Matéria divulgada pelo jornal Hora H
Em um completo desrespeito, falta de educação e atitude nada digna de um ser sem preparo para ocupar algum cargo de gestão,a secretária de Educação, Esporte e Lazer de Seropédica, Sônia Barbosa, disse que os professores deveriam ir de jegue para o trabalho.
A recomendação foi feita durante uma reunião, dia 18 de maio, com diretores das escolas municipais. No encontro, a secretária esbravejou que só terá carona nos ônibus escolares o funcionário que auxiliar as crianças no ônibus.
Um funcionário da rede pública de ensino, divulgou em suas redes sociais, um vídeo amador, onde a secretária faz tal relato.
“Eles irão se comprometer com vocês a auxiliar as crianças no ônibus. Aquele que não quiser ajudar, não tem problema. Não é obrigado, mas eu também não sou obrigada a dar carona pra ele. Ele vai a pé, ou então ele aluga um jegue. Tem um monte de jegue aí na rua ‘baratinho’. Com 200 reais você compra um” disse a secretária, referindo-se a um professor durante a conversa.
Em outro trecho do vídeo, Sônia fala sobre o auxílio transporte. “Até porque todos os funcionários agora recebem ajuda de custo para o transporte. “Ah, mas a escola é longínqua”. Olha, isso não é problema meu! Quando fez concurso sabia” acrescentou a mulher.
Os profissionais ficaram revoltados com o desrespeito e maus tratos da primeira dama. Eles relatam que a ajuda de custo na passagem é insuficiente e que as condições de trabalho são precárias.
A declaração revoltou professores do município. Um deles, que preferiu não se identificar, disse que essa é uma forma da prefeitura economizar, porque deixa de contratar um profissional próprio para a função:
— Ela disse que precisa de pessoas para ajudar no ônibus. Libera carona, mas exige que o professor seja monitor e ajude a tomar conta das crianças para que dispense o monitor e poupe um salário para a prefeitura.
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) de Seropédica informou que, antes, seis escolas rurais recebiam o benefício do difícil acesso, que era de 10% sobre o salário. Desde junho do ano passado, o benefício pago aos servidores da Educação foi substituído pelo adicional de acesso, no valor de R$ 160, para quem trabalha cinco dias na semana, e de R$ 80, para quem trabalha dois.
— Essas escolas citadas no áudio são unidades de difícil acesso. Apesar dos professores e funcionários receberem essa ajuda de custo, não tem nenhuma linha de ônibus para que os funcionários cheguem ao trabalho — explicou Roseli Novaes, coordenadora do Sepe Seropédica.
Ouça o áudio completo no link abaixo:
http://jornalhorah.com.br/mulher-de-prefeito-manda-funcionario-comprar-jegue-para-ir-a-escola
Em nota, a secretária de Educação reconheceu que foi infeliz na sua declaração.Ela disse que sua reação foi consequência da reclamação de pais insatisfeitos com o fato de professores estarem ocupando o ônibus escolar:
“Foi um desabafo infeliz. Peço desculpas aos que se sentiram constrangidos. Minha reação foi consequência das reclamações de pais e mães de alunos que procuraram a prefeitura para se queixar de que alguns professores estavam ocupando indevidamente o espaço dos alunos nos ônibus escolares. Os professores de Seropédica recebem R$ 160,00 mensalmente como ajuda de custo de transporte. Estavam economizando dinheiro com a utilização indevida do transporte exclusivo para os alunos. Não esperava que a minha reação numa reunião com diretoras fosse ter essa repercussão toda. Foi quase uma brincadeira. Não tive a intenção de magoar ninguém.”
Com jornal Extra.
Opinião do blog: A senhora secretária, deveria se preocupar mais em melhorar a precária situação da educação da cidade ao invés de abrir a boca para falar tantas asneiras. Aliás, ela deveria voltar para a escola, onde além de se adquirir conhecimento, também se adquire educação, em especial para aquelas pessoas que não tem ela de berço. Somente alguém que não tem o privilégio de pensar antes de falar, pode indicar que algum profissional não use o ônibus escolar como transporte, em um local onde não há outros meios para se chegar. O professor que ela manda ir de jegue trabalhar, deveria pegar uma carona com a referida secretária para ir ao trabalho. No caminho ele poderia ensiná-la a ter boas maneiras e também faria a vontade dela, em ver o professor usando um asno como transporte.
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