesso, chegou à informação da suspensão da sessão. O motivo principal seria o excesso de expectadores e o temor pela segurança dos presentes. Segundo informações o presidente da Casa o vereador Dr. Rubem Ribeiro (PTN) determinou tal suspensão provisória.
Prisão em pleno Plenário
Em meio a este cenário, a sindicalista Chris Gerardo conhecida na cidade por estar presente nas manifestações dos servidores públicos da cidade, foi detida por guardas municipais e a polícia foi chamada. A moça foi levada para a 50ª DP para depor e liberada no final da noite.
Segundo os servidores houve abuso de autoridade por parte da Casa Legislativa e dos guardas no ato.
Forte aparato policial foi solicitado pelo Presidente da Câmara. Curioso é que a violência na cidade é assustadora e não se vê a mesma quantidade de PMs nas ruas
Pais protestaram do lado de fora da Casa Legislativa
Presentes acessaram o Plenário enquanto a sessão estava suspensa
Após os protestos dos presentes tendo inclusive a presença de alguns dentro do plenário, houve a total indecisão da realização ou não da sessão. Entre indas e vindas dos vereadores ao plenário, por volta das 21:30, a maioria dos legisladores decidiu realizar a sessão de forma secreta em sala secreta. Algo inédito na história de Itaguaí. Lá aprovaram a redução dos valores do auxílio transporte e a exoneração dos cargos livres , ambas as propostas do Poder Executivo. O valor da redução do auxílio transporte agora corresponde a apenas R$ 8 (oito reais) diários, o que não dá sequer para ir à Santa Cruz e voltar, por exemplo, já que a tarifa sairia por R$ 9 (nove reais).
Toda essa repercussão da ação inédita por parte dos vereadores em votarem tudo de forma secreta é a pressão para que isso fosse aprovado ainda hoje. Existia a perspectiva da suspensão pelo prazo de 48 meses (quatro anos) do pagamento de adicional de qualificação e progressão, além do tempo de serviço conhecido como “quinquênio”. Além destes, a suspensão pelo mesmo prazo a revisão anual dos vencimentos dos trabalhadores. Ou seja, o salário dos servidores seria congelado por quatro anos, a não ser que haja melhoras na saúde financeira da cidade. Ainda assim quando forem restabelecidos não seriam pagos os retroativos. Esses não entraram na pauta de hoje, mas certamente farão parte das próximas.
OPINIÃO DO BLOG: Entra gestão, sai gestão e a maioria dos vereadores de Itaguaí só demonstram a sua capacidade grandiosa de serem vazios. Sem brios, fracassados, sem qualquer perspectiva e sem visão política. São eleitos por mentes vazias e apenas refletem a omissão de uma cidade que paga por sua incapacidade de raciocínio desde o momento do encontro com as urnas até o final de mandato de legisladores reduzidos ao vago de suas pobrezas intelectuais e éticas.
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